consciência negra - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
consciência negra - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
consciência negra - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CPV.<br />
20<br />
8«tords<br />
Jornal HoraX<br />
CONSCIÊNCIA NEGRA<br />
FALA MULHER!!!<br />
O CÂNCER DA MAMA<br />
Foram estimadas em aproximadamente<br />
6.500 mortes no Brasil, por ano, <strong>de</strong>sta doença.<br />
O CÂNCER DE ÚTERO<br />
É a terceira causa <strong>de</strong> morte por câncer em<br />
Mulheres no Brasil, com 3.300 óbitos por<br />
ano. Em São Paulo,estima-se que 5,9% dos<br />
óbitos femininos são <strong>de</strong>vidos ao câncer.<br />
PREVEVA-SE!!!!<br />
NÚCLEO NEGRO SIM, SUZANO<br />
Realiza workshop-palestra sobre Terapia Alter-<br />
nativa, com Marcelo Reis (terapeuta Naturopata)<br />
Inscrições gratuitas.<br />
LOCAL: Sindicato dos Trabalhadores da Cons-<br />
trução Civil <strong>de</strong> Suzano<br />
DIA 19/04 das 15 as 18h. inf 478.1655.<br />
CONGRESSO DO MNU<br />
De 9 a 12 <strong>de</strong> Abril, o Movimento Negro<br />
Unificado realizará em Salvador BA, o seu<br />
XII Congresso. Lá, militantes <strong>de</strong> todo o<br />
Brasil, estarão discutindo estratégias para<br />
resistência do povo Negro na virada do<br />
século.<br />
UM NOVO TALENTO<br />
A jovem Negra Daniela Apolinário,aluna da<br />
Oficina Cultural Alfredo Volpi e que faz parte do<br />
grupo "Arte e pixaim",dirigido por Walner<br />
Danzigner, foi a sensação do 1° Curta <strong>de</strong> Teatro<br />
<strong>de</strong> Piracicaba.Com a Peça,"0 Obvio e o<br />
Pkaim",conquistou o prêmio <strong>de</strong> melhor atriz.<br />
r Capítulo 4 versículo 3 ^<br />
SE LIGA, MANO!!!<br />
VOCÊ AINDA NÃO COMPROU O NOVO<br />
LANÇAMENTO DO RACIONAIS MCS.<br />
DEMOROU !!!!<br />
Já está à venda em CD e K7<br />
ATENÇÃO ZONA LESTE!!!<br />
RACIONAIS MC S<br />
[DIA 11/4 NOPLANET-AV. SAPOPEMBA<br />
, PRÓX. AO LARGO DE SÃO MATEUS.<br />
ÍGè ASSESSORIA E CONSULTORIA<br />
A Segurança <strong>de</strong> sua empresa<br />
Agilida<strong>de</strong>, Pontualida<strong>de</strong>, Competência<br />
Prof. Janilson Neves Pinheiro<br />
AV. SATÉLITE, 96<br />
Cida<strong>de</strong> Satélite - São Mateus<br />
fone/fax 6115-0883<br />
Bip 870 5070 Cód. 15991<br />
ANO 1 m 2 -JORNAL DO MOVIMENTO - MARÇO/ABRIL/98<br />
QUILOMBO !!! QUE MARAVILHA!!! divulgação<br />
MAS AS BARRAGENS PODEM DESTRUI-LO.<br />
RACISMO:<br />
CASO SONY MUSIC/ TIRIRICA<br />
SERÁ JULGADO NO DIA 23 DE<br />
ABRIL. 12H.<br />
PREFEITO RACISTA DE PIRAJUÍ<br />
SERÁ JULGADO EM MAIO<br />
Se você for discriminado,<br />
<strong>de</strong>nuncie !<br />
Telefones: 6919-7931 275-7165<br />
275-1203 689-6323 606-2893<br />
ADVOCACIA E ASSESSORIA<br />
CONTÁBIL<br />
Dr. Sinvaldo Firmo<br />
Dra. Maria Silvia Ap. <strong>de</strong> Oliveira<br />
Samuel Cândido <strong>de</strong> Souza (contador)<br />
R. Jacinto <strong>de</strong> Sampaio Soares N° 214<br />
Jd. do Carmo - Itaquera Fone: 205.37.36<br />
Praça João Men<strong>de</strong>s m 182 -12^ cj. 121-CENTRO<br />
Fone: 606.28.93<br />
BIP 870.50.70 Cód. 4366.<br />
GERALDO.O FILME!<br />
UM EXCELENTE DOCUMENTÁRIO DIRIGIDO POR<br />
CARLOS CORTEZ,<br />
FOI PREMIADO COMO MELHOR FILME NACIO-<br />
NAL, NO 3 o FESTIVAL DE DOCUMENTÁRIOS DO<br />
CINE-SESC.<br />
divulgação<br />
PAES E DOCES<br />
DORINHOS<br />
Pães quentes a toda hora!!<br />
Pizzas Frango Assado Confeitaria em Geral<br />
Rua Anecy Rocha,47<br />
Jd. Ban<strong>de</strong>irantes<br />
6962-7668 e 970-8724
AXEÜ! IVAPORANDUVA.!!!<br />
No dia 20 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1997, aFun-<br />
dação Palmares publicou parecer reco-<br />
nhecendo como Remanescente <strong>de</strong><br />
Quilombo a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
IVAPORANDUVA, em Eldorado, Es-<br />
tado <strong>de</strong> São Paulo, com base no relató-<br />
rio do antropólogo Guilherme dos San-<br />
tos Barbosa e nos artigos 215 e 216 da<br />
Constituição Fe<strong>de</strong>ral.<br />
A posse <strong>de</strong>stas e <strong>de</strong> outras terras pelas<br />
populações Remanescentes <strong>de</strong><br />
Quilombos no Vale do Ribeira vinha<br />
sendo ameaçada por interesses econô-<br />
micos <strong>de</strong> fazen<strong>de</strong>iros e empresários da<br />
região (entre eles, Antônio Ermirio <strong>de</strong><br />
Moraes). Para fazer frente ao po<strong>de</strong>r eco-<br />
nômico, 51 Comunida<strong>de</strong>s locais, o<br />
MOAB (Movimento dos Atingidos por<br />
Barragens) e o advogado Luís Eduardo<br />
Greenhalgh, uniram-se para garantir o<br />
cumprimento do dispositivo constitu-<br />
