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consciência negra - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro

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CPV.<br />

20<br />

8«tords<br />

Jornal HoraX<br />

CONSCIÊNCIA NEGRA<br />

FALA MULHER!!!<br />

O CÂNCER DA MAMA<br />

Foram estimadas em aproximadamente<br />

6.500 mortes no Brasil, por ano, <strong>de</strong>sta doença.<br />

O CÂNCER DE ÚTERO<br />

É a terceira causa <strong>de</strong> morte por câncer em<br />

Mulheres no Brasil, com 3.300 óbitos por<br />

ano. Em São Paulo,estima-se que 5,9% dos<br />

óbitos femininos são <strong>de</strong>vidos ao câncer.<br />

PREVEVA-SE!!!!<br />

NÚCLEO NEGRO SIM, SUZANO<br />

Realiza workshop-palestra sobre Terapia Alter-<br />

nativa, com Marcelo Reis (terapeuta Naturopata)<br />

Inscrições gratuitas.<br />

LOCAL: Sindicato dos Trabalhadores da Cons-<br />

trução Civil <strong>de</strong> Suzano<br />

DIA 19/04 das 15 as 18h. inf 478.1655.<br />

CONGRESSO DO MNU<br />

De 9 a 12 <strong>de</strong> Abril, o Movimento Negro<br />

Unificado realizará em Salvador BA, o seu<br />

XII Congresso. Lá, militantes <strong>de</strong> todo o<br />

Brasil, estarão discutindo estratégias para<br />

resistência do povo Negro na virada do<br />

século.<br />

UM NOVO TALENTO<br />

A jovem Negra Daniela Apolinário,aluna da<br />

Oficina Cultural Alfredo Volpi e que faz parte do<br />

grupo "Arte e pixaim",dirigido por Walner<br />

Danzigner, foi a sensação do 1° Curta <strong>de</strong> Teatro<br />

<strong>de</strong> Piracicaba.Com a Peça,"0 Obvio e o<br />

Pkaim",conquistou o prêmio <strong>de</strong> melhor atriz.<br />

r Capítulo 4 versículo 3 ^<br />

SE LIGA, MANO!!!<br />

VOCÊ AINDA NÃO COMPROU O NOVO<br />

LANÇAMENTO DO RACIONAIS MCS.<br />

DEMOROU !!!!<br />

Já está à venda em CD e K7<br />

ATENÇÃO ZONA LESTE!!!<br />

RACIONAIS MC S<br />

[DIA 11/4 NOPLANET-AV. SAPOPEMBA<br />

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ANO 1 m 2 -JORNAL DO MOVIMENTO - MARÇO/ABRIL/98<br />

QUILOMBO !!! QUE MARAVILHA!!! divulgação<br />

MAS AS BARRAGENS PODEM DESTRUI-LO.<br />

RACISMO:<br />

CASO SONY MUSIC/ TIRIRICA<br />

SERÁ JULGADO NO DIA 23 DE<br />

ABRIL. 12H.<br />

PREFEITO RACISTA DE PIRAJUÍ<br />

SERÁ JULGADO EM MAIO<br />

Se você for discriminado,<br />

<strong>de</strong>nuncie !<br />

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Dra. Maria Silvia Ap. <strong>de</strong> Oliveira<br />

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GERALDO.O FILME!<br />

UM EXCELENTE DOCUMENTÁRIO DIRIGIDO POR<br />

CARLOS CORTEZ,<br />

FOI PREMIADO COMO MELHOR FILME NACIO-<br />

NAL, NO 3 o FESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS DO<br />

CINE-SESC.<br />

divulgação<br />

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AXEÜ! IVAPORANDUVA.!!!<br />

No dia 20 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1997, aFun-<br />

dação Palmares publicou parecer reco-<br />

nhecendo como Remanescente <strong>de</strong><br />

Quilombo a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

IVAPORANDUVA, em Eldorado, Es-<br />

tado <strong>de</strong> São Paulo, com base no relató-<br />

rio do antropólogo Guilherme dos San-<br />

tos Barbosa e nos artigos 215 e 216 da<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral.<br />

A posse <strong>de</strong>stas e <strong>de</strong> outras terras pelas<br />

populações Remanescentes <strong>de</strong><br />

Quilombos no Vale do Ribeira vinha<br />

sendo ameaçada por interesses econô-<br />

micos <strong>de</strong> fazen<strong>de</strong>iros e empresários da<br />

região (entre eles, Antônio Ermirio <strong>de</strong><br />

Moraes). Para fazer frente ao po<strong>de</strong>r eco-<br />

nômico, 51 Comunida<strong>de</strong>s locais, o<br />

MOAB (Movimento dos Atingidos por<br />

Barragens) e o advogado Luís Eduardo<br />

Greenhalgh, uniram-se para garantir o<br />

cumprimento do dispositivo constitu-<br />

cional que garante aos her<strong>de</strong>iros da Na-<br />

ção ZUMBI a posse daqueles taritóri-<br />

os.<br />

Conforme estudos,os escravos foram<br />

trazidos ao Vale do Ribeira por<br />

mineradores, entre 1720 e 1730. Com<br />

dificulda<strong>de</strong>s para encontrar OURO,as<br />

mineradoras <strong>de</strong>sistiram da ativida-<br />

<strong>de</strong>,abandonando o lugar e os escravos,<br />

que conhecendo a região, ali permane-<br />

ceram subsistindo.<br />

Estrategicamente estes escravos fixa-<br />

ram-se no cotovelo do Rio Ribeira, <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> podiam perceber qualquer movi-<br />

