Apostila de História da Indumentária - Wiki do IF-SC
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA<br />
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA<br />
Os cabelos eram curtos, com elegantes anela<strong>do</strong>s<br />
e cachos com pinças quentes, a cabeça ficava<br />
<strong>de</strong>scoberta, mas às vezes era usa<strong>do</strong> chapéus <strong>de</strong><br />
feltro <strong>de</strong> várias formas. Em público era comum<br />
a mulher cobrir a cabeça, mas com o tempo os<br />
pentea<strong>do</strong>s foram tornan<strong>do</strong>-se mais elabora<strong>do</strong>s,<br />
tornan<strong>do</strong>-se um sinal <strong>de</strong> status. Eram usa<strong>do</strong>s um<br />
coque com mechas, ou emolduravam o rosto com<br />
pequenos cachos, também usava-se muitas jóias<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tipos.<br />
IDADE MÉDIA<br />
Com o Cristianismo, a arte volta-se para a<br />
valorização <strong>do</strong> espírito, a Igreja possui po<strong>de</strong>res<br />
ilimita<strong>do</strong>s e os seus valores vão impregnar to<strong>da</strong><br />
a vi<strong>da</strong> medieval. Deste mo<strong>do</strong>, por imposição<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>gmas e moral <strong>da</strong> Igreja, o Cristianismo<br />
transformou a produção artística.<br />
A partir <strong>de</strong>ste perío<strong>do</strong> nota-se um contraste muito<br />
gran<strong>de</strong> entre a indumentária <strong>do</strong> Império <strong>do</strong> Oriente<br />
e <strong>do</strong> Oci<strong>de</strong>nte. Isso se dá pelo fato <strong>do</strong> Oci<strong>de</strong>nte<br />
ter recebi<strong>do</strong> a influência <strong>do</strong>s bárbaros (como<br />
os romanos chamavam os povos que viviam à<br />
margem <strong>de</strong> seu império, com língua, religião e<br />
costumes distintos <strong>do</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s civiliza<strong>do</strong>s).<br />
A vestimenta foi basea<strong>da</strong> na indumentária romana<br />
e na germânica, com sobreposições <strong>de</strong> túnicas e<br />
mantas.<br />
Muitos elementos liga<strong>do</strong>s à indumentária militar,<br />
como braça<strong>de</strong>iras, couraças e peitorais faziam<br />
parte <strong>de</strong>ssa roupa. A Europa bárbara ficou dividi<strong>da</strong><br />
até o século VII, quan<strong>do</strong> se instalou o Império <strong>de</strong><br />
Carlos Magno, surgi<strong>do</strong> <strong>da</strong> ramificação <strong>do</strong>s reinos<br />
bárbaro-germânicos. Esse perío<strong>do</strong> foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista econômico, e logo<br />
veio a melhoria <strong>de</strong> vestuário, <strong>do</strong> século VII ao XII,<br />
durante o perío<strong>do</strong> Românico.<br />
Nesse perío<strong>do</strong>, a roupa <strong>do</strong>s bárbaros se<br />
institucionaliza. Com a aproximação <strong>do</strong> século<br />
XII, o vestuário começa a se sofisticar. Surgem as<br />
barras <strong>de</strong> se<strong>da</strong> nas túnicas – que há muito tempo já<br />
eram utiliza<strong>da</strong>s no Oriente – com bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> fios<br />
<strong>de</strong> ouro, prata e <strong>de</strong> se<strong>da</strong> também. No quotidiano<br />
europeu <strong>de</strong>ssa época, houve espaço para uma<br />
reflexão sobre a existência <strong>do</strong> homem, que acabou<br />
por gerar um novo movimento <strong>de</strong> valorização <strong>da</strong><br />
figura humana, a partir <strong>do</strong> ajustamento <strong>da</strong>s roupas.<br />
Características também <strong>do</strong> vestuário <strong>do</strong> século XII<br />
são as roupas com padrões bicolores, por meio<br />
<strong>do</strong>s quais se podia i<strong>de</strong>ntificar o feu<strong>do</strong> <strong>do</strong> qual a<br />
pessoa fazia parte. Ca<strong>da</strong> feu<strong>do</strong> era representa<strong>do</strong><br />
por símbolos e cores que se encontravam nas<br />
roupas <strong>do</strong>s nobres.<br />
No final <strong>da</strong> I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média, <strong>do</strong> século XII ao XIV,<br />
surge o estilo gótico, impon<strong>do</strong> um novo contexto<br />
<strong>de</strong> criação e marcan<strong>do</strong> a vira<strong>da</strong> <strong>da</strong> Era Medieval<br />
para a Mo<strong>de</strong>rna. Na I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média, as roupas<br />
diferenciavam-se mais pelas cores e materiais <strong>do</strong><br />
que pelas formas. A silhueta gótica é ajusta<strong>da</strong> e<br />
verticaliza<strong>da</strong>, pois visa valorizar o corpo. Assim,<br />
inicia-se uma diferenciação mais marcante entre a<br />
indumentária feminina e masculina.<br />
Bizâncio<br />
Entre o império romano e a renascença, época que<br />
correspon<strong>de</strong>u a i<strong>da</strong><strong>de</strong> média, situa-se o Bizâncio<br />
cristão, sempre ameaça<strong>do</strong> pelas tribos bárbaras. A<br />
época é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a ponte entre a antigui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e o mun<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>rno. O Império Bizantino<br />
correspon<strong>de</strong>u uma fase <strong>do</strong> império romano e surgiu<br />
como triunfo <strong>do</strong> cristianismo, quan<strong>do</strong> foi transferi<strong>da</strong><br />
a capital <strong>do</strong> império romano <strong>de</strong> Roma para<br />
Bizâncio. Batizan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Constantinopla a ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
que é hoje Istambul.<br />
Arte Bizantina<br />
<strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>Indumentária</strong> - Professora Ursula Carvalho | email: ursulasilva@cefetsc.edu.br