cional que garante aos her<strong>de</strong>iros da Na-<br />
ção ZUMBI a posse daqueles taritóri-<br />
os.<br />
Conforme estudos,os escravos foram<br />
trazidos ao Vale do Ribeira por<br />
mineradores, entre 1720 e 1730. Com<br />
dificulda<strong>de</strong>s para encontrar OURO,as<br />
mineradoras <strong>de</strong>sistiram da ativida-<br />
<strong>de</strong>,abandonando o lugar e os escravos,<br />
que conhecendo a região, ali permane-<br />
ceram subsistindo.<br />
Estrategicamente estes escravos fixa-<br />
ram-se no cotovelo do Rio Ribeira, <strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> podiam perceber qualquer movi-<br />
mento que os ameaçasse. Construíram ali<br />
um Mocambo que funcionava como<br />
Capela, e iniciaram uma organização<br />
que mesmo não sendo i<strong>de</strong>al,era melhor<br />
que o cativeiro.<br />
A localização <strong>de</strong> Ivaporanduva, no eixo<br />
da movimentação do rio, por on<strong>de</strong> che-<br />
gavam e partiam os negros <strong>de</strong> outras<br />
Comunida<strong>de</strong>s,indo para festas e ativi-<br />
da<strong>de</strong>s sociais, fizeram do lugar uma vila<br />
essencialmente <strong>de</strong> NEGROS REMA-<br />
NESCENTES DE QUILOMBOS,<br />
AXÉ!<br />
expediente •<br />
EDITORIAL<br />
Jornal Hora X Consciência Negra é uma<br />
publicação do<br />
" Fala Negão "<br />
Editor: Gilson Nunes Vitorio<br />
Jornalista Responsável :<br />
Tarcísio Geraldo Faria<br />
MTB 14.798<br />
Conselho Editorial:<br />
Cenira Moraes - Conceição Ap. P. Munhoz -<br />
Carios S<strong>de</strong>r - Cosme Alves - Deise Benedto - Evaristo<br />
Pinto - Flàvio Jorge - Jarüson das Neves - José Luís-<br />
Maria da Penha Campos - Marcelo Orno Ogum -<br />
Milton Barbosa - Silvia Prestes - Oswaldo Fauslino<br />
- Roberto (Golfinho) - Sivia da Siva - Manoel Luís-<br />
Sinvddo Firmo - Walter Hilário - Edward Francisco-<br />
Oubi Inae Kibuko.<br />
Rua Fraiburgo, 6A - Itaquera<br />
Contatos pelo BIP 870 5070 Cód. 24091<br />
JUVENTUDE VISITA<br />
QUILOMBO<br />
Para nós que trabalhamos com<br />
Cultura e ancestralida<strong>de</strong>, é impor-<br />
tante presenciarmos como é a or-<br />
ganização <strong>de</strong> um QUILOMBO.<br />
E marcante o modo como eles vi-<br />
vem, a coletivida<strong>de</strong>, a fraternida<strong>de</strong>,<br />
embora sem nenhum recurso, so-<br />
brevivem as suas próprias cus-<br />
tas, <strong>de</strong> seus próprios ombros.<br />
Enfim, um exemplo <strong>de</strong> uma comu-<br />
nida<strong>de</strong> muito humil<strong>de</strong> e da confi-<br />
ança que se tem entre eles.<br />
Se compararmos, a exclusão que<br />
eles vivem é a nossa também, <strong>de</strong>s-<br />
cen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> escravos vivendo nes-<br />
ta urbanização, todos nós estamos<br />
marginalizados pelo Estado, e ain-<br />
da não somos reconhecidos como<br />
seres humanos.<br />
Lá a criança mais inocente conhe-<br />
ce Zumbi dos Palmares. Teve até<br />
uma festa, on<strong>de</strong> todos eram servi-<br />
dos e serviam, não houve um só<br />
buchicho. Isso é um exemplo <strong>de</strong> li-<br />
berda<strong>de</strong>, livraram-se do branco ex-<br />
plorador e vivem em bastante<br />
harmonia e lá não tem hegemonia.<br />
Eles recebiam-nos em suas casas,<br />
como se já nos conhecessem há<br />
muito tempo. Para terminar, temos<br />
um poema para eles:<br />
"Oh! Povo <strong>de</strong> Ivaporanduva,<br />
estamos com vocês em toda e qual-<br />
quer luta.<br />
A luta contra os lacaios explora-<br />
dores capitahstas,<br />
que rogam pela sua <strong>de</strong>struição.<br />
Entraremos nesta briga <strong>de</strong> corpo e<br />
<strong>consciência</strong>,<br />
pois o povo que não pensa em lu-<br />
tar por seus objetivos,<br />
é simplesmente marionete.<br />
E um povo que não reconhece suas<br />
raízes jamais será um<br />
povo feliz.<br />
A terra adorada para o<br />
povo será lavrada!"<br />
Conte conosco - Núcleo<br />
Cultural Força Ativa.<br />
Racismo<br />
é crime!<br />
DiSK RACISMO<br />
Se você for<br />
discriminado,<br />
<strong>de</strong>nuncie!<br />
Telefones: 6919-7931<br />
275-7165 275-1203<br />
689-6323 606-2893<br />
*.*-*.»,*.*-*.'<br />
GIRA GIROU<br />
GELÉDES10ANOS.<br />
De 26 <strong>de</strong> Abril a 03 <strong>de</strong> Maio,uma<br />
série <strong>de</strong> eventos está sendo prepa-<br />
rada para marcar esta data, com<br />
ciclo <strong>de</strong> cinema na Sala lima<br />
Barreto, diariamente a partir das 20<br />
h. <strong>Centro</strong> Cultural <strong>Vergueiro</strong>.<br />
DEBATES:<br />
