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Apostila 2 o passo História de Quem Conta - Portal SME

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Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife,<br />

em 1912. Aos 5 anos, mudou-se com a família para<br />

o Rio <strong>de</strong> Janeiro, indo morar na Rua Alegre, em<br />

Al<strong>de</strong>ia Campista, bairro que <strong>de</strong>pois seria<br />

absorvido pelos vizinhos Andaraí, Maracanã,<br />

Tijuca e Vila Isabel. Em contato com a imaginação<br />

fértil do futuro escritor, a realida<strong>de</strong> da Zona Norte<br />

carioca, com suas tensões morais e sociais, serviu<br />

como fonte <strong>de</strong> inspiração para Nelson construir<br />

personagens memoráveis e histórias carregadas<br />

<strong>de</strong> lirismo trágico.<br />

Aos 13 anos, ingressa na carreira <strong>de</strong><br />

jornalista, trabalhando como repórter policial em<br />

A Manhã, um dos jornais fundados por seu pai,<br />

Mário Rodrigues, que marcaram época – o<br />

segundo foi Crítica, palco <strong>de</strong> uma tragédia que<br />

abalaria o dramaturgo profundamente: o<br />

assassinato <strong>de</strong> seu irmão, o ilustrador e pintor<br />

Roberto Rodrigues, em 1929.<br />

<strong>História</strong> <strong>de</strong> Nelson<br />

Equipe <strong>de</strong> Leitura – <strong>SME</strong>/ D.C.<br />

Junho <strong>de</strong> 2012<br />

Lado a lado com o teatro, o jornalismo foi<br />

para ele um ambiente privilegiado <strong>de</strong> expressão.<br />

Dentre seus textos propriamente jornalísticos,<br />

<strong>de</strong>stacam-se aqueles <strong>de</strong>dicados ao futebol, em que<br />

empregou toda sua veia dramática, transformando<br />

partidas em batalhas épicas e jogadores em<br />

heróis. Trabalhou nos mais diversos jornais e<br />

revistas, assinando artigos e crônicas, como a<br />

popular e discutida coluna “A Vida Como Ela É…”.<br />

Em 1943, a consagração no Teatro<br />

Municipal do Rio <strong>de</strong> Janeiro: sua segunda peça,<br />

Vestido <strong>de</strong> Noiva, montada por um grupo amador,<br />

Os Comediantes, dirigida pelo polonês recémimigrado<br />

Ziembinski e com cenários <strong>de</strong> Tomás<br />

Santa Rosa, revolucionava a maneira <strong>de</strong> se fazer<br />

teatro no Brasil. Sua peça seguinte, Álbum <strong>de</strong><br />

Família, <strong>de</strong> 1946, que trata <strong>de</strong> incesto, foi<br />

censurada, sendo liberada apenas duas décadas<br />

<strong>de</strong>pois. Dali em diante, sua obra <strong>de</strong>spertaria as<br />

mais variadas reações, nunca a indiferença.<br />

O prestígio alcançado pelo<br />

reconhecimento <strong>de</strong> seu talento não livrou-o <strong>de</strong><br />

contestações ou perseguições. Classificado pelo<br />

próprio Nelson Rodrigues como “<strong>de</strong>sagradável”,<br />

seu teatro chocou plateias, provocando não<br />

apenas admiração, mas também repugnância e<br />

ódio, sentimentos muitas vezes alimentados por<br />

seu temperamento inclinado à polêmica e à<br />

autopromoção.<br />

Nelson Rodrigues morreu no Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, em 1980, aos 68 anos. Além dos<br />

romances, contos e crônicas, <strong>de</strong>ixou como legado<br />

17 peças que, vistas em conjunto, colocam-no<br />

entre os gran<strong>de</strong>s nomes do teatro brasileiro e<br />

universal.<br />

Disponível em: http://www.funarte.gov.br<br />

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