15.04.2013 Views

Ronald Dworkin é um dos filósofos do direito mais importantes da ...

Ronald Dworkin é um dos filósofos do direito mais importantes da ...

Ronald Dworkin é um dos filósofos do direito mais importantes da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Teorias semânticas <strong>do</strong> <strong>direito</strong><br />

Proposições e fun<strong>da</strong>mentos <strong>do</strong> <strong>direito</strong><br />

Dizem eles que a divergência teórica sobre os fun<strong>da</strong>mentos <strong>do</strong> <strong>direito</strong> deve ser <strong>um</strong><br />

pretexto, pois o próprio significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> palavra "<strong>direito</strong>" faz o <strong>direito</strong> depender de certos<br />

crit<strong>é</strong>rios específicos, e que qualquer advoga<strong>do</strong> que rejeitasse ou contestasse esses<br />

crit<strong>é</strong>rios estaria dizen<strong>do</strong> absur<strong><strong>do</strong>s</strong> que contradizem a si mesmos. (p. 39)<br />

Seguimos regras comuns, afirmam eles, quan<strong>do</strong> usamos qualquer palavra: essas regras<br />

estabelecem crit<strong>é</strong>rios que atribuem significa<strong>do</strong> à palavra. Nossas regras para o uso de<br />

"<strong>direito</strong>" ligam o <strong>direito</strong> ao fato histórico puro e simples. Não se segue <strong>da</strong>í que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />

advoga<strong><strong>do</strong>s</strong> tenham consciência dessas regras no senti<strong>do</strong> de serem capazes de enunciá-<br />

las de alg<strong>um</strong>a forma níti<strong>da</strong> e abrangente. Pois to<strong><strong>do</strong>s</strong> nós seguimos regras dita<strong>da</strong>s pela<br />

língua que falamos, e delas não temos plena consciência. To<strong><strong>do</strong>s</strong> usamos a palavra<br />

"causa", por exemplo, de <strong>um</strong> jeito que, grosso mo<strong>do</strong>, parece ser o mesmo -<br />

concor<strong>da</strong>mos sobre os eventos físicos que causaram outros, desde que to<strong><strong>do</strong>s</strong> tenhamos<br />

conhecimento <strong><strong>do</strong>s</strong> fatos pertinentes -, e ain<strong>da</strong> assim a maioria de nós não tem id<strong>é</strong>ia <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

crit<strong>é</strong>rios que utilizamos para fazer esses julgamentos, ou mesmo <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> em que<br />

empregamos esses crit<strong>é</strong>rios. (p. 39)<br />

Positivismo jurídico<br />

As teorias semânticas pressupõem que os advoga<strong><strong>do</strong>s</strong> e juízes usam basicamente os<br />

mesmos crit<strong>é</strong>rios (embora estes sejam ocultos e passem despercebi<strong><strong>do</strong>s</strong>) para decidir<br />

quan<strong>do</strong> as proposições jurídicas são falsas ou ver<strong>da</strong>deiras; elas pressupõem que os<br />

advoga<strong><strong>do</strong>s</strong> realmente estejam de acor<strong>do</strong> quanto aos fun<strong>da</strong>mentos <strong>do</strong> <strong>direito</strong>. Essas<br />

teorias divergem sobre quais crit<strong>é</strong>rios os advoga<strong><strong>do</strong>s</strong> de fato compartilham e sobre os<br />

fun<strong>da</strong>mentos que esses crit<strong>é</strong>rios na ver<strong>da</strong>de estipulam. (...). Essas teorias positivistas,<br />

como são chama<strong>da</strong>s, sustentam o ponto de vista <strong>do</strong> <strong>direito</strong> como simples questão de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!