mento que os ameaçasse. Construíram ali<br />

um Mocambo que funcionava como<br />

Capela, e iniciaram uma organização<br />

que mesmo não sendo i<strong>de</strong>al,era melhor<br />

que o cativeiro.<br />

A localização <strong>de</strong> Ivaporanduva, no eixo<br />

da movimentação do rio, por on<strong>de</strong> che-<br />

gavam e partiam os negros <strong>de</strong> outras<br />

Comunida<strong>de</strong>s,indo para festas e ativi-<br />

da<strong>de</strong>s sociais, fizeram do lugar uma vila<br />

essencialmente <strong>de</strong> NEGROS REMA-<br />

NESCENTES DE QUILOMBOS,<br />

AXÉ!<br />

expediente •<br />

EDITORIAL<br />

Jornal Hora X Consciência Negra é uma<br />

publicação do<br />

" Fala Negão "<br />

Editor: Gilson Nunes Vitorio<br />

Jornalista Responsável :<br />

Tarcísio Geraldo Faria<br />

MTB 14.798<br />

Conselho Editorial:<br />

Cenira Moraes - Conceição Ap. P. Munhoz -<br />

Carios S<strong>de</strong>r - Cosme Alves - Deise Benedto - Evaristo<br />

Pinto - Flàvio Jorge - Jarüson das Neves - José Luís-<br />

Maria da Penha Campos - Marcelo Orno Ogum -<br />

Milton Barbosa - Silvia Prestes - Oswaldo Fauslino<br />

- Roberto (Golfinho) - Sivia da Siva - Manoel Luís-<br />

Sinvddo Firmo - Walter Hilário - Edward Francisco-<br />

Oubi Inae Kibuko.<br />

Rua Fraiburgo, 6A - Itaquera<br />

Contatos pelo BIP 870 5070 Cód. 24091<br />

JUVENTUDE VISITA<br />

QUILOMBO<br />

Para nós que trabalhamos com<br />

Cultura e ancestralida<strong>de</strong>, é impor-<br />

tante presenciarmos como é a or-<br />

ganização <strong>de</strong> um QUILOMBO.<br />

E marcante o modo como eles vi-<br />

vem, a coletivida<strong>de</strong>, a fraternida<strong>de</strong>,<br />

embora sem nenhum recurso, so-<br />

brevivem as suas próprias cus-<br />

tas, <strong>de</strong> seus próprios ombros.<br />

Enfim, um exemplo <strong>de</strong> uma comu-<br />

nida<strong>de</strong> muito humil<strong>de</strong> e da confi-<br />

ança que se tem entre eles.<br />

Se compararmos, a exclusão que<br />

eles vivem é a nossa também, <strong>de</strong>s-<br />

cen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> escravos vivendo nes-<br />

ta urbanização, todos nós estamos<br />

marginalizados pelo Estado, e ain-<br />

da não somos reconhecidos como<br />

seres humanos.<br />

Lá a criança mais inocente conhe-<br />

ce Zumbi dos Palmares. Teve até<br />

uma festa, on<strong>de</strong> todos eram servi-<br />

dos e serviam, não houve um só<br />

buchicho. Isso é um exemplo <strong>de</strong> li-<br />

berda<strong>de</strong>, livraram-se do branco ex-<br />

plorador e vivem em bastante<br />

harmonia e lá não tem hegemonia.<br />

Eles recebiam-nos em suas casas,<br />

como se já nos conhecessem há<br />

muito tempo. Para terminar, temos<br />

um poema para eles:<br />

"Oh! Povo <strong>de</strong> Ivaporanduva,<br />

estamos com vocês em toda e qual-<br />

quer luta.<br />

A luta contra os lacaios explora-<br />

dores capitahstas,<br />

que rogam pela sua <strong>de</strong>struição.<br />

Entraremos nesta briga <strong>de</strong> corpo e<br />

<strong>consciência</strong>,<br />

pois o povo que não pensa em lu-<br />

tar por seus objetivos,<br />

é simplesmente marionete.<br />

E um povo que não reconhece suas<br />

raízes jamais será um<br />

povo feliz.<br />

A terra adorada para o<br />

povo será lavrada!"<br />

Conte conosco - Núcleo<br />

Cultural Força Ativa.<br />

Racismo<br />

é crime!<br />

DiSK RACISMO<br />

Se você for<br />

discriminado,<br />

<strong>de</strong>nuncie!<br />

Telefones: 6919-7931<br />

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GIRA GIROU<br />

GELÉDES10ANOS.<br />

De 26 <strong>de</strong> Abril a 03 <strong>de</strong> Maio,uma<br />

série <strong>de</strong> eventos está sendo prepa-<br />

rada para marcar esta data, com<br />

ciclo <strong>de</strong> cinema na Sala lima<br />

Barreto, diariamente a partir das 20<br />

h. <strong>Centro</strong> Cultural <strong>Vergueiro</strong>.<br />

DEBATES:<br />

Dia 28-9h Seminário Nacional <strong>de</strong><br />

Comunicação da Mulher Negra.<br />

Dia 29-19h.Show cantoras líricas<br />

dia 30-lOh.Debate "A condição do<br />

Negro no Brasil".<br />

In£605.3869 ou 277.3611.<br />

MPB NA BIBLIOTECA.<br />

I6/04-20h.Bib]ioteca Monteiro<br />

Lobato,Cantora <strong>de</strong> Jazz Izy<br />

Gordon, Rua General Jardim 485.<br />

28/04-20h.BMoteca Mário <strong>de</strong><br />

Andra<strong>de</strong>, Show <strong>de</strong> Jazz MISTY.<br />

R. da Consolação 84. Entrada<br />

franca.<br />

RACISMO<br />

As Mulheres Negras e todos os<br />

Militantes do Movimento estão se<br />

organizando para uma passeta, que<br />

sairá da Praça da Sé às 12h do dia<br />

23 <strong>de</strong> Abril, até o Fórum.on<strong>de</strong><br />

estará sendo julgado o caso RA-<br />

CISTA SONY MUSIC/<br />

TIRIRICA. Os Advogados da<br />

causa, Drs. Charlain e Osvaldo,vem<br />

sofrendo várias ameaças. Vamos<br />

nos unir.<br />

PIRAJUÍ<br />

O Prefeito <strong>de</strong> Krajuí, José Carlos<br />

Ortega, durante uma festa <strong>de</strong><br />

Ro<strong>de</strong>io daquela cida<strong>de</strong> em Maio <strong>de</strong><br />

