A história da mais impactante fusão do mercado - Buena Vista ...

ARTIGO: ARMANDO ZILLER
Os novos tempos da política
O ambiente político sempre fez parte da minha formação.
Meu Avô, Armando Ziller, em 1947, foi o primeiro deputado
estadual eleito pelo Partido Comunista Brasileiro; meu tioavô
Adelchi Ziller foi assessor, jornalista e amigo de Juscelino
Kubitschek. Mas foi exatamente nas “Diretas Já” que pude
observar as mudanças das estratégias de campanha. Neste
período, as estratégias de marketing eram forjadas nas grandes
mobilizações populares, nos comícios de grande porte, no
forte apelo emocional.
A primeira experiência política foi na disputa de candidato a candidato pelo PMDB
ao governo do Estado, entre o então prefeito de Contagem Newton Cardoso e seu
adversário Pimenta da Veiga. A luta foi tão acirrada que o vencedor só foi conhecido na
apuração dos últimos votos. Trabalhei para o candidato derrotado, Pimenta da Veiga.
Dois anos depois, ele foi eleito prefeito de BH. Trabalhamos sempre na certeza de que,
mesmo na derrota, o candidato poderia tirar bons frutos e colher os resultados para seu
futuro político. E deu certo.
Em 1989, com a nova
República, voltamos a ter
o privilégio de votar para
Presidente. Foi a época das
campanhas show, do candidato
com cara de produto de
prateleira, de frases prontas,
das grandes estruturas de
suporte ao candidato, numerosa
equipe de campo, cabos
eleitorais atuantes e unidade
de campanha com materiais
gráficos bem produzidos. Foi
a época da imprensa marrom,
de denúncias, da criação
de factóides como grandes
escândalos.
Desde a reabertura política,
as campanhas tiveram
muitas transformações em
suas coordenações. Muitas
mudanças tecnológicas e
estratégicas aconteceram
durante todos os períodos
eleitorais que participei, mas
nenhum superará as mudanças
radicais que acontecerão na
próxima década. O formato
da campanha vitoriosa do
Presidente dos Estados Unidos
Barack Obama, onde a internet
e as mídias sociais foram as
grandes armas de campanha,
mudou para sempre o fazer
político.
O relacionamento virtual com o
eleitor, o crescimento da geração
X e Geração Y que nasceram
na era digital serão os desafios
a serem enfrentados por todos
os envolvidos em campanhas
políticas. A campanha
presidencial americana mostrou:
Sim, nós podemos utilizar a
internet e as mídias sociais para
o sucesso em uma eleição. O que
não podemos é ter o pensamento
simplista de clonar a campanha
de Barack Obama e aplicá-la no
Brasil. Existem aspectos regionais
a serem considerados pois o
processo eleitoral brasileiro é
muito diferente do americano,
e o modo de utilização das
redes sociais pelo brasileiro
também. A essência é muito bem
vinda, já que pode ser grande
potencializadora das campanhas
eleitorais, mas o modo de aplicar
é que vai definir o sucesso ou o
fracasso.
É previsível que o poder
financeiro terá menos peso
do que em eleições anteriores.
Também é fato que não será
possível abandonar totalmente
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as técnicas utilizadas até
agora. Mas também é certo
que as redes sociais serão
preponderantes e muito mais
decisivas com seu poder de
penetração potencializando o
trabalho de convencimento e
fortalecimento do candidato.
Isso exigirá cada vez mais
especialização, entendimento
e preparo dos profissionais
de marketing político, das
agências de propaganda e do
próprio candidato porque o
efeito contrário também será
verdadeiro.
Para os próximos 10 anos, sairá na
frente aquele que souber dominar
tudo o que a comunidade virtual
oferece. A propósito, já visitou
meu blog, twitter e facebook?