Dia 28-9h Seminário Nacional <strong>de</strong><br />
Comunicação da Mulher Negra.<br />
Dia 29-19h.Show cantoras líricas<br />
dia 30-lOh.Debate "A condição do<br />
Negro no Brasil".<br />
In£605.3869 ou 277.3611.<br />
MPB NA BIBLIOTECA.<br />
I6/04-20h.Bib]ioteca Monteiro<br />
Lobato,Cantora <strong>de</strong> Jazz Izy<br />
Gordon, Rua General Jardim 485.<br />
28/04-20h.BMoteca Mário <strong>de</strong><br />
Andra<strong>de</strong>, Show <strong>de</strong> Jazz MISTY.<br />
R. da Consolação 84. Entrada<br />
franca.<br />
RACISMO<br />
As Mulheres Negras e todos os<br />
Militantes do Movimento estão se<br />
organizando para uma passeta, que<br />
sairá da Praça da Sé às 12h do dia<br />
23 <strong>de</strong> Abril, até o Fórum.on<strong>de</strong><br />
estará sendo julgado o caso RA-<br />
CISTA SONY MUSIC/<br />
TIRIRICA. Os Advogados da<br />
causa, Drs. Charlain e Osvaldo,vem<br />
sofrendo várias ameaças. Vamos<br />
nos unir.<br />
PIRAJUÍ<br />
O Prefeito <strong>de</strong> Krajuí, José Carlos<br />
Ortega, durante uma festa <strong>de</strong><br />
Ro<strong>de</strong>io daquela cida<strong>de</strong> em Maio <strong>de</strong><br />
97, expôs ao vexame o menor JPS,<br />
Negro,<strong>de</strong> Oito anos. O Garoto foi<br />
carregado em um saco, nu, e<br />
<strong>de</strong>spejado no centro da arena,na<br />
presença da platéia,para que o<br />
mesmo corresse em direção ao<br />
Prefeito,que discursava naquele<br />
momento. Este feto animalesco,<br />
Racista,que para o Prefeito era<br />
apenas tuna brinca<strong>de</strong>ira,será julga-<br />
do no próximo dia 20 <strong>de</strong> Maio,<br />
acompanhe na próxima edição.<br />
O bom militante você<br />
conhece pela<br />
AGENDA<br />
AFRO-BRASILEIRA<br />
Um mundo <strong>de</strong> informações por<br />
um pequeno valor.<br />
PARA ADQUIRIR:<br />
caixa postal 66018<br />
São Paulo /SP - cep: 05315-970<br />
Tel;(011)3621-20.61 -3621-29.01<br />
E MAIL:<br />
agendadaafro@warp,com,br.<br />
CONSCIÊNCIA NEGRA<br />
HUMOR NEGRO!<br />
Ou rir prá não morrer <strong>de</strong> fome<br />
A MISSÃO I<br />
O Ministro José Serra, após a invenção do<br />
plano Real, ficou algum tempo esquecido,<br />
às moscas!! Até que alguém teve uma idéia,<br />
que Gênio!!!<br />
"-Porque não transformá-lo em mata-mos-<br />
quito?".<br />
PREVENÇÃO I<br />
Na viagem para o Quilombo,uma compa-<br />
nheira foi flagrada com uma porção <strong>de</strong><br />
bixigas no bolso,e os curiosos quiseram sa-<br />
ber prá que serviam. Ela respon<strong>de</strong>u:"- é<br />
pra me proteger do PÊNIS-LONGO".<br />
PREVENÇÃO fl<br />
Uma companheira nossa, tá tão arisca com<br />
essa <strong>de</strong> prevenção,que diz estar usando<br />
camisinha até para tomar chá <strong>de</strong> PICÃO.<br />
QUE É ISSO, COMPANHEIRO!<br />
A Esquerda Brasileira, <strong>de</strong>scobriu um<br />
novo aliado, revolucionário.<br />
QUEM??!<br />
O mosquito da <strong>de</strong>ngue!!! ,pois até o Exér-<br />
cito está caçando ele.<br />
QUEM CARREGA O PIANO.<br />
O Deputado José Boiba,que votou no lu-<br />
gar <strong>de</strong> seu colega,ficou abismado com a<br />
recepção dos parIamentares,pois após um<br />
concerto daqueles, ao invés <strong>de</strong> aplausos,<br />
só recebeu VAIAS!<br />
RECITAL E CHORO!!!<br />
O Deputado pianista chorou ao prestar<br />
<strong>de</strong>poimento na CCJ. Mas a Comissão pro-<br />
meteu ser duraHÉÉ!!! ,peIo jeito ele vai saú-<br />
<strong>de</strong> lá,com no mínimo 6 indicações para o<br />
prêmio SHARP <strong>de</strong> música<br />
EXTRA! ÜEXTRAÜ!<br />
A comissão promete que vai haver no mí-<br />
nimo 2 cassações. O diretor da TV e o<br />
cámera já estão preocupados.<br />
REMEDIANDO!!!<br />
Os colegas do <strong>de</strong>putado pianista,solidários<br />
com ele, prometeram que, em último caso,<br />
vão arrendar o café PLANALTO, para que<br />
ele possa fazer seu concerto: UM PIANO<br />
AO CAIR DA TARDE.<br />
DANÇA DA CHUVA lü!<br />
O diretor da FUNAI achou que a melhor<br />
solução para apagar o fogo em Roraima,<br />
era reunir uma PAGELANÇA e execu-<br />
tar a dança da chuva.<br />
O Jornal a"FoIha" fez a maior<br />
gozação.Mas foi só eles chegarem lá e<br />
começou a chuva. Agora, prá se redimir,<br />
o jornal está pensando em fazer uma<br />
turnê com os Pagés pelo sertão do Nor-<br />
<strong>de</strong>ste.<br />
DANÇA DA CHUVA II<br />
Esse povo <strong>de</strong> Brasília é mesmo gozado!!!<br />
Primeiro põe fogo no índio, <strong>de</strong>pois vai<br />
buscar o índio para apagar o fogo. E<br />
como diz o SÉRGIO NÓIA: "-Se for as-<br />
sim, também quero dar um tapa no ca-<br />
chimbo." Né Gabrié, eu tô maluco !!!