97, expôs ao vexame o menor JPS,<br />

Negro,<strong>de</strong> Oito anos. O Garoto foi<br />

carregado em um saco, nu, e<br />

<strong>de</strong>spejado no centro da arena,na<br />

presença da platéia,para que o<br />

mesmo corresse em direção ao<br />

Prefeito,que discursava naquele<br />

momento. Este feto animalesco,<br />

Racista,que para o Prefeito era<br />

apenas tuna brinca<strong>de</strong>ira,será julga-<br />

do no próximo dia 20 <strong>de</strong> Maio,<br />

acompanhe na próxima edição.<br />

O bom militante você<br />

conhece pela<br />

AGENDA<br />

AFRO-BRASILEIRA<br />

Um mundo <strong>de</strong> informações por<br />

um pequeno valor.<br />

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CONSCIÊNCIA NEGRA<br />

HUMOR NEGRO!<br />

Ou rir prá não morrer <strong>de</strong> fome<br />

A MISSÃO I<br />

O Ministro José Serra, após a invenção do<br />

plano Real, ficou algum tempo esquecido,<br />

às moscas!! Até que alguém teve uma idéia,<br />

que Gênio!!!<br />

"-Porque não transformá-lo em mata-mos-<br />

quito?".<br />

PREVENÇÃO I<br />

Na viagem para o Quilombo,uma compa-<br />

nheira foi flagrada com uma porção <strong>de</strong><br />

bixigas no bolso,e os curiosos quiseram sa-<br />

ber prá que serviam. Ela respon<strong>de</strong>u:"- é<br />

pra me proteger do PÊNIS-LONGO".<br />

PREVENÇÃO fl<br />

Uma companheira nossa, tá tão arisca com<br />

essa <strong>de</strong> prevenção,que diz estar usando<br />

camisinha até para tomar chá <strong>de</strong> PICÃO.<br />

QUE É ISSO, COMPANHEIRO!<br />

A Esquerda Brasileira, <strong>de</strong>scobriu um<br />

novo aliado, revolucionário.<br />

QUEM??!<br />

O mosquito da <strong>de</strong>ngue!!! ,pois até o Exér-<br />

cito está caçando ele.<br />

QUEM CARREGA O PIANO.<br />

O Deputado José Boiba,que votou no lu-<br />

gar <strong>de</strong> seu colega,ficou abismado com a<br />

recepção dos parIamentares,pois após um<br />

concerto daqueles, ao invés <strong>de</strong> aplausos,<br />

só recebeu VAIAS!<br />

RECITAL E CHORO!!!<br />

O Deputado pianista chorou ao prestar<br />

<strong>de</strong>poimento na CCJ. Mas a Comissão pro-<br />

meteu ser duraHÉÉ!!! ,peIo jeito ele vai saú-<br />

<strong>de</strong> lá,com no mínimo 6 indicações para o<br />

prêmio SHARP <strong>de</strong> música<br />

EXTRA! ÜEXTRAÜ!<br />

A comissão promete que vai haver no mí-<br />

nimo 2 cassações. O diretor da TV e o<br />

cámera já estão preocupados.<br />

REMEDIANDO!!!<br />

Os colegas do <strong>de</strong>putado pianista,solidários<br />

com ele, prometeram que, em último caso,<br />

vão arrendar o café PLANALTO, para que<br />

ele possa fazer seu concerto: UM PIANO<br />

AO CAIR DA TARDE.<br />

DANÇA DA CHUVA lü!<br />

O diretor da FUNAI achou que a melhor<br />

solução para apagar o fogo em Roraima,<br />

era reunir uma PAGELANÇA e execu-<br />

tar a dança da chuva.<br />

O Jornal a"FoIha" fez a maior<br />

gozação.Mas foi só eles chegarem lá e<br />

começou a chuva. Agora, prá se redimir,<br />

o jornal está pensando em fazer uma<br />

turnê com os Pagés pelo sertão do Nor-<br />

<strong>de</strong>ste.<br />

DANÇA DA CHUVA II<br />

Esse povo <strong>de</strong> Brasília é mesmo gozado!!!<br />

Primeiro põe fogo no índio, <strong>de</strong>pois vai<br />

buscar o índio para apagar o fogo. E<br />

como diz o SÉRGIO NÓIA: "-Se for as-<br />

sim, também quero dar um tapa no ca-<br />

chimbo." Né Gabrié, eu tô maluco !!!


CONSCIÊNCIA NEGRA<br />

Mesmo não sendo exatamente o que o movimento reivindicava, mas, pela importância da conquista, publicaremos na íntegra a Lei da Radiodifusão<br />

Comunitária, o que nos leva a apertar ainda mais nosso jornal e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> publicar nossas NEGRAS NOTÍCIAS, que voltam no próximo número.<br />

FALE ALTO, NEGÂO !!!!!!!! Esta vitória também é nossa.<br />

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />

Faço saber que o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta<br />

e eu sanciono a seguinte lei:<br />

Art. 1° Denomina-se Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão<br />

Comunitária a Radiodifusão sonora, em<br />

freqüência modulada, operada em baixa potên-<br />

cia e cobertura restrita outorgada a fundações<br />

e associações comunitárias, sem fins lucrati-<br />

vos, com se<strong>de</strong> na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />

serviço.<br />

Paragrafol 0 Enten<strong>de</strong>-se por baixa potência,<br />

o serviço <strong>de</strong> radiodifusão prestado à comunida-<br />

<strong>de</strong>, com potência limitada a um máximo <strong>de</strong> 25<br />

watts ERP e altura do sistema Irradiante não<br />

superior a trinta metros.<br />

Parág. 2 o Enten<strong>de</strong>-se por cobertura restrita<br />

aquela <strong>de</strong>stinada a aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminada comu-<br />

nida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um bairro e/ou vila.<br />

