danilo moulin sales correlação interobservador ... - (DDI) - UNIFESP
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experimental quanto humana. Em um estudo experimental com camundongos<br />
observou-se que os ductos biliares apresentavam resposta proliferativa, após a<br />
infecção esquistossomótica, desde sua fase precoce de infestação. Advertiu-se, ainda,<br />
que essa proliferação ductal não tinha desenvolvido regressão, mesmo dez semanas<br />
após o tratamento antiparasitário específico. Isso é um contraponto em relação a outras<br />
patologias biliares que cursam com hiperplasia ductal. Usualmente, há regressão após<br />
a eliminação do fator etiológico determinante. (42) Citamos como exemplo disso a cirrose<br />
biliar secundária à ligadura do ducto biliar principal em ratos, em que se nota regressão<br />
quase completa da fibrose e da hiperplasia ductal depois do restabelecimento da<br />
drenagem biliar. (43-45) Torna-se uma possível explicação para isso o fato de que,<br />
mesmo após o tratamento antiparasitário da esquistossomose mansoni, a persistência<br />
de vermes mortos em desintegração possa servir de estímulo inflamatório para a<br />
manutenção do processo.<br />
Em um estudo realizado em humanos portadores de esquistossomose<br />
mansoni, Vianna et al. acharam alterações indicadoras de lesão nos ductos biliares<br />
como fibrose periductal, hiperplasia de epitélio ductal, degeneração ductal e<br />
proliferação ductular marginal. Descobriram <strong>correlação</strong> entre a presença das variáveis<br />
“degeneração ductal” e “proliferação ductular” e a presença do parasita no<br />
hospedeiro. (46) Esses autores descreveram ainda sinais de aumento da secreção<br />
mucinosa nos ductos biliares, o que seria interpretado, inicialmente, como uma<br />
característica secundária à hiperplasia ductal.<br />
Dessa forma, os ductos biliares mostram uma resposta proliferativa diante das<br />
alterações inflamatórias circunvizinhas determinadas pelo S. mansoni nos espaços<br />
porta. Apesar dessas alterações serem bem evidentes histopatologicamente, elas<br />
ainda não têm significado funcional ou prognóstico conhecido. (42)<br />
Quanto às alterações morfológicas macroscópicas das vias biliares de<br />
pacientes esquistossomóticos, visualizadas por métodos de imagem, podemos<br />
mencionar a distorção ductal, as impressões nodulares, as irregularidades e as<br />
estenoses. (28)<br />
Diante do que já foi exposto, fundamentado pelas alterações morfológicas das<br />
vias biliarese e ainda validado pelas modificações enzimáticas frequentes nos<br />
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