CONSCIÊNCIA NEGRA<br />
Mesmo não sendo exatamente o que o movimento reivindicava, mas, pela importância da conquista, publicaremos na íntegra a Lei da Radiodifusão<br />
Comunitária, o que nos leva a apertar ainda mais nosso jornal e <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> publicar nossas NEGRAS NOTÍCIAS, que voltam no próximo número.<br />
FALE ALTO, NEGÂO !!!!!!!! Esta vitória também é nossa.<br />
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />
Faço saber que o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta<br />
e eu sanciono a seguinte lei:<br />
Art. 1° Denomina-se Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão<br />
Comunitária a Radiodifusão sonora, em<br />
freqüência modulada, operada em baixa potên-<br />
cia e cobertura restrita outorgada a fundações<br />
e associações comunitárias, sem fins lucrati-<br />
vos, com se<strong>de</strong> na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />
serviço.<br />
Paragrafol 0 Enten<strong>de</strong>-se por baixa potência,<br />
o serviço <strong>de</strong> radiodifusão prestado à comunida-<br />
<strong>de</strong>, com potência limitada a um máximo <strong>de</strong> 25<br />
watts ERP e altura do sistema Irradiante não<br />
superior a trinta metros.<br />
Parág. 2 o Enten<strong>de</strong>-se por cobertura restrita<br />
aquela <strong>de</strong>stinada a aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminada comu-<br />
nida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um bairro e/ou vila.<br />
Art. 2 o O serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária<br />
obe<strong>de</strong>cerá aos preceitos <strong>de</strong>sta lei e no que cou-<br />
ber, aos mandamentos da lei n 0 4117, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong><br />
Agosto <strong>de</strong> 1962, modificada pelo Decreto- lei<br />
236, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1967, e <strong>de</strong>mais dis-<br />
posições legais.<br />
Parág. único O serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Co-<br />
munitária obe<strong>de</strong>cerá ao disposto do art.223 da<br />
Constituição Fe<strong>de</strong>ral.<br />
Art. 3° O Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária<br />
tem por finalida<strong>de</strong> o atendimento à comunida<strong>de</strong><br />
beneficiada, com vistas a:<br />
l-dar oportunida<strong>de</strong> à difusão <strong>de</strong> idéias, elemen-<br />
tos <strong>de</strong> Cultura, tradições e hábitos sociais da<br />
comunida<strong>de</strong>;<br />
ll-oferecer mecanismos à formação e integração<br />
da comunida<strong>de</strong>, estimulando o lazer.a Cultura e<br />
o convívio social;<br />
II l-prestar serviço <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Integran-<br />
do-se aos serviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa civil, sempre que<br />
necessário;<br />
IV-contrlbuir para o aperfeiçoamento profissio-<br />
nal nas áreas <strong>de</strong> atuação dos jornalistas e radi-<br />
alistas, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com a legislação pro-<br />
fissional vigente;<br />
V-permitir a capacitação dos cidadãos no exer-<br />
cício do direito <strong>de</strong> expressão da forma mais<br />
acessível possível.<br />
Art.4°-As emissoras <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> radiodifusão<br />
Comunitária aten<strong>de</strong>rão, em sua programação,<br />
aos seguintes princípios:<br />
l-preferência a finalida<strong>de</strong>s educativas, artísticas,<br />
culturais e informativas em benefício do <strong>de</strong>sen-<br />
volvimento geral da comunida<strong>de</strong>;<br />
ll-promoção das ativida<strong>de</strong>s artísticas e<br />
jornalísticas na comunida<strong>de</strong> e da integração dos<br />
membros da comunida<strong>de</strong> atendida;<br />
III-respeito aos valores éticos e sociais da pes-<br />
soa e da família, favorecendo a Integração dos<br />
membros da comunida<strong>de</strong> atendida;<br />
IV- não discriminação <strong>de</strong> raça, religião, sexo,<br />
preferências sexuais, convicções político-i<strong>de</strong>o-<br />
lógico-partidárias e condição social nas relações<br />
comunltáriasv<br />
Parág. 1 0 -É vedado o proselitismo <strong>de</strong> qual-<br />
quer natureza na programação das emissoras<br />
<strong>de</strong> radiodifusão Comunitária.<br />
Parág. 2 0 -As programações opinativa e infor-<br />
mativa observarão os princípios da plurarida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> opinião e <strong>de</strong> versão simultâneas em matéri-<br />
as polêmicas, divulgando sempre as diferentes<br />
Interpretações relativas aos fatos noticiados.<br />
Parág. 3 0 -Qualquer cidadão da comunida<strong>de</strong><br />
beneficiada terá direito <strong>de</strong> emitir opiniões sobre<br />
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA<br />
CHARLAIN<br />
Civil e criminal<br />
Dr.Chorlain Ca/vão da Silva<br />
Oswaldo Ribeiro<br />
Rua Paracatu, 237 - Saú<strong>de</strong><br />
òne 275-7165 275-1203 fax 5585-2971<br />
Lei n° 9.612 institui o Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária no Brasil<br />
quaisquer assuntos abordados na programação<br />
da emissora, bem como manifestar Idéias, pro-<br />
postas, sugestões, reclamações ou<br />
reivindicações,<strong>de</strong>vendo apenas observar o mo-<br />
mento a<strong>de</strong>quado da programação para fazê-lo,<br />
mediante pedido emcaminhado à Direção respon-<br />
sável pela Rádio Comunitária.<br />
Art. 5 o O Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>signará em nível<br />
nacional, para utilização do serviço <strong>de</strong> radiodifu-<br />
são Comunitária, um único e específico canal na<br />
faixa <strong>de</strong> freqüência do serviço <strong>de</strong> radiodifusão so-<br />
nora em freqüência modulada.<br />
Parág. único Em caso <strong>de</strong> manifesta impossibili-<br />
da<strong>de</strong> técnica quanto ao uso <strong>de</strong>ste canal em <strong>de</strong>ter-<br />
minada região, será indicado, em substituição, ca-<br />
nal alternativo para utilização exclusiva nessa re-<br />
gião.<br />
Art.© 1 Compete ao Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte outorgar a<br />
