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tipologias textuais e a produção de textos na escola - PUC Minas

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Para o autor, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um sistema complexo <strong>de</strong><br />

classificação <strong>de</strong> <strong>textos</strong>, que <strong>de</strong>screvesse as suas proprieda<strong>de</strong>s constitutivas e específicas, requer a<br />

construção <strong>de</strong> <strong>tipologias</strong> <strong>textuais</strong> que, reunidas, formariam o que ele chama <strong>de</strong> tipologia textual superior,<br />

isto é, uma teoria tipológica.<br />

Não se po<strong>de</strong> negar que essa proposta seria interessante e necessária,<br />

tendo em vista a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios existentes para classificar o texto, como procuraremos<br />

mostrar mais adiante. Entretanto, com tantas <strong>tipologias</strong> - umas se articulando com outras,<br />

entrecruzando-se, complementando-se ou se opondo - é preciso reconhecer que se está ainda longe <strong>de</strong><br />

soluções satisfatórias que organizem uma teoria tipológica i<strong>de</strong>al para o estudo tipológico do texto.<br />

O exame <strong>de</strong> várias <strong>tipologias</strong> existentes, tanto no campo da Teoria do<br />

Discurso como no da Lingüística do Texto, conclui-se que os critérios adotados por elas são múltiplos e<br />

heterogêneos. Essa heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> critérios é que faz surgir uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>tipologias</strong>.<br />

A partir do estabelecimento <strong>de</strong> critérios - base conceitual - adotados<br />

para a construção das <strong>tipologias</strong>, po<strong>de</strong>m-se i<strong>de</strong>ntificar gran<strong>de</strong>s vertentes tipológicas.<br />

A tipologia do Discurso baseia-se em critérios ligados às condições <strong>de</strong><br />

<strong>produção</strong>, às formações discursivas em que po<strong>de</strong>m estar inseridas, etc. Assim, a partir <strong>de</strong> tais critérios<br />

(e outros), da relação da análise proposta ao texto e da sua própria <strong>na</strong>tureza, várias vertentes<br />

tipológicas são <strong>de</strong>finidas, citamos as apontadas por KOCH & FÁVERO(1987:4):<br />

1. as que se referem à existência <strong>de</strong> instituições: discurso<br />

político, juridíco, religioso, etc.;<br />

2. as que dizem respeito a domínios (institucio<strong>na</strong>is) do saber e<br />

que constituem variações das anteriores: discurso filosófico,<br />

científico, jor<strong>na</strong>lístico, poético, etc, (cf.ORLANDI, 1983);<br />

3. a da antiga retórica: discurso <strong>de</strong>liberativo, epidítico, jurídico;<br />

4. a <strong>de</strong> Orlandi(1983) que toma como base, <strong>de</strong> um lado, a<br />

relação da linguagem com as suas condições <strong>de</strong> <strong>produção</strong>; e <strong>de</strong><br />

outro, a questão da <strong>produção</strong> do sentido, repousando sobre as<br />

noções <strong>de</strong> interação, polissemia: discurso autoritário, polêmico e<br />

lúdico.<br />

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