análise comparativa da capacidade de contração do ... - Unama
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1. INTRODUÇÃO<br />
A recente acepção <strong>de</strong> incontinência urinária (IU) <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pela International<br />
Continence Society (ICS) correspon<strong>de</strong> a qualquer per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina (ABRAMS et<br />
al, 2003). A antece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>finição, que consi<strong>de</strong>rava unicamente incontinência urinária às<br />
per<strong>da</strong>s que acarretassem <strong>de</strong>sconforto social ou higiênico às pacientes, tornou-se inapropria<strong>da</strong><br />
pela extrema subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> que consiste em “problema social ou higiênico”.<br />
A incontinência urinária é um problema freqüente que po<strong>de</strong> afetar mulheres <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />
as faixas etárias, com prevalência que varia entre 25 a 45% <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>da</strong><br />
incontinência, <strong>da</strong> população analisa<strong>da</strong> e <strong>do</strong> critério emprega<strong>do</strong> para o diagnóstico (HAY-<br />
SMITH et al., 2007).<br />
Aproxima<strong>da</strong>mente 200 milhões <strong>de</strong> pessoas no mun<strong>do</strong> apresentam <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong><br />
IU, com pre<strong>do</strong>mínio em mulheres que em homens e estiman<strong>do</strong>-se que uma em ca<strong>da</strong> quatro<br />
mulheres tem per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina (ORTIZ, 2004).<br />
No Brasil, estu<strong>do</strong>s sobre a prevalência <strong>da</strong> IU são escassos e são restritos a ban<strong>do</strong><br />
populacionais específicos como: i<strong>do</strong>sos, mulheres, diabéticos, etc.. Em uma averiguação<br />
populacional <strong>do</strong>miciliar feito em Campinas-SP, concluiu-se que <strong>da</strong>s 456 mulheres<br />
climatéricas entrevista<strong>da</strong>s, 35% relataram per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina aos esforços (GUARISI et al., 2001).<br />
A incontinência urinária <strong>de</strong> esforço (IUE) é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pela ICS como a per<strong>da</strong><br />
involuntária <strong>de</strong> urina no esforço físico, espirro ou tosse (ABRAMS et al., 2003). Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />
acor<strong>do</strong> com a padronização e terminologia <strong>da</strong> ICS, a IUE po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como um<br />
sintoma (quan<strong>do</strong> a paciente refere a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina aos esforços), como um sinal (quan<strong>do</strong> o<br />
médico nota a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> urina no exame físico) ou uma condição, sen<strong>do</strong> observa<strong>da</strong> durante a<br />
cistometria <strong>de</strong> fluxo (quan<strong>do</strong> há per<strong>da</strong> involuntária <strong>de</strong> urina durante elevação <strong>da</strong> pressão<br />
ab<strong>do</strong>minal, na falta <strong>de</strong> uma <strong>contração</strong> <strong>do</strong> músculo <strong>de</strong>trusor). (RADLEY et al., 2004)<br />
Segun<strong>do</strong> Guarisi, apud Moller et al. (2000), estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a prevalência <strong>de</strong> sintomas<br />
urinários em mulheres <strong>de</strong> 40 a 60 anos, advertiram 16% <strong>de</strong> incontinência urinária <strong>de</strong> esforço,<br />
ten<strong>do</strong> um aumento em sua prevalência <strong>do</strong>s 40 aos 55 anos e um <strong>de</strong>créscimo após essa i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A incontinência urinária feminina é um problema mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e com o avanço na<br />
expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> torna-se uma condição que acomete um número ca<strong>da</strong> vez mais extenso <strong>de</strong><br />
pessoas, provocan<strong>do</strong> um <strong>da</strong>no clínico, social, sexual, psíquico e econômico à paciente. Kenton<br />
(2006), afirma que nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o choque econômico para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e para a mulher<br />
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