entida<strong>de</strong> interessada autorização para exploração<br />
do serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária, observa-<br />
dos os procedimentos estabelecidos nesta lei e<br />
normas reguladoras das condições <strong>de</strong> exploração<br />
do serviço.<br />
Parág. único A outorga terá valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3<br />
anos .permitida a renovação por Igual período.se<br />
cumpridas as exigências <strong>de</strong>sta lei e <strong>de</strong>mais dis-<br />
posições legais.<br />
Art.T 0 São competentes para explorar o serviço<br />
<strong>de</strong> radiodifusão comunitária as fundações e asso-<br />
ciações comunitárias, sem fins lucrativos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que legalmente Instituídas e <strong>de</strong>vidamente<br />
registradas,sediadas na areada comunida<strong>de</strong> para<br />
o qual preten<strong>de</strong>m prestar o serviço, e cujos os di-<br />
rigentes sejam brasileiros natos ou naturalizados<br />
há mais <strong>de</strong> 10 anos.<br />
Parág. único Os dirigentes das fundações e<br />
socleda<strong>de</strong>sclvls autorizadas a explorar o<br />
serviço,além das exigências <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>verão<br />
manter residência na área da comunida<strong>de</strong> aten-<br />
dida.<br />
Art. 8 o A entida<strong>de</strong> autorizada a explorar o serviço<br />
<strong>de</strong>verá instituir um conselho Comunitário, compos-<br />
to por no mínimo 5 pessoas representantes <strong>de</strong> en-<br />
tida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong> local, tais como associa-<br />
ções <strong>de</strong> classe, beneméritas, religiosas ou <strong>de</strong> mo-<br />
radores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que legalmente Instituídas, com o<br />
objetivo <strong>de</strong> acompanhar a programação da<br />
emlssora,com vista ao atendimento do Interesse<br />
exclusivo da comunida<strong>de</strong> e dos princípios estabe-<br />
lecidos no art. 4 <strong>de</strong>sta lei.<br />
Art.9 0 Para outorga da autorização para execu-<br />
ção do serviço <strong>de</strong> radiodifusão comunitária, as<br />
entida<strong>de</strong>s Interessadas <strong>de</strong>verão dirigir petição ao<br />
po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte, indicando a área on<strong>de</strong> preten-<br />
<strong>de</strong>m prestar o serviço.<br />
Parág. 1° Analisada a pretensão quanto a sua<br />
viabilida<strong>de</strong> técnica, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte publica-<br />
rá comunicado <strong>de</strong> habilitação e promoverá sua<br />
mais ampla divulgação para que as entida<strong>de</strong>s In-<br />
teressadas se Inscrevam.<br />
Parág. 2° As entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão apresentar, no<br />
prazo fixado para habilitação, os seguintes docu-<br />
mentos: l-estatuto da entida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vidamente re-<br />
gistrado; ll-ata da constituição da entida<strong>de</strong> e elei-<br />
ção dos seus dirigentes, <strong>de</strong>vidamente registrada;<br />
lll-prova <strong>de</strong> que seus diretores são brasileiros na-<br />
tos ou naturalizados há mais <strong>de</strong> 10 anos;IV- com-<br />
provação da malorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus diretores; V-<strong>de</strong>-<br />
claração assinada <strong>de</strong> cada diretor, comprometen-<br />
do-se ao fiel cumprimento das normas<br />
estabelecidas para o serviço, VI- manifestação em<br />
apoio à Iniciativa, formulada por entida<strong>de</strong>s<br />
associativas e comunitárias, legalmente constitu-<br />
ídas e sediadas na área pretendida para a presta-<br />
ção do serviço, e firmada por pessoas naturais<br />
ou jurídicas que tenham residência, domicílio ou<br />
se<strong>de</strong> nessa área.<br />
Parág. 3P Se apenas uma entida<strong>de</strong> se habilitar<br />
para a prestação do serviço e estando regular a<br />
documentação apresentada, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte<br />
outorgará a autorização à referida entida<strong>de</strong>.<br />
Parág. 4 o Havendo mais <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> habi-<br />
litada para a prestação do serviço, o Po<strong>de</strong>r<br />
Conce<strong>de</strong>nte promoverá o entendimento entre elas,<br />
objetivando que se associem.<br />
Parág. 5° Não alcançando êxto a iniciativa previs-<br />
ta no parágrafo anterior, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte pro-<br />
moverá a escolha da entida<strong>de</strong> levando em consi<strong>de</strong>-<br />
ração o critério da representatíuda<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciada<br />
por meio <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> apoio encaminhadas<br />
por membros da comunida<strong>de</strong> a ser atendida e/ou<br />
por associações qua a representem.<br />
Parág.eP Havendo igual represertativida<strong>de</strong> entre<br />
as entida<strong>de</strong>s, proce<strong>de</strong>r-se-á à escolha por sorteio.<br />
Art. IC-A cada entida<strong>de</strong> será outorgada apenas<br />
uma autorização para a exploração do serviço <strong>de</strong><br />
radiodifusão Comunitária.<br />
Parág. Único É vedada a outorga <strong>de</strong> autoriza-<br />
ção para entida<strong>de</strong>s prestadoras <strong>de</strong> qualquer ou-<br />
tra modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> radiodifusão ou <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> televisão me-<br />
diante assinatura, bem como a entida<strong>de</strong> que te-<br />
nha como Integrante <strong>de</strong> seus quadros <strong>de</strong> sócios<br />
e <strong>de</strong> administradores pessoas que, nessas con-<br />
dições, participem <strong>de</strong> outra entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong><br />
outorga para exploração <strong>de</strong> qualquer dos servi-<br />
ços mencionados.<br />
Art. 11 0 A entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> autorização para<br />
execução do serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária<br />
não po<strong>de</strong>rá estabelecer ou manter vínculos que a<br />
