italianos em taubaté: o núcleo colonial do quiririm ... - Raquel Glezer
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(33%) nacionais. Em 1897, para 5 comerciantes, 2 (40%) nacionais. Em 1899,<br />
eram maioria: 3 (60%) nacionais para o total de 5 comerciantes.<br />
Dos 14 comerciantes nacionais apenas 2 tiveram os lotes registra<strong>do</strong>s,<br />
com áreas menores que as originais, o que indica desm<strong>em</strong>bramento e revenda<br />
<strong>do</strong>s lotes.(quadro10).<br />
Das 11 olarias de 1896, 6 (54%) eram de nacionais. No ano seguinte,<br />
para um total de 8 oleiros, apenas 2 (25%) nacionais continuavam na atividade.<br />
Em 1899 todas as 7 olarias eram de <strong>italianos</strong>.<br />
Vão se tornan<strong>do</strong> muito raras as referências sobre a participação<br />
econômica ou social <strong>do</strong>s colonos de outras etnias, apesar <strong>do</strong>s 111 lotes ainda<br />
<strong>em</strong> posse de nacionais na primeira década <strong>do</strong> século XX. Vale assinalar que é<br />
que entre os 111 estivess<strong>em</strong> incluí<strong>do</strong>s lotes que ainda foss<strong>em</strong> <strong>do</strong>s herdeiros de<br />
Paula Tole<strong>do</strong>. 108<br />
Pode-se afirmar que, na medida <strong>em</strong> que os <strong>italianos</strong> foram se impon<strong>do</strong><br />
economicamente, fizeram também prevalecer seus valores sócio-culturais no<br />
cotidiano <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. A m<strong>em</strong>ória da atuação <strong>do</strong>s outros contingentes foi<br />
sen<strong>do</strong> excluída e o Quiririm tornou-se a “colônia <strong>do</strong>s <strong>italianos</strong>” <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong><br />
Paraíba.<br />
Os vários grupos étnicos que imigraram para o Brasil preocuparam-se<br />
<strong>em</strong> manter a coesão e a sustentação de sua identidade com práticas<br />
destinadas a preservar as tradições de suas regiões de orig<strong>em</strong>. Estas práticas<br />
se traduziram na continuidade de suas festas populares, da culinária, de<br />
casamentos dentro <strong>do</strong>s grupos, pela constituição de sociedades de socorros<br />
mútuos e pela criação das “escolas étnicas” destinadas a ensinar e manter o<br />
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