italianos em taubaté: o núcleo colonial do quiririm ... - Raquel Glezer
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O Norte da Itália ainda não estava suficient<strong>em</strong>ente industrializa<strong>do</strong> para<br />
absorver o excedente populacional vin<strong>do</strong> das regiões agrícolas. Os que se<br />
dirigiram para as cidades tornaram-se trabalha<strong>do</strong>res proletários. A maioria,<br />
expulsa da terra, <strong>em</strong>igrou principalmente para a América.<br />
Os primeiros <strong>italianos</strong> <strong>do</strong> Quiririm vieram das regiões montanhosas <strong>do</strong><br />
Norte, <strong>do</strong> Veneto, principalmente de Treviso e Consenza, ou da Lombardia,<br />
região com características físicas e sócio-econômicas s<strong>em</strong>elhantes às <strong>do</strong><br />
Veneto.<br />
Chegaram ao Brasil entre 1887/91, a maioria (42%) <strong>em</strong> 1890.<br />
Provavelmente vieram com algum capital, o que lhes permitiu a ida direta para<br />
o Quiririm, onde se estabeleceram como pequenos proprietários. 90<br />
As várzeas <strong>do</strong> rio Paraíba são formadas por solos de aluviões recentes,<br />
argilosos ou arenosos. A pouca declividade (médias de 19 cm/km) e a baixa<br />
velocidade das águas <strong>do</strong> Paraíba - que no trecho t<strong>em</strong> seu curso caracteriza<strong>do</strong><br />
por “meandros”- dificultam o escoamento <strong>do</strong> volume fluvial na estação chuvosa,<br />
de janeiro a março, favorecen<strong>do</strong> o transbordamento, a inundação das margens<br />
e a formação das várzeas, com inundações de 6 km.de largura média entre<br />
Taubaté e Pindamonhamgaba. Na confluência <strong>do</strong>s rios Paraíba e Quiririm,<br />
chegam a atingir 10 km. 91<br />
90 Ver nota , p. e quadros n º 14, 15, 16, 17. GADELHA, op. cit., p. 165, fala de imigrantes<br />
que já chegavam com capitais, que <strong>em</strong>pregavam <strong>em</strong> compra de lotes de <strong>núcleo</strong>s coloniais.<br />
91 DIOGO, Sandra Aparecida. A ocupação da várzea e a degradação ambiental no Vale <strong>do</strong><br />
Paraíba paulista: os portos de areia na região <strong>do</strong> médio Paraíba. Trabalho de conclusão de<br />
curso de Graduação. Departamento de Ciências Sociais e Letras/UNITAU, 1999; P.55,56,59 E<br />
60. (xerox).<br />
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