a xilogravura expressiva entre a luz e a sombra, o pessimismo
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no gozar e no querer-mais, tornando a vida nova, fazendo-a nascer do zero impossível.<br />
Em tornar a ser possível uma nova compreensão de valores, que tornariam o homem um<br />
ser superior, mas igualitário ao seu próximo, sem a mesquinhez da superioridade de<br />
poder, viria a ser o ser solitário.<br />
“Um passo a mais será ainda necessário na medida em que, para Nietzsche, o<br />
que realmente subjaz à criação e à destruição dos valores são as forças e as<br />
relações de forças que não cessam de se superar, de se recriar, de se repetir,<br />
de se renovar, de se excluir e de se incluir numa dinâmica recíproca que<br />
permeia, invade, domina e determina toda a realidade, todo o existir, todo o<br />
ser.” 3<br />
Tento mostrar nas imagens das <strong>xilogravura</strong>s a razão do ser quando está só. Pois<br />
esta razão se torna contra as prisões emocionais. Toma as rédeas da vida humana. E faz<br />
com que os seguidores desses grupos de comunicação dêem a própria vida para estar<br />
nesses grupo. Eu acredito que seria uma grande perda para o desenvolvimento do<br />
próprio ser humano, ou seja, os grupos oprimem o desenvolvimento do homem, e os<br />
fazem acreditar que a <strong>entre</strong>ga da identidade, seria para uma iniciação para uma<br />
sociedade superior. Portanto a crítica que estabeleço é por esse atraso que acredito ser,<br />
pela <strong>entre</strong>ga, levada ao extremo de uma doutrina que pode arrastar o homem para o<br />
caminho da decadência humana, ele é condicionado a uma virtude que talvez nem seja a<br />
que é desejada. Desta forma limitando o pensamento do sujeito, deixando-o com<br />
amarras no seu direito de reflexão sobre a vida.<br />
Ao tratar dos grupos de comunicação nesta pesquisa, quero que a minha crítica<br />
se permeie nos sentimentos de solidão, ou seja, a vida se torna mais digna quando<br />
refletida nos seus significados e a procura do eu interior se torne fundamental para a<br />
existência coletiva. Essas respostas não se tornariam de importância vital, mas uma<br />
mera reflexão da existência, sem que a dedicação a um grupo oprima as vontades<br />
estabelecidas pelo ser.<br />
O exemplo que coloco de Nietzsche, no trecho citado no parágrafo abaixo do<br />
livro Assim falou Zaratustra, meu apoio se dá quando critico esse medo da solidão hoje.<br />
O filósofo coloca o personagem leão como um homem comum, e o dragão como sendo<br />
um Deus que exige ser venerado. Um Deus que acredita ter criado todos os valores, e<br />
exige uma veneração pelos seus feitos, sendo assim, o leão (o homem) pode ter deveres,<br />
3 ALMEIDA, Rogério - http://revistacult.uol.com.br/ (Nietzsche e a religião) - 02/08/2012<br />
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