Art. 2 o O serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária<br />

obe<strong>de</strong>cerá aos preceitos <strong>de</strong>sta lei e no que cou-<br />

ber, aos mandamentos da lei n 0 4117, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong><br />

Agosto <strong>de</strong> 1962, modificada pelo Decreto- lei<br />

236, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1967, e <strong>de</strong>mais dis-<br />

posições legais.<br />

Parág. único O serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Co-<br />

munitária obe<strong>de</strong>cerá ao disposto do art.223 da<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral.<br />

Art. 3° O Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária<br />

tem por finalida<strong>de</strong> o atendimento à comunida<strong>de</strong><br />

beneficiada, com vistas a:<br />

l-dar oportunida<strong>de</strong> à difusão <strong>de</strong> idéias, elemen-<br />

tos <strong>de</strong> Cultura, tradições e hábitos sociais da<br />

comunida<strong>de</strong>;<br />

ll-oferecer mecanismos à formação e integração<br />

da comunida<strong>de</strong>, estimulando o lazer.a Cultura e<br />

o convívio social;<br />

II l-prestar serviço <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Integran-<br />

do-se aos serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil, sempre que<br />

necessário;<br />

IV-contrlbuir para o aperfeiçoamento profissio-<br />

nal nas áreas <strong>de</strong> atuação dos jornalistas e radi-<br />

alistas, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com a legislação pro-<br />

fissional vigente;<br />

V-permitir a capacitação dos cidadãos no exer-<br />

cício do direito <strong>de</strong> expressão da forma mais<br />

acessível possível.<br />

Art.4°-As emissoras <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> radiodifusão<br />

Comunitária aten<strong>de</strong>rão, em sua programação,<br />

aos seguintes princípios:<br />

l-preferência a finalida<strong>de</strong>s educativas, artísticas,<br />

culturais e informativas em benefício do <strong>de</strong>sen-<br />

volvimento geral da comunida<strong>de</strong>;<br />

ll-promoção das ativida<strong>de</strong>s artísticas e<br />

jornalísticas na comunida<strong>de</strong> e da integração dos<br />

membros da comunida<strong>de</strong> atendida;<br />

III-respeito aos valores éticos e sociais da pes-<br />

soa e da família, favorecendo a Integração dos<br />

membros da comunida<strong>de</strong> atendida;<br />

IV- não discriminação <strong>de</strong> raça, religião, sexo,<br />

preferências sexuais, convicções político-i<strong>de</strong>o-<br />

lógico-partidárias e condição social nas relações<br />

comunltáriasv<br />

Parág. 1 0 -É vedado o proselitismo <strong>de</strong> qual-<br />

quer natureza na programação das emissoras<br />

<strong>de</strong> radiodifusão Comunitária.<br />

Parág. 2 0 -As programações opinativa e infor-<br />

mativa observarão os princípios da plurarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> opinião e <strong>de</strong> versão simultâneas em matéri-<br />

as polêmicas, divulgando sempre as diferentes<br />

Interpretações relativas aos fatos noticiados.<br />

Parág. 3 0 -Qualquer cidadão da comunida<strong>de</strong><br />

beneficiada terá direito <strong>de</strong> emitir opiniões sobre<br />

ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA<br />

CHARLAIN<br />

Civil e criminal<br />

Dr.Chorlain Ca/vão da Silva<br />

Oswaldo Ribeiro<br />

Rua Paracatu, 237 - Saú<strong>de</strong><br />

òne 275-7165 275-1203 fax 5585-2971<br />

Lei n° 9.612 institui o Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária no Brasil<br />

quaisquer assuntos abordados na programação<br />

da emissora, bem como manifestar Idéias, pro-<br />

postas, sugestões, reclamações ou<br />

reivindicações,<strong>de</strong>vendo apenas observar o mo-<br />

mento a<strong>de</strong>quado da programação para fazê-lo,<br />

mediante pedido emcaminhado à Direção respon-<br />

sável pela Rádio Comunitária.<br />

Art. 5 o O Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>signará em nível<br />

nacional, para utilização do serviço <strong>de</strong> radiodifu-<br />

são Comunitária, um único e específico canal na<br />

faixa <strong>de</strong> freqüência do serviço <strong>de</strong> radiodifusão so-<br />

nora em freqüência modulada.<br />

Parág. único Em caso <strong>de</strong> manifesta impossibili-<br />

da<strong>de</strong> técnica quanto ao uso <strong>de</strong>ste canal em <strong>de</strong>ter-<br />

minada região, será indicado, em substituição, ca-<br />

nal alternativo para utilização exclusiva nessa re-<br />

gião.<br />

Art.© 1 Compete ao Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte outorgar a<br />

entida<strong>de</strong> interessada autorização para exploração<br />

do serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária, observa-<br />

dos os procedimentos estabelecidos nesta lei e<br />

normas reguladoras das condições <strong>de</strong> exploração<br />

do serviço.<br />

Parág. único A outorga terá valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3<br />

anos .permitida a renovação por Igual período.se<br />

cumpridas as exigências <strong>de</strong>sta lei e <strong>de</strong>mais dis-<br />

posições legais.<br />

Art.T 0 São competentes para explorar o serviço<br />

<strong>de</strong> radiodifusão comunitária as fundações e asso-<br />

ciações comunitárias, sem fins lucrativos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que legalmente Instituídas e <strong>de</strong>vidamente<br />

registradas,sediadas na areada comunida<strong>de</strong> para<br />

o qual preten<strong>de</strong>m prestar o serviço, e cujos os di-<br />

rigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados<br />

há mais <strong>de</strong> 10 anos.<br />

Parág. único Os dirigentes das fundações e<br />

socleda<strong>de</strong>sclvls autorizadas a explorar o<br />

serviço,além das exigências <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>verão<br />

manter residência na área da comunida<strong>de</strong> aten-<br />

dida.<br />

Art. 8 o A entida<strong>de</strong> autorizada a explorar o serviço<br />

<strong>de</strong>verá instituir um conselho Comunitário, compos-<br />

to por no mínimo 5 pessoas representantes <strong>de</strong> en-<br />

tida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> local, tais como associa-<br />

