A história da mais impactante fusão do mercado - Buena Vista ...
A história da mais impactante fusão do mercado - Buena Vista ...
A história da mais impactante fusão do mercado - Buena Vista ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ARTIGO: TAIRONE VALE<br />
Varejo: Acrescentar inteligência<br />
Foi no fim <strong>da</strong> 2 a Grande Guerra que a comunicação e a publici<strong>da</strong>de<br />
tomaram o rumo que as transformaria no que são hoje. Foi neste<br />
perío<strong>do</strong> de extrema inovação tecnológica e alta competitivi<strong>da</strong>de<br />
merca<strong>do</strong>lógica que os produtos foram se aproximan<strong>do</strong> em quali<strong>da</strong>de<br />
e preço, incorporan<strong>do</strong> o uso <strong>do</strong> termo commodities, cunha<strong>do</strong> para<br />
produtos primários, no cotidiano <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s.<br />
Com merca<strong>do</strong>rias “iguais”, a comunicação se viu obriga<strong>da</strong> a explorar atributos que iam além <strong>da</strong>s<br />
características físicas <strong>do</strong> produto, como a emoção trazi<strong>da</strong> pelo uso <strong>da</strong>quele deso<strong>do</strong>rante, a joviali<strong>da</strong>de<br />
transmiti<strong>da</strong> por aquele tênis, a alegria proporciona<strong>da</strong> em saborear o sanduíche <strong>da</strong>quela lanchonete.<br />
A publici<strong>da</strong>de institucional se viu obriga<strong>da</strong> a criar, explorar e manter o tal “posicionamento de marca”,<br />
termo a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> por nós, publicitários. Por quê a<strong>do</strong>ramos esse troço? Já explico.<br />
Passa<strong>da</strong> a aulinha de <strong>história</strong> <strong>da</strong> introdução, vamos entrar no campo mina<strong>do</strong> <strong>do</strong> varejo. Da déca<strong>da</strong><br />
de 90 pra cá (só <strong>mais</strong> um pouquinho de <strong>história</strong>, pra contextualizar), as rédeas saíram <strong>da</strong> indústria e,<br />
consequentemente, <strong>da</strong>s marcas, para cair nas mãos <strong>do</strong> varejo. Grandes redes varejistas conquistaram<br />
poder de negociação ca<strong>da</strong> vez maiores, esmagan<strong>do</strong> a margem de lucros <strong>da</strong> indústria e assumin<strong>do</strong><br />
de vez o controle <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Com produtos iguais, de fornece<strong>do</strong>res iguais, leva vantagem quem<br />
negocia melhor. Quem negocia melhor, tem preços melhores para oferecer ao consumi<strong>do</strong>r e, ten<strong>do</strong><br />
preço melhor, só resta a esse varejista anunciar o seu preço vantajoso, certo? Calma...<br />
Foi com esse pensamento que a<br />
comunicação de varejo se desenvolveu<br />
até chegar ao patamar atual. Não é à tôa<br />
que nos últimos anos as Casas Bahia se<br />
firmaram como maior anunciante <strong>do</strong> país.<br />
E isso sempre repetin<strong>do</strong> a fórmula perfeita:<br />
pessoas praticamente gritan<strong>do</strong> os preços,<br />
letras enormes cain<strong>do</strong> na tela, barulho de<br />
panca<strong>da</strong>s sacudin<strong>do</strong> a TV, e tome preço,<br />
preço, preço, certo? Erra<strong>do</strong>!<br />
Acontece que as redes que se baseiam nessa<br />
fórmula estão provan<strong>do</strong> <strong>do</strong> próprio remédio.<br />
Estão sen<strong>do</strong> obriga<strong>da</strong>s a reduzir e reduzir<br />
suas margens porque o concorrente anuncia<br />
o mesmo produto por três centavos a<br />
menos, que as obrigam a anunciar por cinco<br />
a menos... Até que o preço deixa ser uma<br />
vantagem e a marca fica com uma mão na<br />
frente e outra atrás, completamente pela<strong>da</strong><br />
de atributos.<br />
Agora chega a hora de vender nosso peixe. Já antecipan<strong>do</strong> este movimento natural<br />
<strong>da</strong> curva merca<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong> varejo, certo dia, nós, <strong>da</strong> <strong>Buena</strong> <strong>Vista</strong>, começamos a<br />
nos perguntar: e se tratássemos o varejo como marca? E se atribuíssemos valores,<br />
sensações e personali<strong>da</strong>des bem defini<strong>da</strong>s também às empresas de varejo? E<br />
se, como fazemos com a comunicação institucional, investíssemos em uma<br />
publici<strong>da</strong>de foca<strong>da</strong> em posicionamento de marca? Provavelmente, a empresa seria<br />
percebi<strong>da</strong> pelo consumi<strong>do</strong>r como algo além de menor preço, certo? Certíssimo!<br />
O dever de casa que já fazemos há quase uma déca<strong>da</strong> é apostar que uma criação inteligente,<br />
diferencia<strong>da</strong> e, principalmente, rechea<strong>da</strong> de conteú<strong>do</strong>, mu<strong>da</strong> a forma como o consumi<strong>do</strong>r<br />
percebe a empresa. Ela gera simpatia, que gera aproximação, que gera lembrança, que gera<br />
resulta<strong>do</strong>. E o <strong>mais</strong> importante: ela contribui na blin<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> marca. No momento em que a<br />
empresa não conseguir oferecer o menor preço, os clientes já terão cria<strong>do</strong> um relacionamento<br />
emocional com ela, o que torna <strong>mais</strong> difícil uma eventual “infideli<strong>da</strong>de”.<br />
E por quê to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> não faz isso, então? Porque não é fácil. Exige esforço e dedicação <strong>da</strong> agência<br />
e <strong>do</strong> próprio cliente. Este último precisa manter um atendimento impecável, investir em feedback<br />
<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res para monitorar falhas e acertos, criar diferenciais que ganhem peso na “hora <strong>da</strong><br />
ver<strong>da</strong>de”. Por sua vez, a agência precisa ser <strong>mais</strong> ágil, <strong>mais</strong> inteligente, <strong>mais</strong> pertinente e <strong>mais</strong> criativa.<br />
Mas, seu Tairone, isso tu<strong>do</strong> dá resulta<strong>do</strong>? Ô, se dá! Temos números e números que comprovam.<br />
Mas para conhecê-los, futuro cliente, só no “cara-a-cara”.<br />
30<br />
Confira “Baggio”,<br />
um exemplo de<br />
varejo diferencia<strong>do</strong>