Ronald Dworkin é um dos filósofos do direito mais importantes da ...
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aposentar de Oxford, <strong>Dworkin</strong> ass<strong>um</strong>iu a cátedra Quain de Filosofia <strong>do</strong> <strong>direito</strong> em<br />
University College Lon<strong>do</strong>n, ass<strong>um</strong>in<strong>do</strong> em segui<strong>da</strong> a cátedra Bentham de Teoria <strong>do</strong><br />
<strong>direito</strong> -- <strong>um</strong>a posição que ele ain<strong>da</strong> mant<strong>é</strong>m. Ele tamb<strong>é</strong>m <strong>é</strong> Frank Henry Sommer<br />
Professor de Direito em New York University School of Law e professor de Filosofia<br />
em Universi<strong>da</strong>de de Nova Iorque, onde ele tem ensina<strong>do</strong> desde o final <strong><strong>do</strong>s</strong> anos 1970. 2<br />
Por que <strong>é</strong> importante<br />
Capítulo I<br />
O que <strong>é</strong> o <strong>direito</strong>?<br />
É importante o mo<strong>do</strong> como os juízes decidem os casos. É muito importante para as<br />
pessoas sem sorte, litigiosas, más ou santas o bastante para se verem diante <strong>do</strong> tribunal.<br />
Learned Hand, que foi <strong>um</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> melhores e <strong>mais</strong> famosos juízes <strong><strong>do</strong>s</strong> Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> Uni<strong><strong>do</strong>s</strong>,<br />
dizia ter <strong>mais</strong> me<strong>do</strong> de <strong>um</strong> processo judicial que <strong>da</strong> morte ou <strong><strong>do</strong>s</strong> impostos. (pg. 3)<br />
<strong>Dworkin</strong> destaca serem os processos judiciais <strong>importantes</strong> em outro feitio que não pode<br />
ser analisa<strong>do</strong> em termos econômicos e nem mesmo de liber<strong>da</strong>de.<br />
Há, inevitavelmente, <strong>um</strong>a dimensão moral associa<strong>da</strong> a <strong>um</strong> processo judicial legal e,<br />
portanto, <strong>um</strong> risco permanente de <strong>um</strong>a forma inequívoca de injustiça pública.<br />
Um juiz deve decidir não simplesmente quem vai ter o quê, mas quem agiu bem, quem<br />
c<strong>um</strong>priu com suas responsabili<strong>da</strong>des de ci<strong>da</strong>dão, e quem, de propósito, por cobiça ou<br />
insensibili<strong>da</strong>de, ignorou suas próprias responsabili<strong>da</strong>des para com os outros, ou<br />
exagerou as responsabili<strong>da</strong>des <strong><strong>do</strong>s</strong> outros para consigo mesmo. Se esse julgamento for<br />
injusto, então a comuni<strong>da</strong>de terá infligi<strong>do</strong> <strong>um</strong> <strong>da</strong>no moral a <strong>um</strong> de seus membros por tê-<br />
lo estigmatiza<strong>do</strong>, em certo grau ou medi<strong>da</strong>, como fora-<strong>da</strong>-lei. O <strong>da</strong>no <strong>é</strong> <strong>mais</strong> grave<br />
quan<strong>do</strong> se condena <strong>um</strong> inocente por <strong>um</strong> crime, mas já <strong>é</strong> bastante considerável quan<strong>do</strong><br />
2 http://pt.wikipedia.org/wiki/<strong>Ronald</strong>_<strong>Dworkin</strong>