ções <strong>de</strong> classe, beneméritas, religiosas ou <strong>de</strong> mo-<br />

radores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que legalmente Instituídas, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> acompanhar a programação da<br />

emlssora,com vista ao atendimento do Interesse<br />

exclusivo da comunida<strong>de</strong> e dos princípios estabe-<br />

lecidos no art. 4 <strong>de</strong>sta lei.<br />

Art.9 0 Para outorga da autorização para execu-<br />

ção do serviço <strong>de</strong> radiodifusão comunitária, as<br />

entida<strong>de</strong>s Interessadas <strong>de</strong>verão dirigir petição ao<br />

po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte, indicando a área on<strong>de</strong> preten-<br />

<strong>de</strong>m prestar o serviço.<br />

Parág. 1° Analisada a pretensão quanto a sua<br />

viabilida<strong>de</strong> técnica, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte publica-<br />

rá comunicado <strong>de</strong> habilitação e promoverá sua<br />

mais ampla divulgação para que as entida<strong>de</strong>s In-<br />

teressadas se Inscrevam.<br />

Parág. 2° As entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão apresentar, no<br />

prazo fixado para habilitação, os seguintes docu-<br />

mentos: l-estatuto da entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vidamente re-<br />

gistrado; ll-ata da constituição da entida<strong>de</strong> e elei-<br />

ção dos seus dirigentes, <strong>de</strong>vidamente registrada;<br />

lll-prova <strong>de</strong> que seus diretores são brasileiros na-<br />

tos ou naturalizados há mais <strong>de</strong> 10 anos;IV- com-<br />

provação da malorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus diretores; V-<strong>de</strong>-<br />

claração assinada <strong>de</strong> cada diretor, comprometen-<br />

do-se ao fiel cumprimento das normas<br />

estabelecidas para o serviço, VI- manifestação em<br />

apoio à Iniciativa, formulada por entida<strong>de</strong>s<br />

associativas e comunitárias, legalmente constitu-<br />

ídas e sediadas na área pretendida para a presta-<br />

ção do serviço, e firmada por pessoas naturais<br />

ou jurídicas que tenham residência, domicílio ou<br />

se<strong>de</strong> nessa área.<br />

Parág. 3P Se apenas uma entida<strong>de</strong> se habilitar<br />

para a prestação do serviço e estando regular a<br />

documentação apresentada, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte<br />

outorgará a autorização à referida entida<strong>de</strong>.<br />

Parág. 4 o Havendo mais <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> habi-<br />

litada para a prestação do serviço, o Po<strong>de</strong>r<br />

Conce<strong>de</strong>nte promoverá o entendimento entre elas,<br />

objetivando que se associem.<br />

Parág. 5° Não alcançando êxto a iniciativa previs-<br />

ta no parágrafo anterior, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte pro-<br />

moverá a escolha da entida<strong>de</strong> levando em consi<strong>de</strong>-<br />

ração o critério da representatíuda<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciada<br />

por meio <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> apoio encaminhadas<br />

por membros da comunida<strong>de</strong> a ser atendida e/ou<br />

por associações qua a representem.<br />

Parág.eP Havendo igual represertativida<strong>de</strong> entre<br />

as entida<strong>de</strong>s, proce<strong>de</strong>r-se-á à escolha por sorteio.<br />

Art. IC-A cada entida<strong>de</strong> será outorgada apenas<br />

uma autorização para a exploração do serviço <strong>de</strong><br />

radiodifusão Comunitária.<br />

Parág. Único É vedada a outorga <strong>de</strong> autoriza-<br />

ção para entida<strong>de</strong>s prestadoras <strong>de</strong> qualquer ou-<br />

tra modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> radiodifusão ou <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> televisão me-<br />

diante assinatura, bem como a entida<strong>de</strong> que te-<br />

nha como Integrante <strong>de</strong> seus quadros <strong>de</strong> sócios<br />

e <strong>de</strong> administradores pessoas que, nessas con-<br />

dições, participem <strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong><br />

outorga para exploração <strong>de</strong> qualquer dos servi-<br />

ços mencionados.<br />

Art. 11 0 A entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> autorização para<br />

execução do serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária<br />

não po<strong>de</strong>rá estabelecer ou manter vínculos que a<br />

subordinem ou a sujeitem a gerência,a adminis-<br />

tração, ao domínio, ao comando ou a orientação<br />

<strong>de</strong> qualquer outra entida<strong>de</strong>, mediante compromis-<br />

sos ou relações financeiras, relIgiosas.famlHares,<br />

político-partidários ou comerciais.<br />

Art.12 0 É vedada a transferência, a qualquer títu-<br />

lo, das autorizações para expbração do serviço<br />

<strong>de</strong> radiodifusão Comunitária.<br />

Ait.13 0 A entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> autorização para<br />

exploração do serviço <strong>de</strong> radiodifusão comunitá-<br />

ria po<strong>de</strong> realizar alterações em seus atos<br />

constitutiws e modificar a composição <strong>de</strong> sua di-<br />

retoria, sem prévia anuência do Po<strong>de</strong>r<br />

Conce<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que mantidos os termos e<br />

condições inicialmente exigidos para a outorga da<br />

autorização, <strong>de</strong>vendo apresentar, para fins <strong>de</strong> re-<br />

gistro e controle.os atos que caracterizam as al-<br />

terações menclonadas,<strong>de</strong>vidamente registrados<br />

ou averbados na repartição competente,<strong>de</strong>ntro do<br />

prazo <strong>de</strong> trinta dias contados <strong>de</strong> sua efetivação.<br />

