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Educação musical e psicomotricidade

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estética e cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvem<br />

a vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais<br />

elaborados. (BRASIL/MEC, 1998, p.48-49, grifo meu).<br />

Percebe-se que a questão da expressão <strong>musical</strong> está presente em todo o discurso.<br />

Fica muito claro tanto no capítulo sobre movimento como no de música a necessidade da<br />

criança se expressar e como isto se torna prioridade na educação da criança. Também não<br />

se pode deixar de notar a presença das palavras: emoções, sentimento, afetivo, estético e<br />

cognitivo.<br />

A passagem seguinte mostra as bases teóricas do Referencial para a música e é<br />

indicado como nota explicativa que “deve-se pesquisar o trabalho do educador <strong>musical</strong><br />

inglês Keith Swanwick, da americana Marilyn P. Zimmerman, do compositor e pedagogo<br />

francês François Delalande e do americano Howard Gardner, entre outros” (BRASIL/MEC,<br />

1998, p. 49).<br />

Pesquisadores e estudiosos vêm traçando paralelos entre o desenvolvimento<br />

infantil e o exercício da expressão <strong>musical</strong>, resultando em propostas que<br />

respeitam o modo de perceber, sentir e pensar, em cada fase, e contribuindo para<br />

que a construção do conhecimento dessa linguagem ocorra de modo significativo. O<br />

trabalho com Música proposto por este documento fundamenta-se nesses estudos,<br />

de modo a garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões<br />

musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o<br />

desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de<br />

conceitos (BRASIL/MEC, 1998, p. 49, grifo meu).<br />

Mais uma vez é possível perceber a ênfase na questão da expressão, do intuitivo, no<br />

afetivo e até na “exploração sensório-motora”. A passagem seguinte também mostra a<br />

relação recíproca entre <strong>psicomotricidade</strong> e música sugerindo uma interação entre música,<br />

brincadeira e movimento:<br />

A expressão <strong>musical</strong> das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos<br />

aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais<br />

sonoros. As crianças integram a música às demais brincadeiras e jogos: cantam<br />

enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos,<br />

dançam e dramatizam situações sonoras diversas, conferindo “personalidade” e<br />

significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e à sua<br />

produção <strong>musical</strong>. O brincar permeia a relação que se estabelece com os materiais:<br />

mais do que sons, podem representar personagens, como animais, carros, máquinas,<br />

super-heróis etc. (BRASIL/MEC, 1998, p. 52, grifos meus).<br />

O papel interdisciplinar da música é reforçado apesar de prevenir para que as<br />

questões especificamente musicais não sejam abandonadas:<br />

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