A história da mais impactante fusão do mercado - Buena Vista ...

do cara dar mais resultado. É ele investir menos,
percentualmente, e ganhar mais. O cara investia
R$ 10 mil e passa a investir R$ 50 mil, mas,
percentualmente, é menos, porque a agência é
tão eficiente em sua atuação que vai dar resultado
pra ele. Se ele enxergar isso, não vai se importar de
pagar mais.
Tairone – O Clube de Criação tem um papel
fundamental nesse processo educacional, que é
nosso papel com o cliente em Juiz de Fora. Com
o Clube, as agências passaram a trocar ideia sobre
o mercado, e vimos que outros também tinham
essa iniciativa de puxar o cabresto do cliente. Um
motiva e esclarece o outro sobre o que é certo e o
que é errado. É um processo que vem acontecendo
nos últimos dez anos. Podia ser mais rápido, mas o
que importa é que vem acontecendo. A Mostarda
nasceu na véspera do início deste movimento. Eu
lembro bem como era antes e vejo como é hoje.
Tem muita coisa pra evoluir e acontecer, mas a
mudança que já ocorreu até aqui é animadora.
- Vocês se consideram prontos para
conquistar a confiança do cliente
nestes “novos” termos?
Armando – Isso já era da nossa cultura, minha,
do Tairone, do Leitão e do Kico. Se matar pelo
cliente para ter o máximo de resultado, o máximo
de eficiência.
Kico – Queremos que o cliente não dê um passo
sem falar com a gente, porque isso é uma prova
de que ele confia em você, seu trabalho está
acontecendo.
Tairone – E confiança a gente ganha com
transparência e comprometimento. Quando eu
vejo uma coisa errada, eu vou lá e falo, vou lá e
conserto. Cara, eu já subi em árvore pra amarrar
banner, já colei adesivinho em mais de dois mil
batons, já entreguei mais de 500 caixinhas de
presente de casa em casa, já fiz show surpresa do
Beatles Forever no telhado, já apresentei desfile,
já saí de Juiz de Fora por dois anos seguidos pra
estudar a Parada Gay do Rio. Já fiz de tudo por
cliente. Isso é um ideal. O cliente é o ideal. E a
gente faz de tudo por um ideal. E esses caras aqui
já fizeram coisas assim também. Não estamos
preocupados em ganhar comissão em cima de
comissão. Queremos dar resultado, porque isso
é que vai nos garantir no mercado e nos fazer crescer, com o crescimento dos nossos
clientes.
Armando – Se o cliente chega e diz que tem R$ 100 mil de verba, e você vê que
resolve o problema dele com R$ 8 mil, R$ 1 mil que seja... não tem como você investir
os R$ 100 mil! Eu não consigo fazer isso.
Tairone – A gente deixa de ganhar, mas chega em casa e dorme.
Armando – É duro abrir mão disso, mas eu não vou fazer o cara rasgar dinheiro. Mas,
também, se ele vier com R$ 10 mil e eu vejo que é R$ 100 mil, eu vou falar pra ele. Seu
remédio é R$ 100 mil, eu não vou te dar um décimo de remédio, porque não vai adiantar.
– A Buena Vista é uma agência que nasce aqui, mas com
perspectivas de expansão pra fora da cidade muito concretas.
Vocês já começam com clientes que não são de Juiz de Fora,
talvez 30% da carteira. Como será pra vocês essa dinâmica de
trabalhar com mercados distintos?
Leitão – Temos uma ótima bagagem. Aqui todo mundo tem experiência com cliente
grande, médio e pequeno, sabemos que cada um tem suas necessidades.
Tairone – Ajuda você ter determinados procedimentos com clientes acostumados
a um profissionalismo maior, porque temos como levar isso para o cliente que está
habituado a outra realidade. O Kico é excelente nisso. Ele chega para o cliente e
não esconde nada, abre o jogo, “meu amigo, o que você está querendo fazer é rasgar
dinheiro, e eu não vou te ajudar a rasgar dinheiro, rasga com outro”. Aí o cliente pode
até ficar bravo na hora, mas vai pra casa, pensa melhor e depois volta, porque ele viu
que a gente falou a verdade, que não está de brincadeira, que quer dar resultado pra ele.
Kico – Pra mim, o que vale é o que você oferece de verdade. A gente estudou, trabalha
nisso, o mínimo que o cliente tem de exigir é que a gente faça direito.
Leitão – Você está pagando o meu cérebro, meu filho. Se quer pagar um mouse, vai
num cursinho de informática aí e pronto (risos).
22