ART.I^ Os equipamentos <strong>de</strong> transmissão utili-<br />

zados no serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária se-<br />

rão pré-sintonlzados na freqüência <strong>de</strong> operação<br />

<strong>de</strong>signada para o serviço e <strong>de</strong>vem ser homologa-<br />

dos ou certificados pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte.<br />

Art.15 0 As emissoras do serviço <strong>de</strong> radiodifusão<br />

Comunitária assegurarão.em sua programação,<br />

espaço para divulgação <strong>de</strong> planos e realizações<br />

<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s ligadas ao <strong>de</strong>senvolvimento da co-<br />

munida<strong>de</strong>.<br />

Art.16 0 É vedada a formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s na explo-<br />

ração do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária,<br />

excetuadas as situações <strong>de</strong> guerra, calamida<strong>de</strong><br />

pública e epl<strong>de</strong>mlas,bem como as transmissões<br />

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obrigatórias dos po<strong>de</strong>res Executivo,Judiciário e<br />

Legislativo, <strong>de</strong>finidas em leis.<br />

Art.17 o As emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />

são Comunitária cumprirão tempo mínimo <strong>de</strong><br />

operação diária a ser fixado na regulamentação<br />

<strong>de</strong>sta lei.<br />

Art.18 o As prestadoras do serviço <strong>de</strong> radiodifu-<br />

são Comunitária po<strong>de</strong>rão admitir patrocínio, sob<br />

a forma <strong>de</strong> apoio cultural, para os programas a<br />

serem transmitidos,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que restritos aos es-<br />

tabelecimentos situados na área da comunida-<br />

<strong>de</strong> atendida.<br />

Art. 19° É vedada a cessão ou arrendamento<br />

da emissora do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comu-<br />

nitária ou <strong>de</strong> horários <strong>de</strong> sua programação.<br />

Art.20 0 Compete ao Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte estimu-<br />

lar o <strong>de</strong>senvolvimento do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />

são Comunitária em todo o território<br />

nacional,po<strong>de</strong>ndo, para tanto, elaborar Manual<br />

<strong>de</strong> Legislação, Conhecimentos e Ética para uso<br />

das rádios comunitárias e organizar cursos <strong>de</strong><br />

treinamento, <strong>de</strong>stinados aos interessados na ope-<br />

ração <strong>de</strong> emissoras Comuntárias,visando o seu<br />

aprimoramento e a melhoria na execução do ser-<br />

viço.<br />

Art.21° Constituem Infrações na operação das<br />

emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comuni-<br />

tária:<br />

l-usar equipamentos fora das especificações<br />

autorizadas pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte; ll-transfe-<br />

rir a terceiros os direitos ou procedimentos <strong>de</strong><br />

execução do serviço; lll-permanecer fora <strong>de</strong><br />

operação por mais <strong>de</strong> trinta dias sem motivo jus-<br />

tificável; IV-ínfrigir qualquer dispositivo <strong>de</strong>sta lei<br />

ou da correspon<strong>de</strong>nte regulamentação;<br />

Parág. Único-As penalida<strong>de</strong>s aplicáveis em<br />

<strong>de</strong>corrência das Infrações cometidas são:<br />

I- advertência; II - multa; e III - na reincidência,<br />

revogação da autorização.<br />

Art.22 0 As emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />

são Comunitária operarão sem direito a prote-<br />

ção contra eventuais interferências causadas<br />

por emissoras <strong>de</strong> quaisquer serviços <strong>de</strong> Tele-<br />

comunicações e Radiodifusão regularmente ins-<br />

taladas, condições estas que constarão do seu<br />

certificado <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> funcionamento.<br />

Art.23 0 Estando em funcionamento a emissora<br />

do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária, em<br />

conformida<strong>de</strong> com as prescrições <strong>de</strong>sta lel,e<br />

constatando-se interferências In<strong>de</strong>sejáveis nos<br />

<strong>de</strong>mais Serviços regulares <strong>de</strong> Telecomunica-<br />

ções e Radiodifusão, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>-<br />

terminará a correção da operação e, se a interfe-<br />

rência não for eliminada no prazo<br />

estipulado,<strong>de</strong>termlnará a interrupção do serviço.<br />

Art. 24° A outorga <strong>de</strong> autorização para execu-<br />

ção do serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária fica<br />

sujeito a pagamento <strong>de</strong> taxa simbólica para efeito<br />

<strong>de</strong> cadastramento,cujo valor e condições se-<br />

rão estabelecidos pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte.<br />

Art.2S 0 O Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte baixará os atos<br />

complementares necessários à regulamentação<br />

do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária, no<br />

prazo <strong>de</strong> cento e vinte dias, contados da publi-<br />

cação <strong>de</strong>sta Lei.<br />

Art. 26° Esta Lei entra em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />

publicação.<br />

Art. 27° Revogam-se as disposições em con-<br />

trário.<br />

Brasília 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998.<br />

Fernando Henrique Cardoso<br />

A RÁDIO ESPERANÇA MUDOU!!!<br />

MUDOU PARA MELHOR.<br />

RÁDIO ESPERANÇA<br />

FM101,3<br />

SÃO MATEUS<br />

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CADEIAS, DISTRITOS E PRISÕES<br />

