Maria Dulce Terra de Almeida O Impacto do Inglês no Quotidiano ...
Maria Dulce Terra de Almeida O Impacto do Inglês no Quotidiano ...
Maria Dulce Terra de Almeida O Impacto do Inglês no Quotidiano ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
INTRODUÇÃO<br />
11<br />
Assim como não é a direcção <strong>do</strong> vento<br />
que <strong>de</strong>termina o rumo <strong>do</strong> navega<strong>do</strong>r,<br />
não é a língua que o mun<strong>do</strong> fala<br />
que <strong>de</strong>terminará o <strong>no</strong>sso <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>.<br />
Ricar<strong>do</strong> Schütz<br />
Na era da comunicação em que <strong>no</strong>s encontramos, a globalização é um<br />
fenóme<strong>no</strong>, mais ou me<strong>no</strong>s rápi<strong>do</strong>, que tem por finalida<strong>de</strong>, se não uniformizar<br />
filosofias, políticas e culturas, pôr em comum méto<strong>do</strong>s, processos ou<br />
procedimentos, pensamentos, informação e formas <strong>de</strong> acção (o conhecimento).<br />
A globalização enforma-se, assim, como um processo característico da<br />
socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação em que vivemos e radica na instantaneida<strong>de</strong> <strong>do</strong> acesso<br />
ao conhecimento. Num mun<strong>do</strong> cada vez mais limita<strong>do</strong> à operância da informática<br />
e, simultaneamente, ilimita<strong>do</strong> pelo seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> a todas as<br />
pessoas, que se globalizam através <strong>de</strong> si, assistimos à massificação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong><br />
pensar, <strong>de</strong> sentir e <strong>de</strong> agir.<br />
Em diversos campos <strong>de</strong> acção social se assiste a uma cada vez maior<br />
influência <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação que <strong>no</strong>s apresentam formas perfiladas <strong>de</strong><br />
pensar e <strong>de</strong> escrever, <strong>de</strong> falar e <strong>de</strong> sentir, pontos <strong>de</strong> vista forma<strong>do</strong>s, opinion<br />
makers que <strong>no</strong>s avalizam os entendimentos que acerca <strong>de</strong> fenóme<strong>no</strong>s ou factos<br />
temos, que <strong>no</strong>s mostram as realida<strong>de</strong>s aprontadas para consumo e perante os<br />
quais <strong>no</strong>s sentimos mais ou me<strong>no</strong>s impotentes <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que vamos aceitan<strong>do</strong><br />
aquilo que <strong>no</strong>s é da<strong>do</strong> ver e apo<strong>de</strong>rámo-<strong>no</strong>s <strong>de</strong>sse conhecimento feito sem <strong>no</strong>s<br />
interrogarmos acerca da sua valida<strong>de</strong>. Este fenóme<strong>no</strong> cresce sustenta<strong>do</strong> por<br />
fermentos muitíssimo potentes, os mass média como a televisão e a Internet, e<br />
pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> internacionalização que as gran<strong>de</strong>s multinacionais económicas e