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Ben Stansall/AFP
Dylan Martinez/Reuters
protestos
manifestantes às ruas do Cairo
políticas e econômicas das
pessoas”, afirmou.
Pela terceira vez desde o iníciodosprotestos,em25dejaneiro,
os manifestantes encheram
completamente a praça Tahrir.
Uma outra grande manifestação
já está programada
para sexta-feira. “Vim aqui hoje
pela primeira vez porque esse
gabinete é um fracasso, Mubarak
ainda está encontrando as
mesmas caras feias”, disse Afaf
Naged, 71, ex-conselheiro do
Banco Nacional do Egito (estatal).
“Ele não acredita que acabou.
É um homem teimoso.”
Análise sobre extradição de Assange é adiada
A análise da extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange,para
a Suécia foi adiada para a próxima sexta-feira pelo juiz Howard Riddle,
de Londres. Os advogados de Assange tentam demonstrar irregularidades
na forma como a promotoria sueca abordou as acusações de suposto
crime sexual contra duas mulheres de Estocolmo. A Suécia quer interrrogar
Assange, que nega as acusações e diz ser alvo de perseguição política
por ter publicado documentos confidenciais da diplomacia americana.
ENTENDA A CRISE
● Os protestos que começaram
há duas semanas exigem
a renúncia do presidente
Mubarak, há 30 anos no poder.
● O governo apresentou um
plano de transição, rejeitado
pela oposição que acusa o
regime de tentar ganhar tempo.
● Mubarak, de 82 anos, quer se
manter no poder até as eleições
de setembro e resistir à pressão
para renuncie imediatamente.
Pela TV, o vice-presidente
afirmou que o governo adotou
umcronogramaparaauma
transferência de poder pacífica
e organizada: “o presidente
enfatizou que a juventude do
Egito merece o apreço da nação
e deu ordens para evitar
que eles sejam perseguidos,
intimidados ou que tenham
seu direito à liberdade de expressão
tolhido.”
Atéagora,noentanto,ogoverno
fez poucas concessões, e
Mubarak, de 82 anos, parece estar
resistindo à pressão por sua
renúncia imediata. ■ Reuters
A Tailândia impôs rígidas medidas
de segurança para controlar
a manifestação dos nacionalistas
“camisas amarelas”, que
ameaçam ocupar prédios públicos
em Bangcoc. O Ato Interno
de Segurança, publicado ontem,
permite que as autoridades imponham
toques de recolher,
operem postos de controle e
restrinjam movimentos de manifestantes
caso integrantes da
Aliança Popular pela Democracia
(APD) se tornem violentos
ou tentem ocupar edifícios.
O porta-voz governamental,
Panitan Wattanayagorn, disse
que o gabinete tailandês aprovou
o uso das medidas entre os
dias 9 e 23 de fevereiro em sete
distritos, o que abrange o local
de trabalho do primeiro-ministro,
o Parlamento e o bairro comercial
de Rajprasong.
Os “camisas amarelas” ajudaram
a levar o primeiro-ministro,
Abhisit Vejjajiva, ao poder,
mas recentemente se voltaram
contra ele, exigindo firmeza
numa disputa territorial com
o Camboja. Em 2008, o grupo
ocupou prédios públicos durante
três meses e bloqueou o principal
aeroporto de Bangcoc até
que a Justiça afastasse o governo
aliado do ex-premiê Thaksin
AGENDA DO DIA
● A China divulgada dados da
sua balanço comercial referente
ao mês de janeiro. A expectativa
é de superávit de US$ 10,2 bilhões.
● Ben Bernanke, presidente
do Federal Reserve (Fed), o BC
americano, discursa sobre a
economia do país, em Washington.
Quarta-feira, 9 de fevereiro, 2011 Brasil Econômico 39
Tailândia impõe
toque de recolher
Governo do país quer controlar manifestações de grupos nacionalistas
que ameaçam ocupar prédios públicos em vários bairros de Bangcoc
As medidas valerão
entreosdias9e23de
fevereiro e abrangem
sete distritos,
incluindo o local
de trabalho do
primeiro-ministro,
oParlamentoeo
bairro comercial
de Rajprasong
Shinawatra, o que abriu caminho
para a ascensão de Abhisit
ao poder. Mas há duas semanas,
os “camisas amarelas” protestam
contra o atual premiê. Eles
pretendem realizar uma manifestação
maior ainda na sextafeira,
quando o Parlamento analisa
emendas constitucionais
que poderiam levar à realização
de eleições neste ano.
Os manifestantes prometem
se manter pacíficos, mas o policiamento
foi reforçado e prédios
públicos foram cercados com
barricadas de arame farpado.
Um grupo rival, os “camisas
vermelhas”, planeja realizar
manifestações também nos dias
13 e 19, reivindicando que seus
líderes sejam libertados da prisão.
Em abril e maio do ano passado,
essa facção, seguidora de
Thaksin, se envolveu em violentos
protestos em Bangcoc,
que resultaram em 91 mortes,
quase 2 mil feridos e 40 edifícios
incendiados. A maioria de seus
líderes foi presa.
“Precisamos cobrir muitos
distritos (com as medidas extraordinárias)
porque há protestos
planejados tanto pelos
camisas vermelhas quanto pelos
camisas amarelas” disse Panitan.
■ Reuters
Chaiwat Subprasom/Reuters
Soldados tailandeses
vão para rua controlar
protestos violentos