Conciliação e ecletismo no trabalho didático do educador - histedbr
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teórico, da psicologia experimental na França, <strong>no</strong> fim <strong>do</strong> século XIX; enquanto Binet,<br />
foi o principal prático.<br />
Ribot foi o pioneiro, na França, da desvinculação da psicologia da filosofia<br />
<strong>no</strong> intuito de constituí-la ciência independente, análoga às ciências naturais. Exerceu,<br />
nesse senti<strong>do</strong>, durante cerca de quarenta a<strong>no</strong>s, segun<strong>do</strong> Foulquié (1965), influência<br />
semelhante à de Wundt. Nesse aspecto, o pensamento de João Tole<strong>do</strong> <strong>no</strong>vamente<br />
assemelha-se ao de Ribot.<br />
17<br />
Uma psycologia, sem recheios filosóficos, sem especulações<br />
escolásticas, sem preoccupações formaes, - uma psycologia que <strong>no</strong>s<br />
mostre a mente ver<strong>do</strong>lenga, crescen<strong>do</strong> e sazonan<strong>do</strong>, com a seiva das<br />
impressões sensoriaes, ao calor ambiente <strong>do</strong> lar, da escola e da<br />
sociedade, é, nas lides educativas, instrumento de inestimável valor<br />
(TOLEDO, 1932, p. 332).<br />
Ainda segun<strong>do</strong> Foulquié (1965), Ribot, <strong>no</strong> entanto, após contribuir para o<br />
processo de constituição da psicologia como ciência autô<strong>no</strong>ma, dedicou-se ao estu<strong>do</strong><br />
das patologias mentais. E, nesse aspecto, certamente também inspirou o pensamento de<br />
João Tole<strong>do</strong>.<br />
Teórico da Psicologia experimental na França, Ribot não foi um<br />
psicólogo pròpriamente experimental, senão em pequena escala. Sua<br />
principal contribuição para esse movimento de pesquisas foi histórica:<br />
suas duas obras sobre a Psychologie anglaise contemporaine (1870) e<br />
sobre a Psychologie allemande contemporaine (1879), cujas<br />
introduções têm ares de manifesto. Em seguida, orientou a pesquisa<br />
psicológica para o la<strong>do</strong> da patologia mental que, diz êle com acerto,<br />
<strong>no</strong>s fornece experiências acabadas; êle próprio deu o exemplo,<br />
estudan<strong>do</strong> sucessivamente as a<strong>no</strong>malias da memória, da vontade, da<br />
personalidade, da atenção (FOULQUIÉ, 1965, p. 30)<br />
Ribot não realizou uma ruptura radical com a filosofia, pois ainda utilizava<br />
a introspecção como méto<strong>do</strong> de <strong>trabalho</strong>. Ele mantém a mesma temática <strong>do</strong> inatismo (o<br />
estu<strong>do</strong> da mente), funda<strong>do</strong> na filosofia metafísica. Não obstante, negue o princípio<br />
espiritual para a explicação <strong>do</strong>s fatos, continua vincula<strong>do</strong> a mesma problemática. Ribot<br />
apenas reinterpretou-a diferentemente. A ruptura, de fato, ocorreu quan<strong>do</strong> o<br />
behaviorismo elegeu um <strong>no</strong>vo objeto: o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> comportamento.<br />
A não ser <strong>no</strong>s fatos que toma aos psiquiatras, baseia-se, todavia,<br />
essencialmente na introspecção. Só acidentalmente, por exemplo, para