edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
com irritante gravidade <strong>as</strong> flech<strong>as</strong> de sua aljava, experimentando o arco e a<br />
lâmina da faca de caça, enfiada na sua tanga.<br />
Mais uma vez ele se estendeu, bocejando, olhou para a margem do<br />
rio, sacudindo os ombros, e deitou-se no fundo da canoa para um sono breve,<br />
antes de entrar na selva atrás da presa que tinha vindo caçar.<br />
Paulvitch soergueu-se um pouco, e com os músculos tesos ficou<br />
olhando para a sua descuidada vítima. As pálpebr<strong>as</strong> do rapaz decaíram e<br />
fecharam-se. Pouco depois, o peito arfava-lhe suavemente, com <strong>as</strong> respirações<br />
profund<strong>as</strong> do sono. Tinha chegado a hora!<br />
O russo arr<strong>as</strong>tou-se mais perto. Um galho estalou com o seu peso e<br />
o rapaz remexeu-se no seu sono. Paulvitch sacou do revólver e apontou-o<br />
para o negro. Este continuava imóvel, imerso em profundo sono.<br />
O homem branco chegou-se ainda para mais perto: precisava ter<br />
certeza de que não erraria o tiro. Inclinou-se sobre o Mosula, aproximando<br />
cada vez mais do peito incauto da vítima o aço frio do revólver, detendo-se<br />
afinal à distância de algum<strong>as</strong> polegad<strong>as</strong> por cima do coração que batia com<br />
força. No rosto do rapaz estampava-se a juventude, e um sorriso entreabria-<br />
lhe os lábios imberbes. Paulvitch fez um gesto de desprezo e pressionou o<br />
dedo sobre o gatilho do revólver. Houve uma grande detonação. Um pequeno<br />
furo apareceu por cima do coração do rapaz adormecido — um pequeno furo<br />
de bord<strong>as</strong> negr<strong>as</strong> de carne queimada com pólvora.<br />
O pobre Mosula soergueu-se, na posição de quem se senta. Os<br />
lábios risonhos distenderam-se ao choque nervoso de uma rápida agonia, e o<br />
corpo recaiu, sem força, para trás, no mais profundo dos sonos, do qual nunca<br />
mais se acorda.<br />
O <strong>as</strong>s<strong>as</strong>sino pulou rapidamente para dentro da embarcação,<br />
arr<strong>as</strong>tou para uma d<strong>as</strong> bord<strong>as</strong> o cadáver e, com um empurrão, atirou-o ao rio.<br />
A água borbulhou em redor, e, imediatamente, do fundo lamacento, emergiu<br />
um corpo escuro e escamoso.