subordinem ou a sujeitem a gerência,a adminis-<br />
tração, ao domínio, ao comando ou a orientação<br />
<strong>de</strong> qualquer outra entida<strong>de</strong>, mediante compromis-<br />
sos ou relações financeiras, relIgiosas.famlHares,<br />
político-partidários ou comerciais.<br />
Art.12 0 É vedada a transferência, a qualquer títu-<br />
lo, das autorizações para expbração do serviço<br />
<strong>de</strong> radiodifusão Comunitária.<br />
Ait.13 0 A entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> autorização para<br />
exploração do serviço <strong>de</strong> radiodifusão comunitá-<br />
ria po<strong>de</strong> realizar alterações em seus atos<br />
constitutiws e modificar a composição <strong>de</strong> sua di-<br />
retoria, sem prévia anuência do Po<strong>de</strong>r<br />
Conce<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que mantidos os termos e<br />
condições inicialmente exigidos para a outorga da<br />
autorização, <strong>de</strong>vendo apresentar, para fins <strong>de</strong> re-<br />
gistro e controle.os atos que caracterizam as al-<br />
terações menclonadas,<strong>de</strong>vidamente registrados<br />
ou averbados na repartição competente,<strong>de</strong>ntro do<br />
prazo <strong>de</strong> trinta dias contados <strong>de</strong> sua efetivação.<br />
ART.I^ Os equipamentos <strong>de</strong> transmissão utili-<br />
zados no serviço <strong>de</strong> radiodifusão Comunitária se-<br />
rão pré-sintonlzados na freqüência <strong>de</strong> operação<br />
<strong>de</strong>signada para o serviço e <strong>de</strong>vem ser homologa-<br />
dos ou certificados pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte.<br />
Art.15 0 As emissoras do serviço <strong>de</strong> radiodifusão<br />
Comunitária assegurarão.em sua programação,<br />
espaço para divulgação <strong>de</strong> planos e realizações<br />
<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s ligadas ao <strong>de</strong>senvolvimento da co-<br />
munida<strong>de</strong>.<br />
Art.16 0 É vedada a formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s na explo-<br />
ração do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária,<br />
excetuadas as situações <strong>de</strong> guerra, calamida<strong>de</strong><br />
pública e epl<strong>de</strong>mlas,bem como as transmissões<br />
SE VOCÊ TEM TALENTO<br />
APROVEITE ESSA OPORTUNIDADE<br />
GRAVE SEU TRABALHO INDEPENDENTE<br />
HOME-STUDIO<br />
Jaime Filho (arranjador)<br />
Av. Itaquera n 2 387- Parque Maria Luísa V. Carrao.<br />
Traga esse anúncio que faremos um preço especial.<br />
Não cobramos por hora e sim preço fixo por trabalho.<br />
Ligue-nos e marque uma visita fone: 216-2397<br />
obrigatórias dos po<strong>de</strong>res Executivo,Judiciário e<br />
Legislativo, <strong>de</strong>finidas em leis.<br />
Art.17 o As emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />
são Comunitária cumprirão tempo mínimo <strong>de</strong><br />
operação diária a ser fixado na regulamentação<br />
<strong>de</strong>sta lei.<br />
Art.18 o As prestadoras do serviço <strong>de</strong> radiodifu-<br />
são Comunitária po<strong>de</strong>rão admitir patrocínio, sob<br />
a forma <strong>de</strong> apoio cultural, para os programas a<br />
serem transmitidos,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que restritos aos es-<br />
tabelecimentos situados na área da comunida-<br />
<strong>de</strong> atendida.<br />
Art. 19° É vedada a cessão ou arrendamento<br />
da emissora do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comu-<br />
nitária ou <strong>de</strong> horários <strong>de</strong> sua programação.<br />
Art.20 0 Compete ao Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte estimu-<br />
lar o <strong>de</strong>senvolvimento do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />
são Comunitária em todo o território<br />
nacional,po<strong>de</strong>ndo, para tanto, elaborar Manual<br />
<strong>de</strong> Legislação, Conhecimentos e Ética para uso<br />
das rádios comunitárias e organizar cursos <strong>de</strong><br />
treinamento, <strong>de</strong>stinados aos interessados na ope-<br />
ração <strong>de</strong> emissoras Comuntárias,visando o seu<br />
aprimoramento e a melhoria na execução do ser-<br />
viço.<br />
Art.21° Constituem Infrações na operação das<br />
emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comuni-<br />
tária:<br />
l-usar equipamentos fora das especificações<br />
autorizadas pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte; ll-transfe-<br />
rir a terceiros os direitos ou procedimentos <strong>de</strong><br />
execução do serviço; lll-permanecer fora <strong>de</strong><br />
operação por mais <strong>de</strong> trinta dias sem motivo jus-<br />
tificável; IV-ínfrigir qualquer dispositivo <strong>de</strong>sta lei<br />
ou da correspon<strong>de</strong>nte regulamentação;<br />
Parág. Único-As penalida<strong>de</strong>s aplicáveis em<br />
<strong>de</strong>corrência das Infrações cometidas são:<br />
I- advertência; II - multa; e III - na reincidência,<br />
revogação da autorização.<br />
Art.22 0 As emissoras do Serviço <strong>de</strong> Radiodifu-<br />
são Comunitária operarão sem direito a prote-<br />
ção contra eventuais interferências causadas<br />
por emissoras <strong>de</strong> quaisquer serviços <strong>de</strong> Tele-<br />
comunicações e Radiodifusão regularmente ins-<br />
taladas, condições estas que constarão do seu<br />
certificado <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> funcionamento.<br />
Art.23 0 Estando em funcionamento a emissora<br />
do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária, em<br />
conformida<strong>de</strong> com as prescrições <strong>de</strong>sta lel,e<br />
constatando-se interferências In<strong>de</strong>sejáveis nos<br />
<strong>de</strong>mais Serviços regulares <strong>de</strong> Telecomunica-<br />
ções e Radiodifusão, o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>-<br />
terminará a correção da operação e, se a interfe-<br />
rência não for eliminada no prazo<br />
estipulado,<strong>de</strong>termlnará a interrupção do serviço.<br />
Art. 24° A outorga <strong>de</strong> autorização para execu-<br />
