Maria Dulce Terra de Almeida O Impacto do Inglês no Quotidiano ...
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à compra e venda <strong>de</strong> aculturações, à universalização <strong>do</strong> conhecimento técnico e<br />
científico, pelo me<strong>no</strong>s na forma <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ferramentas, à globalização<br />
<strong>de</strong> opiniões, <strong>de</strong> interesses e <strong>de</strong> expectativas e à uniformização ou massificação<br />
das formas <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> sentir.<br />
Este fenóme<strong>no</strong> tem si<strong>do</strong> acompanha<strong>do</strong> por alguns estudiosos que o<br />
comentam e que enten<strong>de</strong>m que tu<strong>do</strong>, ou quase tu<strong>do</strong>, será globalizável ou<br />
universalizável. Contu<strong>do</strong>, há um aspecto em que gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sses estudiosos<br />
parece <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> e que <strong>de</strong>monstra que nem tu<strong>do</strong> será facilmente universalizável:<br />
a cultura e a língua. Estes <strong>do</strong>is elementos huma<strong>no</strong>s e sociais são aqueles que<br />
justificam a existência da diversida<strong>de</strong> entre os homens e os que realçam a<br />
importância <strong>de</strong> cada cultura.<br />
É a esta problemática que preten<strong>de</strong>mos dar um contributo com este<br />
estu<strong>do</strong>, ainda que mínimo, que teve a sua génese num conjunto <strong>de</strong> interrogações<br />
que se <strong>no</strong>s colocavam acerca da prevalência da língua. Assim, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />
que o indivíduo se integra num grupo social que se expressa num mesmo código<br />
linguístico e que, pela boa utilização da sua fonética, exprime os conceitos e as<br />
sensações, comunica, que se serve da língua para comunicar e que esta é o<br />
elemento-chave da sua cultura, preten<strong>de</strong>mos verificar genericamente se há um<br />
entendimento <strong>de</strong> que a língua portuguesa, falada e escrita, conseguirá aguentar a<br />
pressão da globalização, da universalização <strong>de</strong> outras línguas, mais ou me<strong>no</strong>s<br />
fortes, que têm afecta<strong>do</strong> o quotidia<strong>no</strong> português.<br />
E surgiu da percepção, correcta ou não, <strong>de</strong> que nesse campo, a Língua<br />
Inglesa, <strong>do</strong>ravante e para efeitos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong><strong>no</strong>minada simplesmente por inglês,<br />
se vem implantan<strong>do</strong> em áreas-chave da comunicação (em anúncios da televisão,<br />
em palavras ou expressões intraduzíveis <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> conceitos emergentes <strong>de</strong><br />
várias áreas, sobretu<strong>do</strong> das <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias, na língua base <strong>de</strong> comunicação<br />
da Internet, <strong>no</strong> quotidia<strong>no</strong> musical que <strong>no</strong>s chega inclusivamente, e cada vez<br />
mais, mesmo que <strong>de</strong> grupos portugueses, <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> mecânica, automóvel,<br />
alimentar, cosmética, etc…) em áreas fortes <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico<br />
(finanças, indústria, comércio, turismo, <strong>de</strong>sporto) e, até, revista em elementos <strong>de</strong><br />
comunicação inter-pares sobretu<strong>do</strong> nas camadas jovens.<br />
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