italianos em taubaté: o núcleo colonial do quiririm ... - Raquel Glezer
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quais terrenos de que dispõe a Municipalidade” para ser<strong>em</strong> postos à disposição<br />
de imigrantes. A comissão era composta por <strong>do</strong>is grandes proprietários<br />
planta<strong>do</strong>res de café e um verea<strong>do</strong>r: Jose Ricar<strong>do</strong> Moreira de Barros - o filho <strong>do</strong><br />
Barão Pereira de Barros- e Francisco Ribeiro de Moura Escobar, e pelo<br />
engenheiro Fernan<strong>do</strong> de Matos. 36<br />
O assunto retornou à Câmara no ano seguinte. As discussões se<br />
concentraram nos verea<strong>do</strong>res Dr. Francisco de Paula Tole<strong>do</strong>, fazendeiro com<br />
terras no bairro <strong>do</strong> Quiririm e no Presidente da Sociedade Taubateana de<br />
Imigração, Dr. José Francisco Monteiro, Visconde de Tr<strong>em</strong><strong>em</strong>bé, cuja fazenda<br />
principal se localizava no bairro de Tr<strong>em</strong><strong>em</strong>bé. No primeiro momento, apesar<br />
de participar<strong>em</strong> da mesma sociedade, mostraram divergências quanto à forma<br />
de instalação <strong>do</strong>s imigrantes: enquanto Monteiro planejava encaminhá-los para<br />
<strong>núcleo</strong>s particulares, Paula Tole<strong>do</strong> defendia a criação de <strong>núcleo</strong>s oficiais. 37<br />
Na 3 a Sessão Ordinária de 14 de Fevereiro de 1887, Monteiro passou<br />
a defender a criação de um <strong>núcleo</strong> <strong>em</strong> terras que dizia ser<strong>em</strong> devolutas,<br />
“denominadas” de São Roque, nas imediações de Tr<strong>em</strong><strong>em</strong>bé as quais ten<strong>do</strong><br />
pertenci<strong>do</strong> a uma extinta Capela de São Roque, da qual n<strong>em</strong> vestígios existe,<br />
ser<strong>em</strong> hoje <strong>em</strong> parte de servidão pública, ten<strong>do</strong>-se da outra parte apossa<strong>do</strong> por<br />
diferentes indivíduos, que dificilmente poderão exibir títulos legais” . Além<br />
desses terrenos, pedia também que a Câmara contraísse um <strong>em</strong>préstimo “de<br />
até 50:000$ooo rs.(sic), a juros não maior de 8% e solvível <strong>em</strong> prazo não maior<br />
35<br />
LAMOUNIER, Maria Lucia. Da escravidão ao trabalho livre. Campinas: Papirus, 1988, p.<br />
103, 104, 147 e 149.<br />
36<br />
GUISARD FILHO, Felix. Taubaté: Atas da Câmara. São Paulo. Universal/IHB, 1944, tomo<br />
VI, p. 246/247.<br />
37<br />
Ibid<strong>em</strong>, op. cit., p.246.<br />
32