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a xilogravura expressiva entre a luz e a sombra, o pessimismo

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ponho à frente da minha razão, refletindo na crença alheia que toma decisões na grande<br />

massa, e influencia diretamente na vida de muitos seguidores de crenças. Aceitei a<br />

solidão e minhas vontades quando fora de qualquer grupo, portanto a vontade se liberta<br />

de qualquer razão.<br />

No momento abdico a qualquer crença para a minha vida, pela falta de clareza<br />

por uma verdade. Percebo a falta de coerência numa verdade imposta, portanto minha<br />

análise gráfica se junta à minha preferência literária e ao ímpio do meu ser. Onde a<br />

solidão se torna visceral para o crescimento humano, pois para mim a reflexão da vida é<br />

a libertação de pensamentos para um conhecimento do homem para o homem.<br />

“Um niilista é um homem que não se curva ante qualquer autoridade; nem aceita<br />

nenhum princípio sem exame, qualquer que seja o respeito que esse princípio<br />

envolva... Aquele que considera tudo de um ponto de vista crítico... O niilista é uma<br />

pessoa que não admite nenhum princípio sem provas.” 2<br />

O escritor Ivan Turgueniev, em seu livro Pais e Filhos relata pela primeira vez a<br />

existência do niilismo. Nietzsche quando fala de grupos de massa e humanidade mostra<br />

uma preferência ao estado niilista. Se niilismo é a negação a todo grupo, eu também<br />

nego a associação a qualquer grupo. Essa solidão presente no homem pode vir a ser de<br />

total veemência quando enfatizada a reflexão de uma existência. Kirchner retrata a<br />

vaidade e a condição do homem e seus valores insignificantes. Assim como as minhas<br />

indagações na <strong>xilogravura</strong>, ao me por numa crítica à falta da reflexão do homem quando<br />

faz parte de um grupo.<br />

Esse niilismo do qual falo, está presente em meu trabalho gráfico de 2011. Ou<br />

seja, só se pode estar num grupo quando se tem os requisitos exigidos por tal grupo. Ao<br />

ser diferente do grupo, existe a motivação para que haja a recriminação do sujeito fora<br />

do grupo pelo grupo. Falo de niilismo, na medida em que desenvolvo a imagem gráfica.<br />

A ininterrupção da devastação dos valores são expressados na <strong>xilogravura</strong>, já como a<br />

representação da solidão do homem. Uma construção de novas e imprevisíveis<br />

interpretações de valores. Não poderia existir, um demolir para depois reconstruir, pois<br />

viria antes a ser uma aniquilação para uma reconstrução total do ser humano. Que se<br />

fazem simultâneos, sobre o qual a repetição e a diferença, a satisfação e a insatisfação,<br />

2 TURGUENIEV, Ivan. Pais e filhos. São Paulo: Cosac & Naify, 1860. p.168<br />

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