O QUE HÁ POR TRÁS DAS GRADES<br />

Carne apodrecendo, carne <strong>de</strong> pobre, preto (a),<br />

<strong>de</strong>sempregado (a), <strong>de</strong>sesperados (as) que tiveram a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> "morar" pendurados em barrancos ao<br />

lado <strong>de</strong> córregos. Corredores estreitos, porta com por-<br />

ta, estrelas vistas entre as telhas <strong>de</strong> brasilit. Pratos <strong>de</strong><br />

lata <strong>de</strong> marmelada.umida<strong>de</strong>, rato, esgoto, mofo, as cri-<br />

anças <strong>de</strong>safiam a vida. Quando chover vai encher tudo<br />

<strong>de</strong> água, encharcar o já apodrecido colchão. As pane-<br />

las vão flutuar na enchente e o sonho <strong>de</strong> ser tratado<br />

como gente também, quando o rádio é silenciado pe-<br />

las águas, imundas como é a situação <strong>de</strong>ssa gente.<br />

Na hora da Voz do Brasil.<br />

E ainda falta água, nos gran<strong>de</strong>s parques. Regi-<br />

na, Jaraguá, Jardim Ipê. Água para pobre ("pobre preto<br />

tem que se..."), quem mandou nascer.<br />

As casas semi-acabadas, como muito <strong>de</strong> suas<br />

vidas. Restos, porém nas janelas a esperança <strong>de</strong> um<br />

dia o sol po<strong>de</strong>r entrar,pois mofa ainda mais o direito<br />

daqueles que não têm direito. Escolas <strong>de</strong>struídas, pro-<br />

fessores mal-pagos, policiais <strong>de</strong>spreparados,vivendo<br />

<strong>de</strong> bicos, tirando uns trocados, pai <strong>de</strong>sempregado, fi-<br />

lho drogado. Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> fechado, morrendo está<br />

esse povo pelas mãos limpas dos nossos governantes,<br />

<strong>de</strong>sovas, chacinas, por dúvida ou dívida. Mulheres grá-<br />

vidas, adolescentes acabando a vida com um CRACK.<br />

Mulheres choraram ao "parir",vão chorar <strong>de</strong><br />

novo. Amanhã é dia <strong>de</strong> visita, macarrão, frango, (po<strong>de</strong><br />

entrar ?) Domingão do Faustão na Detenção!!!. Mu-<br />

lheres catando resto <strong>de</strong> feira, para chegar sexta-feira.<br />

(Moço, posso levar ?) Para os que ficaram em casa,<br />

pois dois estão presos, dois em casa e dois vieram<br />

ajudar a catar.<br />

A carcaça <strong>de</strong> mulheres já com o corpo cansa-<br />

do, o coração não bate, balança. Comeu resto a se-<br />

mana inteira, mas amanhã, 5 h. está <strong>de</strong> pé. Comeu<br />

restos, mas o frango bem temperadinho, caprichado<br />

para o filho será <strong>de</strong>ssossado, como miitos (No Depatri,<br />

torturados) humilhados para ver se no frango tem dro-<br />

ga. Os jovens filhos da Pátria amada no Brasil, no<br />

Depatri, pelo patrimônio <strong>de</strong> quem tem caráter, pelo<br />

prazer <strong>de</strong> ver o grito, as lágrimas lavarem a dignida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> quem não tem. Mas tudo é questão <strong>de</strong> segurança.<br />

Desossam frangos! Desossam gente!!!<br />

E quantos filhos da Pátria foram com as suas<br />

mães pegar restos das feiras, para os pais, nos<br />

sacdões roubaram frutas. Hoje apodrecem nas pri-<br />

sões. Tiros, mortes, reféns inocentes, funcionários, vi-<br />

das sem valores.<br />

Filho <strong>de</strong> ministro atropela, mata, foge. Gabriel,<br />

o Pensador sente a dor da carne queimada do índio,<br />

ar<strong>de</strong>u como a chama do cachimbo da Paz.<br />

Direto do inferno, mano Brown mostra as pági-<br />

nas <strong>de</strong> um livro que não po<strong>de</strong> ser lido, a verda<strong>de</strong> es-<br />

quecida, a boca silenciada pelo cano <strong>de</strong> ferro, o san-<br />

gue ainda arrasta-se pelo concreto, ainda se ouve os<br />

gritos. 389 talvez ? É um número, talvez a sorte me-<br />

lhor que 111. Número <strong>de</strong> morte, preto, pobre, sujou o<br />

país quando nasceu. Tem que morrer, aqui quem não<br />

arrota, vive. Direto do inferno. Racionais MCs lança a<br />

fórmula mágica da Paz. Toma conta dos barracos, das<br />

celas, dos corrós, das vielas, das favelas, viadutos,<br />

calçadas, casarões. A fórmula mágica da Paz, no "Di-<br />

ário <strong>de</strong> um <strong>de</strong>tento".<br />

1998 - 50 anos da Declaração Universal dos Di-<br />

reitos Humanos.<br />

Deise Benedito<br />

SEU TEMPO E VALIOSO<br />

<strong>de</strong>ixe para o<br />

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retiramos e entregamos no local<br />

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BELA VISTA<br />

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SOU JOVEM<br />

A juventu<strong>de</strong>, mais que um período da vida, é a sua me-<br />

lhor fase. É quando nos tomamos participativos, dita-<br />

mos as regras da moda, vivemos intensamente, ama-<br />

mos, lutamos e sonhamos um futuro melhor.<br />

Mas, infelizmente, nem tudo são flores e neste final <strong>de</strong><br />

milênio nos <strong>de</strong>paramos com dificulda<strong>de</strong>s monstruosas,<br />

que preten<strong>de</strong>m consumir nosso vigor e nossa juventu-<br />

<strong>de</strong>.<br />

Muitos <strong>de</strong> nossos jovens embarcam diariamente para<br />

esta viagem sem volta, rumo à MORTE, experimentan-<br />

do e se viciando em toda sorte <strong>de</strong> DROGAS (se isso<br />

quer dizer sorte). Outros, à procura <strong>de</strong> prazer, esque-<br />

cem-se da prevenção e acabam por contrair doenças se-<br />

xualmente transmissíveis, como AIDS, sífilis, <strong>de</strong>ntre<br />

outras. A violência civil e policial atinge índices insu-<br />

portáveis, e quem mais sofre com ela é justamente o<br />

jovem. A educação pública, que não é acessível a todos,<br />

ainda sofre reflexos da ditadura <strong>de</strong> 64, que a moldou<br />

apenas como mera formadora <strong>de</strong> massa <strong>de</strong> manobra.<br />

