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Alvaro Daudt Eyler - Revista Apólice

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especial norte-nordeste | tendências<br />

e sua capacidade aumentou – em 2007<br />

o governo até criou uma Secretaria<br />

Especial dos Portos –, mas anos de<br />

abandono estagnaram alguns. A crise<br />

mundial também prejudicou a economia<br />

da maioria dos portos, que perderam<br />

volume de exportação em 2008 e 2009.<br />

Mas agora alguns portos investem em<br />

novos produtos e querem incrementar<br />

a receita. Alguns inauguram novos<br />

empreendimentos, outros lutam contra<br />

problemas antigos.<br />

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto<br />

de Pesquisa Econômica Aplicada<br />

(Ipea) identifi cou que o Brasil precisaria<br />

fazer 265 obras e investir R$ 43 bilhões<br />

na construção, ampliação e recuperação<br />

das áreas portuárias. A ANTAQ<br />

(Agência Nacional de Transportes Aquaviários)<br />

anunciou, recentemente, investimentos<br />

de R$ 30 bilhões nas instalações<br />

portuárias brasileiras. Os recursos contemplam<br />

R$ 9,5 bilhões para terminais<br />

de portos públicos e R$ 21 bilhões a<br />

serem aplicados na construção, ampliação<br />

e operação de terminais de uso<br />

privativo (TUP). Do valor destinado aos<br />

38<br />

portos públicos, R$ 2 bilhões vão para<br />

a região Nordeste e R$ 1,5 bilhão para<br />

os portos instalados no Norte do País. É<br />

uma boa oportunidade para o mercado<br />

de seguros, como indica Helenicy, da<br />

Aon. “Surgirá uma demanda enorme relacionada<br />

a cada uma destas obras, desde<br />

as fases de concorrência/licitação, como<br />

as garantias de licitante e posteriormente<br />

de execução, bem como os seguros de<br />

riscos de engenharia e equipamentos,<br />

responsabilidade civil de obras na fase<br />

de construção. Depois de executadas as<br />

obras, apareceria a demanda de seguros<br />

de operação e equipamentos, além de<br />

danos causados a terceiros”, prevê.<br />

A Marsh é uma das corretoras que<br />

está aguardando a defi nição de marcos<br />

regulatórios para a expansão de portos.<br />

“Há vários portos privados sendo construídos<br />

e expandidos no Sul e Sudeste.<br />

Acredito que no Norte e Nordeste deve<br />

acontecer a mesma coisa. Já há consulta<br />

pública sobre o assunto”, informa<br />

Armando Bandechi, especialista em<br />

infraestrutura da Marsh. Segundo ele,<br />

em termos de riscos, a operação portu-<br />

Complexo Industrial Portuário de Suape,<br />

em Pernambuco<br />

A posição geográfi ca de Pernambuco, no centro da Região Nordeste, transforma<br />

Suape em um centro concentrador e distribuidor de cargas, inclusive<br />

um porto internacional concentrador de cargas para toda a América do Sul.<br />

Suape hoje recebe investimentos da ordem de US$ 17 bilhões. São mais de<br />

100 empresas instaladas e outras 35 em fase de implantação nos seus 30 anos<br />

de existência.Uma refi naria de petróleo, três plantas petroquímicas e o maior<br />

estaleiro do hemisfério sul estão em construção no local. Esses investimentos<br />

alavancaram novas cadeias produtivas no estado em um movimento que irá<br />

transformá-lo em um grande polo de bens e serviços para as indústrias de<br />

petróleo, gás, off shore e naval.<br />

Essas empresas contam ainda com incentivos fi scais, oferecidos pelos<br />

Governos Federal e Estadual, com o objetivo de estimular a geração de empregos<br />

e incrementar a economia regional.<br />

Fonte: www.suape.pe.gov.br<br />

❙ Armando Bandechi, da Marsh<br />

ária é muito complexa e exige, além de<br />

proteção do patrimônio, a cobertura de<br />

responsabilidade civil, já que é intensa<br />

a utilização de terceiros. “São vários os<br />

seguros contratados para preservação<br />

do operador. Especialmente se for em<br />

regime de concessão, os editais sobre<br />

expansão dos portos virão com especifi<br />

cidades sobre seguros”, sugere.<br />

Na área de transportes, Bandechi<br />

vai além do setor portuário e aposta no<br />

desenvolvimento do transporte hidroviário.<br />

“É o momento de se investir na<br />

utilização de hidrovias. O processo é<br />

mais barato e o impacto ambiental é bem<br />

menor do que as ferrovias, por exemplo”.<br />

Complexos e polos industriais<br />

Helenicy, da Aon, destaca o interesse<br />

de grandes montadoras de veículos em<br />

se instalar no Nordeste – como a Fiat,<br />

que terá fábrica em Pernambuco –, não<br />

apenas pelo potencial de consumo, mas<br />

também devido a sua posição geográfi ca,<br />

facilitando a distribuição da mercadoria<br />

produzida. “A Aon está trabalhando<br />

fortemente nos setores de mineração,<br />

energia eólica e construção. As principais<br />

coberturas contratadas são garantia<br />

aos fi nanciadores, risco de engenharia e<br />

responsabilidade civil das obras, transportes<br />

de equipamentos (importação), todos<br />

na fase de instalação das unidades”,<br />

indica a diretora. Algumas já têm sua<br />

produção de automóveis por lá – é o caso<br />

da Ford, que tem sua planta no Polo de<br />

Camaçari, um complexo industrial que<br />

integra o segmento petroquímico com a<br />

indústria de transformação.

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