ção do serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária fica<br />
sujeito a pagamento <strong>de</strong> taxa simbólica para efeito<br />
<strong>de</strong> cadastramento,cujo valor e condições se-<br />
rão estabelecidos pelo Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte.<br />
Art.2S 0 O Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte baixará os atos<br />
complementares necessários à regulamentação<br />
do Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Comunitária, no<br />
prazo <strong>de</strong> cento e vinte dias, contados da publi-<br />
cação <strong>de</strong>sta Lei.<br />
Art. 26° Esta Lei entra em vigor na data <strong>de</strong> sua<br />
publicação.<br />
Art. 27° Revogam-se as disposições em con-<br />
trário.<br />
Brasília 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998.<br />
Fernando Henrique Cardoso<br />
A RÁDIO ESPERANÇA MUDOU!!!<br />
MUDOU PARA MELHOR.<br />
RÁDIO ESPERANÇA<br />
FM101,3<br />
SÃO MATEUS<br />
NOVO TELEFONE : 689-63 23
CADEIAS, DISTRITOS E PRISÕES<br />
O QUE HÁ POR TRÁS DAS GRADES<br />
Carne apodrecendo, carne <strong>de</strong> pobre, preto (a),<br />
<strong>de</strong>sempregado (a), <strong>de</strong>sesperados (as) que tiveram a<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> "morar" pendurados em barrancos ao<br />
lado <strong>de</strong> córregos. Corredores estreitos, porta com por-<br />
ta, estrelas vistas entre as telhas <strong>de</strong> brasilit. Pratos <strong>de</strong><br />
lata <strong>de</strong> marmelada.umida<strong>de</strong>, rato, esgoto, mofo, as cri-<br />
anças <strong>de</strong>safiam a vida. Quando chover vai encher tudo<br />
<strong>de</strong> água, encharcar o já apodrecido colchão. As pane-<br />
las vão flutuar na enchente e o sonho <strong>de</strong> ser tratado<br />
como gente também, quando o rádio é silenciado pe-<br />
las águas, imundas como é a situação <strong>de</strong>ssa gente.<br />
Na hora da Voz do Brasil.<br />
E ainda falta água, nos gran<strong>de</strong>s parques. Regi-<br />
na, Jaraguá, Jardim Ipê. Água para pobre ("pobre preto<br />
tem que se..."), quem mandou nascer.<br />
As casas semi-acabadas, como muito <strong>de</strong> suas<br />
vidas. Restos, porém nas janelas a esperança <strong>de</strong> um<br />
dia o sol po<strong>de</strong>r entrar,pois mofa ainda mais o direito<br />
daqueles que não têm direito. Escolas <strong>de</strong>struídas, pro-<br />
fessores mal-pagos, policiais <strong>de</strong>spreparados,vivendo<br />
<strong>de</strong> bicos, tirando uns trocados, pai <strong>de</strong>sempregado, fi-<br />
lho drogado. Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> fechado, morrendo está<br />
esse povo pelas mãos limpas dos nossos governantes,<br />
<strong>de</strong>sovas, chacinas, por dúvida ou dívida. Mulheres grá-<br />
vidas, adolescentes acabando a vida com um CRACK.<br />
Mulheres choraram ao "parir",vão chorar <strong>de</strong><br />
novo. Amanhã é dia <strong>de</strong> visita, macarrão, frango, (po<strong>de</strong><br />
entrar ?) Domingão do Faustão na Detenção!!!. Mu-<br />
lheres catando resto <strong>de</strong> feira, para chegar sexta-feira.<br />
(Moço, posso levar ?) Para os que ficaram em casa,<br />
pois dois estão presos, dois em casa e dois vieram<br />
ajudar a catar.<br />
A carcaça <strong>de</strong> mulheres já com o corpo cansa-<br />
do, o coração não bate, balança. Comeu resto a se-<br />
mana inteira, mas amanhã, 5 h. está <strong>de</strong> pé. Comeu<br />
restos, mas o frango bem temperadinho, caprichado<br />
para o filho será <strong>de</strong>ssossado, como miitos (No Depatri,<br />
torturados) humilhados para ver se no frango tem dro-<br />
ga. Os jovens filhos da Pátria amada no Brasil, no<br />
Depatri, pelo patrimônio <strong>de</strong> quem tem caráter, pelo<br />
prazer <strong>de</strong> ver o grito, as lágrimas lavarem a dignida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> quem não tem. Mas tudo é questão <strong>de</strong> segurança.<br />
Desossam frangos! Desossam gente!!!<br />
E quantos filhos da Pátria foram com as suas<br />
mães pegar restos das feiras, para os pais, nos<br />
sacdões roubaram frutas. Hoje apodrecem nas pri-<br />
sões. Tiros, mortes, reféns inocentes, funcionários, vi-<br />
das sem valores.<br />
Filho <strong>de</strong> ministro atropela, mata, foge. Gabriel,<br />
o Pensador sente a dor da carne queimada do índio,<br />
ar<strong>de</strong>u como a chama do cachimbo da Paz.<br />
Direto do inferno, mano Brown mostra as pági-<br />
nas <strong>de</strong> um livro que não po<strong>de</strong> ser lido, a verda<strong>de</strong> es-<br />
quecida, a boca silenciada pelo cano <strong>de</strong> ferro, o san-<br />
gue ainda arrasta-se pelo concreto, ainda se ouve os<br />
gritos. 389 talvez ? É um número, talvez a sorte me-<br />
lhor que 111. Número <strong>de</strong> morte, preto, pobre, sujou o<br />
país quando nasceu. Tem que morrer, aqui quem não<br />
arrota, vive. Direto do inferno. Racionais MCs lança a<br />
fórmula mágica da Paz. Toma conta dos barracos, das<br />
celas, dos corrós, das vielas, das favelas, viadutos,<br />
calçadas, casarões. A fórmula mágica da Paz, no "Di-<br />
ário <strong>de</strong> um <strong>de</strong>tento".<br />
1998 - 50 anos da Declaração Universal dos Di-<br />
reitos Humanos.<br />
Deise Benedito<br />
SEU TEMPO E VALIOSO<br />
<strong>de</strong>ixe para o<br />
BELA VISTA DESPACHANTE<br />
retiramos e entregamos no local<br />
RUA AGUIAR DE BARROS, 161<br />
BELA VISTA<br />
FONE/FAX (011) 3115-0624<br />
SOU JOVEM<br />
A juventu<strong>de</strong>, mais que um período da vida, é a sua me-<br />
lhor fase. É quando nos tomamos participativos, dita-<br />
mos as regras da moda, vivemos intensamente, ama-<br />
mos, lutamos e sonhamos um futuro melhor.<br />
Mas, infelizmente, nem tudo são flores e neste final <strong>de</strong><br />
milênio nos <strong>de</strong>paramos com dificulda<strong>de</strong>s monstruosas,<br />
que preten<strong>de</strong>m consumir nosso vigor e nossa juventu-<br />
<strong>de</strong>.<br />
Muitos <strong>de</strong> nossos jovens embarcam diariamente para<br />
esta viagem sem volta, rumo à MORTE, experimentan-<br />
do e se viciando em toda sorte <strong>de</strong> DROGAS (se isso<br />