Já não bastasse tanto, a socieda<strong>de</strong> nos cria a seu mol<strong>de</strong>,<br />

como se fossemos apenas ilustres e potenciais consu-<br />

midores, que a mídia se encarrega <strong>de</strong> manipular, <strong>de</strong><br />

acordo com seus interesses.<br />

divulgação<br />

Jovens, precisamos nos unir contra todos aqueles que<br />

ousarem sufocar nossos direitos. Vamos mostrar a nos-<br />

sa voz ativa e que não fugiremos à missão <strong>de</strong> construir<br />

um Brasil on<strong>de</strong> todos tenham liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> opção e pos-<br />

sam viver dignamente, resgatando e exercendo a cida-<br />

dania.<br />

Vai daí a importância da participação dos jovens no<br />

processo político. Não como claque, mas sim, estudan-<br />

do e discutindo, no dia-a-dia, todas as questões e<br />

premências conjunturais que afetam a socieda<strong>de</strong> brasi-<br />

leira.<br />

VTVA A JUVENTUDE !!! VIVA A LIBERDADE !!!<br />

Robson Lee<br />

JOD magos \<br />

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CONSCIÊNCIA NEGRA<br />

CABEÇAS FALANTES<br />

SALVE, MULHER NEGRA.<br />

Amigo lertor, o Dia Internacio-<br />

nal da Mulher não po<strong>de</strong>ria fi-<br />

car <strong>de</strong> fora <strong>de</strong> nossa coluna.<br />

Pois chegou-me as mãos o li-<br />

vro "MULHERES NEGRAS-<br />

Mito e espiritualida<strong>de</strong>", da Prol 9<br />

Helena Theodoro, Ed. Pallas,<br />

1996. Nossa querida e respei-<br />

tada pesquisadora "...sempre<br />

fez <strong>de</strong> sua vida uma tribuna<br />

permanente <strong>de</strong> vigilância cul-<br />

tural e <strong>de</strong> brados intelectuais<br />

a favor da mulher <strong>negra</strong> Bra-<br />

sileira. Neste livro, consegue reunir através da emoção<br />

e compromisso, todo o imaginário até então oculto na<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira a respeito da presença <strong>negra</strong> fe-<br />

minina. Por isso, gostaria <strong>de</strong> compartilhar contigo uma<br />

parte do capítulo "Arte do Cotidiano": "... As mulheres<br />

<strong>negra</strong>s foram cozinheiras, lava<strong>de</strong>iras, arruma<strong>de</strong>iras,<br />

mães, mas ficaram vazias como campos <strong>de</strong> outono,<br />

sem nunca ter em vista o tempo da colheita: casaram<br />

sem amor e sem alegorias, tornaram-se prostitutas,<br />

sem resistência,tornaram-se mães sem auto-<br />

realização.Sem dúvida, nossas avós e mães não eram<br />

santas, mas artistas, arrastadas para uma loucura<br />

entorpecida e sangrenta pelas fontes da criativida<strong>de</strong><br />

nelas existentes e para as quais não havia escapatória!<br />

Sua arte não foi traduzida em poemas , músicas ou<br />

danças, mas na arte diária <strong>de</strong> cozinhar, do costurar, do<br />

bordar e plantar jardins, que enfeitaram nossa infância<br />

e embelezaram nossas vidas.<br />

No mercado, na cozinha, no barracão,na equipe <strong>de</strong> cos-<br />

tura, na organização <strong>de</strong> festas e recepções, a mulher<br />

<strong>negra</strong> vem cumprindo os seus papéis arquetipícos, se-<br />

gundo os mitos africanos: nutre, protege, organiza,<br />

cria,(...) como tantas outras em nosso país, que trope-<br />

çam cegas pela vida, maltratadas pela pobreza, muti-<br />

ladas, apagadas e confundidas pelo sofrimento, que<br />

as faz até se consi<strong>de</strong>rarem indignas <strong>de</strong> esperança.<br />

Nossas mães e avós buscavam uma música ainda não<br />

escrita em que a sua espiritualida<strong>de</strong>, a força,o axé,<br />

aquela coisa <strong>de</strong>sconhecida que existia nelas se tornas-<br />

se conhecida.<br />

E elas esperaram e esperaram ... No entanto, sabiam<br />

que no dia <strong>de</strong> tal revelação elas já teriam morrido há<br />

muito tempo. Com efeito, elas não estavam indo a par-<br />

te alguma e o futuro não estava ainda ao seu alcancei...<br />

Clementina <strong>de</strong> Jesus nos revelou tudo isso! Após 60<br />

anos <strong>de</strong> anonimato e <strong>de</strong> espera, pô<strong>de</strong> nos mostrar toda<br />

a criativida<strong>de</strong> e riqueza <strong>de</strong> sua espiritualida<strong>de</strong> - que é a<br />

base da Arte, e que lhe permitiu cantar a alegria <strong>de</strong><br />

viver até seus últimos dias.No entanto, é preciso que<br />

não permitamos que outras Clementinas pereçam no<br />

! <strong>de</strong>serto. O tempo <strong>de</strong> colheita tem <strong>de</strong> chegar para ou-<br />

tras mulheres <strong>negra</strong>s artistas. Precisamos olhar para<br />

as nossas mães, avós, bisavós como sementes <strong>de</strong> flor<br />

que nunca <strong>de</strong>sabrochou, por falta <strong>de</strong> rega e adubo, mas<br />

que sabemos estava nelas, (...) mesmo não sendo fi-<br />

guras televisivas.".<br />

Certamente, amigo leitor, o poeta Oliveira Silveira, ao<br />

ler este livro, nos convidará a visitarmos "Ca<strong>de</strong>rnos<br />

Negros 3 - poesia", para recitarmos: "Quanta anônima<br />

guerreira brasileira, sul-centro-norte-americana, cotidi-<br />

ana?" Salve, mulher <strong>negra</strong>, na luta que nos irmana!<br />

Correspondências:<br />

Oubi Inaê Caixa Postal 112, Itaquera - S. Paulo SP.<br />

cep 08201-970 Brasil.<br />

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