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o feminismo perspectivista como aporte teórico nas pesquisas

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES<br />

Educação, Saúde, Movimentos Sociais, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos<br />

20 a 31 de Julho de 2009<br />

Salvador - BA<br />

A dimensão holística dos aspectos sócio culturais continua muitas vezes intocada, o que<br />

impede a perspectiva da promoção da saúde. As diferenças de classe aparecem <strong>como</strong> normais uma<br />

vez que para muitas/os profissionais da área os Programas de Saúde da Família/PSF são destinados<br />

aos menos privilegiados <strong>como</strong> se a pobreza fosse um destino que articulada às desigualdades de<br />

raça/etinia e gênero prescindam de uma atuação política que enseja mudanças.<br />

Os cursos da área de saúde, especialmente os de enfermagem, têm garantido em suas grades<br />

curriculares discipli<strong>nas</strong> de gênero, saúde e sexualidade. Mas são suficientes? Minha experiência<br />

<strong>como</strong> docente da área observou que não. Durante cinco anos <strong>como</strong> professora da disciplina<br />

desenvolvida dentro do módulo de saúde da mulher, descobri o quão difícil era para as/os<br />

estudantes incorporarem a categoria gênero <strong>nas</strong> suas análises. É mais fácil permanecer utilizando os<br />

instrumentos tradicionais, <strong>como</strong> aulas informativas de “conscientização” das mulheres – reforçando<br />

o modelo tradicional de planejamento familiar.<br />

Defendo que é preciso incorporar às <strong>pesquisas</strong> na área de saúde e enfermagem,<br />

especialmente voltadas para os direitos sexuais e reprodutivos, a perspectiva feminista. Gênero<br />

precisa ser uma categoria entrelaçada às questões feministas mais amplas ou vai perder o sentido e<br />

tornar-se mera expressão que não representa o potencial de análise e transformação social tão<br />

almejada. Corre-se o risco, <strong>como</strong> algumas estudiosas já apontam, de camuflar as condições de<br />

desigualdade entre as próprias mulheres o que não favorece em nada a equidade em saúde.<br />

REFERÊNCIAS<br />

BRASIL, Presidência da República/ Secretaria Especial de Política para as Mulheres. Plano<br />

Nacional de Políticas para as Mulheres: relatório de implementação 2005.<br />

BROOKS, Abgail. Feminist Standpoint Epistemology: Building knowledge and Empowermwnt<br />

Through Women`s Lived Experience. 03-Hesse-Biber&Leavy-45085.qxd 10/24/2006 12:51 PM<br />

Page 53.<br />

DANSILIO, Sergio. La defensa de la objetividad en las epistemologías feministas. Disponível<br />

em: http://galileo.fcien.edu.uy/epistemologias_feministas.htm. S/D.<br />

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