quer dizer sorte). Outros, à procura <strong>de</strong> prazer, esque-<br />
cem-se da prevenção e acabam por contrair doenças se-<br />
xualmente transmissíveis, como AIDS, sífilis, <strong>de</strong>ntre<br />
outras. A violência civil e policial atinge índices insu-<br />
portáveis, e quem mais sofre com ela é justamente o<br />
jovem. A educação pública, que não é acessível a todos,<br />
ainda sofre reflexos da ditadura <strong>de</strong> 64, que a moldou<br />
apenas como mera formadora <strong>de</strong> massa <strong>de</strong> manobra.<br />
Já não bastasse tanto, a socieda<strong>de</strong> nos cria a seu mol<strong>de</strong>,<br />
como se fossemos apenas ilustres e potenciais consu-<br />
midores, que a mídia se encarrega <strong>de</strong> manipular, <strong>de</strong><br />
acordo com seus interesses.<br />
divulgação<br />
Jovens, precisamos nos unir contra todos aqueles que<br />
ousarem sufocar nossos direitos. Vamos mostrar a nos-<br />
sa voz ativa e que não fugiremos à missão <strong>de</strong> construir<br />
um Brasil on<strong>de</strong> todos tenham liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> opção e pos-<br />
sam viver dignamente, resgatando e exercendo a cida-<br />
dania.<br />
Vai daí a importância da participação dos jovens no<br />
processo político. Não como claque, mas sim, estudan-<br />
do e discutindo, no dia-a-dia, todas as questões e<br />
premências conjunturais que afetam a socieda<strong>de</strong> brasi-<br />
leira.<br />
VTVA A JUVENTUDE !!! VIVA A LIBERDADE !!!<br />
Robson Lee<br />
JOD magos \<br />
• Assessoria Contábil e Fiscal S/C Ltda •<br />
'Aberturas, Transferências e Encerramento <strong>de</strong> firmas *<br />
• Imposto <strong>de</strong> Renda •<br />
• Pessoa Física e Jurídica •<br />
• Rua João Bizarro da Nave,655 - Vila Diva *<br />
• fones: (011) 6128-2742 e6965-3147 •<br />
CONSCIÊNCIA NEGRA<br />
CABEÇAS FALANTES<br />
SALVE, MULHER NEGRA.<br />
Amigo lertor, o Dia Internacio-<br />
nal da Mulher não po<strong>de</strong>ria fi-<br />
car <strong>de</strong> fora <strong>de</strong> nossa coluna.<br />
Pois chegou-me as mãos o li-<br />
vro "MULHERES NEGRAS-<br />
Mito e espiritualida<strong>de</strong>", da Prol 9<br />
Helena Theodoro, Ed. Pallas,<br />
1996. Nossa querida e respei-<br />
tada pesquisadora "...sempre<br />
fez <strong>de</strong> sua vida uma tribuna<br />
permanente <strong>de</strong> vigilância cul-<br />
tural e <strong>de</strong> brados intelectuais<br />
a favor da mulher <strong>negra</strong> Bra-<br />
sileira. Neste livro, consegue reunir através da emoção<br />
e compromisso, todo o imaginário até então oculto na<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira a respeito da presença <strong>negra</strong> fe-<br />
minina. Por isso, gostaria <strong>de</strong> compartilhar contigo uma<br />
parte do capítulo "Arte do Cotidiano": "... As mulheres<br />
<strong>negra</strong>s foram cozinheiras, lava<strong>de</strong>iras, arruma<strong>de</strong>iras,<br />
mães, mas ficaram vazias como campos <strong>de</strong> outono,<br />
sem nunca ter em vista o tempo da colheita: casaram<br />
sem amor e sem alegorias, tornaram-se prostitutas,<br />
sem resistência,tornaram-se mães sem auto-<br />
realização.Sem dúvida, nossas avós e mães não eram<br />
santas, mas artistas, arrastadas para uma loucura<br />
entorpecida e sangrenta pelas fontes da criativida<strong>de</strong><br />
nelas existentes e para as quais não havia escapatória!<br />
Sua arte não foi traduzida em poemas , músicas ou<br />
danças, mas na arte diária <strong>de</strong> cozinhar, do costurar, do<br />
bordar e plantar jardins, que enfeitaram nossa infância<br />
e embelezaram nossas vidas.<br />
No mercado, na cozinha, no barracão,na equipe <strong>de</strong> cos-<br />
tura, na organização <strong>de</strong> festas e recepções, a mulher<br />
<strong>negra</strong> vem cumprindo os seus papéis arquetipícos, se-<br />
gundo os mitos africanos: nutre, protege, organiza,<br />
cria,(...) como tantas outras em nosso país, que trope-<br />
çam cegas pela vida, maltratadas pela pobreza, muti-<br />
ladas, apagadas e confundidas pelo sofrimento, que<br />
as faz até se consi<strong>de</strong>rarem indignas <strong>de</strong> esperança.<br />
Nossas mães e avós buscavam uma música ainda não<br />
escrita em que a sua espiritualida<strong>de</strong>, a força,o axé,<br />
aquela coisa <strong>de</strong>sconhecida que existia nelas se tornas-<br />
se conhecida.<br />
E elas esperaram e esperaram ... No entanto, sabiam<br />
que no dia <strong>de</strong> tal revelação elas já teriam morrido há<br />
muito tempo. Com efeito, elas não estavam indo a par-<br />
te alguma e o futuro não estava ainda ao seu alcancei...<br />
Clementina <strong>de</strong> Jesus nos revelou tudo isso! Após 60<br />
anos <strong>de</strong> anonimato e <strong>de</strong> espera, pô<strong>de</strong> nos mostrar toda<br />
a criativida<strong>de</strong> e riqueza <strong>de</strong> sua espiritualida<strong>de</strong> - que é a<br />
base da Arte, e que lhe permitiu cantar a alegria <strong>de</strong><br />
viver até seus últimos dias.No entanto, é preciso que<br />
não permitamos que outras Clementinas pereçam no<br />
! <strong>de</strong>serto. O tempo <strong>de</strong> colheita tem <strong>de</strong> chegar para ou-<br />
tras mulheres <strong>negra</strong>s artistas. Precisamos olhar para<br />
as nossas mães, avós, bisavós como sementes <strong>de</strong> flor<br />
que nunca <strong>de</strong>sabrochou, por falta <strong>de</strong> rega e adubo, mas<br />
que sabemos estava nelas, (...) mesmo não sendo fi-<br />
guras televisivas.".<br />
Certamente, amigo leitor, o poeta Oliveira Silveira, ao<br />
ler este livro, nos convidará a visitarmos "Ca<strong>de</strong>rnos<br />
Negros 3 - poesia", para recitarmos: "Quanta anônima<br />
guerreira brasileira, sul-centro-norte-americana, cotidi-<br />
ana?" Salve, mulher <strong>negra</strong>, na luta que nos irmana!<br />
Correspondências:<br />
Oubi Inaê Caixa Postal 112, Itaquera - S. Paulo SP.<br />
cep 08201-970 Brasil.<br />
PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E EVENTOS É COM<br />
MELLO PRODUÇÕES<br />
Alexandre e Karin<br />
Rua Carnot nM 02 - PARI<br />
Fone 230.65.37.