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a xilogravura expressiva entre a luz e a sombra, o pessimismo

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conformidade com o principio da razão, cessa de conhecer nas coisas só os motivos<br />

de sua vontade”. 6<br />

Kirchner, 1906. Xilogravura.<br />

Nos corpos inconfundíveis das mulheres nuas de Kirchner ou até nos seus<br />

retratos gravados distorcidamente, como se o tempo jamais parasse, existe uma força<br />

que ali habita. Essa força que cito, a partir da imagem acima, onde a figura gravada tem<br />

seu contraste fortíssimo em preto e branco. Nessa imagem em especial observo sua<br />

insistência na vaidade enquanto mulher, quando a figura representada olha fixamente no<br />

espelho que se encontra ao lado direito, no lado esquerdo a mão põe-se a ajeitar o<br />

cabelo para melhor aparência. Ou seja, a aceitação social se torna de maior acuidade ao<br />

invés do crescimento intelectual, o autoconhecimento é vetado. Vejo essa imagem como<br />

patética, pois o engano da personagem em lidar com um estereótipo quando se propõem<br />

em seguir uma tendência, se limita a uma condição de mulher em ter o corpo belo e<br />

limitações de pensamento.<br />

Na segunda metade do século XIX, o mundo vivia seu ápice de acontecimentos<br />

de crescimento monetário e tecnológico, onde o homem se colocou num pedestal e se<br />

6 SCHOPENHAUER, Arthur. Metafiísica do belo. São Paulo: editora unes, 2001. p.45<br />

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