Maria Dulce Terra de Almeida O Impacto do Inglês no Quotidiano ...
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Relativamente à comunicação em língua estrangeira estas competências<br />
assentam, tal como para a língua materna, nas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r,<br />
expressar e interpretar pensamentos, sentimentos e factos tanto oralmente como<br />
por escrito (escutar, falar, ler e escrever) em diversas situações da vida em<br />
socieda<strong>de</strong> e requer ainda aptidões como a mediação e a compreensão<br />
intercultural. As competências na língua estrangeira obriga ao conhecimento <strong>de</strong><br />
vocabulário e gramática e uma consciência <strong>do</strong>s principais tipos <strong>de</strong> interacção<br />
verbal e <strong>de</strong> registos <strong>de</strong> linguagem quer através <strong>de</strong> mensagens faladas, quer<br />
através <strong>de</strong> iniciar, manter e concluir conversas e <strong>de</strong> ler e compreen<strong>de</strong>r textos<br />
a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> indivíduo.<br />
1.3. A língua na comunicação internacional<br />
Se hoje a competência em língua estrangeira é consi<strong>de</strong>rada um factor<br />
essencial na formação <strong>do</strong>s indivíduos e das socieda<strong>de</strong>s e se se po<strong>de</strong>m contar por<br />
milhões o número <strong>de</strong> pessoas que lêem ou falam e escrevem o <strong>Inglês</strong> ou<br />
qualquer outra língua, nem sempre foi tão gran<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> pessoas que<br />
<strong>do</strong>minavam as técnicas <strong>de</strong> leitura e da escrita. Por exemplo, na ida<strong>de</strong> média, o<br />
analfabetismo era comum a tal ponto que quan<strong>do</strong> um rei necessitava comunicar<br />
com outro via-se na contingência <strong>de</strong> chamar um escrivão para que este<br />
<strong>de</strong>senhasse a mensagem <strong>de</strong> tal forma que pu<strong>de</strong>sse ser lida pelo outro. A<br />
inexistência da imprensa levava a que as mensagens escritas nunca fossem<br />
iguais perante o mesmo conteú<strong>do</strong>, pois cada escrivão tinha o seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
apresentação <strong>de</strong> conceitos e <strong>de</strong> mensagens.<br />
É por to<strong>do</strong>s sabi<strong>do</strong> que os gran<strong>de</strong>s acontecimentos na corte eram<br />
presencia<strong>do</strong>s por alguns escribas que tinham a função <strong>de</strong> registarem as<br />
ocorrências. Também acompanhavam os gran<strong>de</strong>s eventos como, por exemplo,<br />
Pêro Vaz <strong>de</strong> Caminha acompanhou, como escrivão da armada, em 1500, a<br />
expedição portuguesa sob o coman<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pedro Álvares Cabral. A arte <strong>de</strong> bem<br />
escrever era uma habilida<strong>de</strong> profissional especializada, ao alcance <strong>de</strong> poucos.<br />
Hoje, o <strong>do</strong>mínio da leitura e da escrita é uma condição essencial para qualquer<br />
cidadão e os me<strong>no</strong>s qualifica<strong>do</strong>s são sempre os preteri<strong>do</strong>s numa hora <strong>de</strong><br />
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