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a xilogravura expressiva entre a luz e a sombra, o pessimismo

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ase para dizer que a religião e a política, se mostram por meio de máscaras, as quais<br />

escondem uma realidade inquietante e ameaçadora para os homens do período citado.<br />

Cuja ideia do futuro é difícil de suportar, na qual os limites e imposições de uma razão,<br />

que proíbem a vida, permanecem estranhos a ela mesma. Onde as semelhanças de<br />

dissimulações confundem o homem e fazem-no ser dominado. E o ser pode e deve<br />

libertar-se de uma razão controlada e produzida.<br />

Esse preconceber que coloco se dá em um condicionamento que o homem se<br />

inclui para viver em sociedade, às vezes tornando-se um ser diferente do que poderia<br />

ser, enquanto condicionado à prisão da razão manipulada.<br />

Mas para Kant, no livro Crítica da razão pura, em que a razão que se<br />

movimenta, no seu ambiente e seus limites faz o homem compreender-se a si mesmo e o<br />

dispõe para a libertação do pensamento. No entanto Nietzsche trata de uma libertação<br />

escravizada pela razão, ou seja, essa razão trás os deveres coletivos. Sendo assim, o<br />

homem se detém a ser ele mesmo, ao ter deveres que o fazem homem. Pois seria uma<br />

razão produzida doutro ser, um dominador, que cria a opressão encarcerando a vida.<br />

A melhor forma para definir o <strong>pessimismo</strong> tratado na minha pesquisa seria<br />

proferir poemas como “L’Albatros (O Albatroz)”, “Une Charogne (Uma Carniça)”, “A<br />

Une Passante (A Uma Passante)” ou “L’Âme Du Vin (A Alma do Vinho)” do livro<br />

“Flores do Mal” de Baudelaire. Pois ele consegue atingir o mais obscuro sentimento do<br />

<strong>pessimismo</strong> diante da vida. Esses poemas escritos em forma descritiva e interpretativa<br />

são subjetivos e indiretos. Entretanto a imagem que os poemas trazem, é possível ver o<br />

homem de frente a um espelho, e o grande vazio que constrói nos passos da razão<br />

escravizada.<br />

O poema O Albatroz, por exemplo, trás para mim um referencial muito grande,<br />

por se tratar de uma comparação da ave marítima o Albatroz com a imagem do poeta.<br />

Esse comparativo se dá quando Baudelaire descreve a ave como o rei dos céus pelas<br />

suas grandes asas e voo de grande nobreza. Além de por o comparativo quando o<br />

Albatroz esta no cais, andando de maneira tosca, como o poeta em meio aos homens.<br />

No poema a ave é motivo de risos por pescadores, pela sua estranheza no<br />

caminhar, diferente de quando está nos seus vôos grandiosos. E o autor decorre, o<br />

personagem secundário o poeta como um ser igualitário ao Albatroz, que se torna<br />

majestoso nos céus. Assim a comparação com o poeta, se dá quando esta <strong>entre</strong> os<br />

homens e se torna motivo de risos por não ter outra função senão as palavras. Quando<br />

para a época outras atividades voltadas para a força do homem, seriam consideradas<br />

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