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Os jogos teatrais no ensino de português para estrangeiros

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não há competição. As competições e com<strong>para</strong>ções isolam os jogadores, pois eles se<br />

sentem inferiores ou melhores que os outros e aí não há uma aprendizagem mútua.<br />

Infelizmente, em alguns casos, a competição é uma estratégia que funciona, pois<br />

provoca <strong>no</strong> alu<strong>no</strong> um interesse pela disciplina. Mas o objetivo <strong>de</strong> Viola é <strong>de</strong>senvolver o<br />

trabalho em grupo, algo tão importante na atualida<strong>de</strong>. Uns ajudam os outros nas suas<br />

dificulda<strong>de</strong>s e, <strong>de</strong>sse modo, possibilita-se que a turma cresça quase que <strong>de</strong> forma<br />

homogênea.<br />

Não tendo competição e com<strong>para</strong>ção, não há aprovação ou <strong>de</strong>saprovação. “A<br />

liberda<strong>de</strong> pessoal <strong>para</strong> fazer isso leva-<strong>no</strong>s a experimentar e adquirir<br />

autoconsciência”(SPOLIN 2010, p. 6). Quando não se preocupa com o julgamento <strong>de</strong><br />

certo ou errado, o alu<strong>no</strong> se torna livre <strong>no</strong> meio do jogo <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r experimentar diversas<br />

soluções <strong>para</strong> o problema a ser resolvido. O julgamento tolhe a criativida<strong>de</strong> do alu<strong>no</strong>,<br />

pois ele estanca, pren<strong>de</strong>-se, bloqueia-se com medo <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>saprovado e não há<br />

tentativas. Então, “Todas as palavras que fecham portas, que têm implicações ou<br />

conteúdo emocional, atacam a personalida<strong>de</strong> do alu<strong>no</strong>/ator ou mantém o alu<strong>no</strong><br />

totalmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do julgamento do professor, <strong>de</strong>vem ser evitadas” (SPOLIN,<br />

2010, p.7). Mas isso é algo bastante difícil <strong>de</strong> controlar, já que fomos educados pelo<br />

método da aprovação/<strong>de</strong>saprovação. Sabemos o que é certo e o que é errado. Contudo, é<br />

possível equilibrar, <strong>de</strong>ixando o alu<strong>no</strong> fazer a sua auto-observação e auto-correção, pois<br />

“os atuantes „ensinam‟ a si mesmos. Eles apren<strong>de</strong>m por meio da conscientização <strong>de</strong> suas<br />

experiências” (KOUDELA, 2007, p. 31). Mas o professor não <strong>de</strong>ve se distanciar do<br />

alu<strong>no</strong>, <strong>para</strong> que ele não se sinta perdido. O professor, sabendo das regras do jogo,<br />

servirá como um guia.<br />

É importante ressaltar que o professor <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar os alu<strong>no</strong>s à vonta<strong>de</strong>. Não há<br />

obrigações <strong>no</strong> jogo, por isso joga quem tem vonta<strong>de</strong>. O professor/diretor <strong>de</strong>ve certificar-<br />

se <strong>de</strong> que o alu<strong>no</strong>/jogador está participando livremente da ativida<strong>de</strong>. Quando se planeja<br />

uma aula, espera-se que tudo o que está <strong>de</strong>scrito em seu pla<strong>no</strong> seja realizado. Mas a<br />

experiência em sala <strong>de</strong> aula <strong>no</strong>s mostra que muitas vezes o pla<strong>no</strong> não se encaixa à aula.<br />

As ativida<strong>de</strong>s não se a<strong>de</strong>quam ao perfil da turma, ou simplesmente, a turma não está<br />

disposta a fazer o que se planejou em um <strong>de</strong>terminado dia. Um jogo po<strong>de</strong> não ser<br />

a<strong>de</strong>quado <strong>para</strong> o perfil da turma. “Nem sempre o alu<strong>no</strong> po<strong>de</strong> fazer o que o professor<br />

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