edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
edgar rice burroughs tarzan e as feras - CloudMe
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
fic<strong>as</strong>sem nervosos, e que o seu bater no portão da estacada, depois do<br />
escurecer, aumentaria ainda mais o terror deles.<br />
Por isso o não responderem ao seu chamado não foi motivo de<br />
surpresa para ele, pois os indígen<strong>as</strong> ficam receosos de qualquer voz que lhes<br />
vem à noite, de fora d<strong>as</strong> estacad<strong>as</strong>, atribuindo-a sempre a algum demônio ou<br />
outro visitante sobrenatural. Continuou, porém, a chamar.<br />
— Deixem-me entrar, meus amigos! gritou. Sou um homem branco<br />
que persegue o homem branco muito mau que p<strong>as</strong>sou por aqui há poucos<br />
di<strong>as</strong>. Venho c<strong>as</strong>tigá-lo pelos pecados que cometeu contra mim e contra vocês.<br />
Se duvidarem de minha amizade, eu a provarei trepando na árvore, que fica<br />
por cima da aldeia, e enxotarei Sheeta para a selva, antes que ela possa pular<br />
no meio de vocês; c<strong>as</strong>o não prometam dar entrada e me tratar como amigo,<br />
deixarei Sheeta devorá-los a todos.<br />
Durante um momento, houve ainda silêncio. M<strong>as</strong> a voz de um<br />
velho elevou-se finalmente no silêncio da rua da aldeia.<br />
— Se você é realmente um homem branco e amigo, te deixaremos<br />
entrar; m<strong>as</strong> primeiro é necessário que enxote Sheeta.<br />
— Muito bem, replicou Tarzan. Escuta, e ouvirá Sheeta fugir.<br />
O homem-macaco voltou ligeiro para a árvore, e desta vez fez um<br />
grande barulho ao p<strong>as</strong>sar por entre os galhos, ao mesmo tempo que rosnava<br />
ameaçadoramente como faz a pantera, a fim de que os selvagens acredit<strong>as</strong>sem<br />
que o grande animal ainda estava lá.<br />
Quando alcançou um ponto bem por cima da rua da aldeia sacudiu<br />
a árvore com violência, gritando alto para a pantera que fugisse, pois, do<br />
contrário, morreria. E pontuava a própria voz com os gritos de um animal<br />
enraivecido.<br />
A seguir correu para o lado oposto da árvore e para dentro da selva,<br />
batendo contra os troncos d<strong>as</strong> árvores no caminho, imitando os grunhidos da<br />
pantera, que diminuíam enquanto ela parecia af<strong>as</strong>tar-se cada vez mais.