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elas por elas- agosto 2009_Elas por elas revista - ive minas

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várias pessoas. Atualmente, a sede da entidade,<br />

cedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, fica no<br />

Bairro Santa Tereza, em uma casa velha e precária<br />

que é dividida com outros movimentos populares.<br />

Em depoimento ao jornal Fêmea (n. 143/2005),<br />

do Centro Feminista de Estudos e Assessoria<br />

(Cfêmea), a presidente da Federação Nacional das<br />

Tra balhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza<br />

Maria Ol<strong>ive</strong>ira, definiu bem o desafio da profissão de<br />

do méstica e o que está no pano de fundo da socie -<br />

da de em relação a esse trabalho. “Mudar a menta -<br />

lidade da sociedade não é brincadeira, existe ainda<br />

muito machismo, racismo e visão capitalista e é<br />

assim que olham para o trabalho doméstico. Racis -<br />

mo <strong>por</strong>que ainda acham que só a mulher negra deve<br />

fazer esse trabalho; machista, pois pensam que só<br />

mulher pode fazer trabalho doméstico. Hoje isso já<br />

mudou muito, mas os próprios homens ainda são<br />

julgados de forma preconceituosa e como se fossem<br />

afeminados; e capitalista, <strong>por</strong>que o trabalho domés -<br />

tico não gera lucro para o patrão e assim não é<br />

considerado trabalho”. f<br />

Ilustrações de Miguel Paiva<br />

Cartilha Direitos das Mulheres - Empregada Doméstica - IDAC - 1986<br />

[ Mulher e sindicalismo ]<br />

Principais lutas do<br />

movimento das domésticas<br />

1936 - Fundação da Associação Profissional<br />

das Empr egadas Domésticas da<br />

cidade de Santos (SP) <strong>por</strong> Laudelina de<br />

Campos Melo. A categoria se organiza para<br />

ex<strong>por</strong> as maz<strong>elas</strong> de uma vida pri vada do<br />

mundo político.<br />

1950 - O grupo se fortalece a partir da<br />

relação com o Teatro Experimental do<br />

Negro e com a Juventude Operária Católica<br />

(JOC). Esta última foi fundamental par a<br />

que fossem criadas associações em m unicípios<br />

de diferentes regiões: Recife, João<br />

Pessoa, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de<br />

Janeiro, Piracicaba, São Paulo etc.<br />

1968 - A classe começa a or ganizar<br />

congressos nacionais, a cada quatro anos,<br />

nos quais se sobr essaem algumas militantes:<br />

Laudelina de Campos Melo, Lenira<br />

Carvalho, do Recife; Maria Odete Conceição<br />

e Anazir de Ol<strong>ive</strong>ira (Zica), do Rio de<br />

Janeiro; Eva Cardoso, do Rio Grande do Sul;<br />

entre outras.<br />

1988 - Com os ares da redemocratização,<br />

em 1980, elaboram uma pauta de direitos<br />

par a a Constituinte e apr esentam<br />

suas propostas em d<strong>ive</strong>rsas campanhas e<br />

viagens a Br asília (DF). É também nessa<br />

época que, além de incor<strong>por</strong> ar uma luta<br />

<strong>por</strong> direitos trabalhistas, envolvem-se com<br />

a agenda política do mo vimento negro e<br />

das feministas. Nesta fase do mo vimento<br />

político das tr abalhadoras domésticas,<br />

destacam-se Ana Semião, do sindicato de<br />

Campinas, e Creuza Maria de Oli veira, do<br />

sindicato de Salvador.<br />

1997 - criada a Federação Nacional das<br />

Trabalhadoras Domésticas. No governo de<br />

Luiz Inácio Lula da Silv a, as trabalhadoras<br />

domésticas são con vidadas a inte grar o<br />

Conselho Nacional de Pr omoção da Igualdade<br />

Racial. Em 2005, o Ministério do Trabalho<br />

lançou o programa Trabalho Doméstico<br />

Cidadão, voltado à qualificação social e<br />

profissional da categoria.<br />

Fonte: UnB<br />

14 ELAS POR ELAS - AGOSTO DE <strong>2009</strong>

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