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a xilogravura expressiva entre a luz e a sombra, o pessimismo

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inutilizada. Uma nova série de gravuras nasce desse sentimento de encontro, onde esse<br />

encontro se torna um olhar para dentro. Esse olhar propõe sentimentos de felicidade,<br />

mas às vezes de pura tristeza. Essa ambiguidade de sentir diferentes níveis de<br />

sentimento revela a fraqueza que é o existencial.<br />

“Preferiria ser o último dos homens com sonhos e o desejo de realizá-los, do que o<br />

primeiro, sem sonhos nem desejos” 16<br />

Quando Gibran se coloca nesta afirmação citada no trecho acima, ela serve<br />

como definição do criador que cria a partir das suas necessidades e o criador que cria<br />

para inovar. Ou seja, essa citação se torna uma verdade onde meus desejos e minha<br />

vontade estão em criar, porém a inovação não se torna algo de essência primordial.<br />

Portanto hoje quando me coloco em frente à madeira com a intenção de feri-la, a<br />

mim só existe uma razão de eu estar ali com meus instrumentos e minha vontade,<br />

chamada de necessidade existencial, assim a procura do meu existir. E desta forma essa<br />

vontade criadora, se torna essa vontade e esse meio que é a <strong>xilogravura</strong>, uma escolha,<br />

por se tratar da maneira que eu encontrei para expressar minha interioridade<br />

sentimental.<br />

Diego Fonseca. Fatia doce da vida, 2012. Xilogravura.<br />

16 GIBRAN, Kahlil, Areia e Espema, editora Círculo do Livro, 1958, p.108<br />

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