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tipologias textuais e a produção de textos na escola - PUC Minas

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intuição do pesquisador, mas que não <strong>de</strong>vem se tor<strong>na</strong>r absolutos<br />

ante os fatos obrigando, às vezes, a reducionismos i<strong>na</strong>ceitáveis.<br />

Na relação entre fato <strong>de</strong> um lado e método e teoria do outro,<br />

cada um <strong>de</strong>ve ter um peso que não obstrua a realização da<br />

pesquisa e proposição <strong>de</strong> generalizações novas que<br />

representam um avanço no conhecimento sistemático do objeto<br />

<strong>de</strong> estudo”.<br />

Posto isto, faremos a seguir não mais que uma breve exposição dos<br />

pressupostos teóricos oriundos da Lingüística Textual e da Teoria do Discurso.<br />

2 - Lingüística Textual : da frase ao texto<br />

A partir dos anos 60, os aspectos que eram antes secundarizados pelas<br />

lingüísticas formalista e i<strong>de</strong>alista - a fala (o discurso) e a suas reais condições <strong>de</strong> <strong>produção</strong> - tor<strong>na</strong>m-se<br />

objeto <strong>de</strong> estudo, no campo das ciências da linguagem, à medida que se percebe que, para<br />

compreen<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>screver o funcio<strong>na</strong>mento da linguagem, é impossível distanciar a língua da ativida<strong>de</strong><br />

dos falantes.<br />

Essa nova abordagem busca um novo modo <strong>de</strong> ver e fazer os estudos<br />

sobre a linguagem. De uma concepção <strong>de</strong> língua como sistema formal, como arranjo <strong>de</strong> relações<br />

abstratas, vai-se passando para uma noção <strong>de</strong> língua consi<strong>de</strong>rada em suas realizações concretas <strong>de</strong><br />

uso, construída <strong>na</strong>s interações verbais por seus falantes.<br />

Sob essa ótica, a questão que se impõe é um <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> uma<br />

análise que incidia sobre a frase para uma que inci<strong>de</strong> sobre o texto, porque é nele que a língua se<br />

manifesta em toda a sua dimensão.<br />

A inversão do objeto <strong>de</strong> estudo, nessa nova abordagem, efetiva-se por<br />

reconhecimento da existência <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> questões não explicáveis exclusivamente no interior da<br />

estrutura frasal, isto é, a partir <strong>de</strong> relações inter<strong>na</strong>s entre as unida<strong>de</strong>s que compõem essa estrutura,<br />

seja no nível sintático-morfológico, seja no fonológico ou semântico.<br />

Com efeito, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses problemas não é uma questão<br />

meramente metodológica; é, sobretudo, uma questão <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong> língua. Nessa perspectiva, a<br />

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