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<strong>Leitura</strong> e<br />
<strong>Produção</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Texto</strong><br />
8<br />
dita. A primeira refere-se ao reconhecimento dos símbolos do código escrito<br />
e posterior construção <strong>de</strong>le, oralmente, a segunda é “a opção <strong>de</strong> traduzir<br />
oralmente o que já foi compreendido na leitura”(Foucambert, 1994).<br />
Finalmente, a leitura é atribuição <strong>de</strong> sentido ao texto escrito,<br />
usando as informações visuais e as informações prévias do leitor;<br />
envolve um leitor ativo que processa e examina o texto, guiado por um<br />
objetivo. Vale ressaltar que a interpretação do texto variará <strong>de</strong> acordo<br />
com o objetivo do leitor. O sentido do texto não é uma tradução do<br />
leitor ao sentido que o autor quis dar a ele, portanto torna-se <strong>de</strong>scabida<br />
a pergunta: ‘o que o autor quis dizer?’, tão recorrente nos exercícios<br />
escolares <strong>de</strong> interpretação, pois a aventura da construção do sentido<br />
do texto <strong>de</strong>senvolvido pelo leitor envolve o texto per si, os conhecimentos<br />
prévios do leitor e seus objetivos.<br />
‘Esse negócio <strong>de</strong> criança ler por conta própria é muito recente na história do mundo,<br />
afirma Ziraldo (2001).Sabemos que a formação do leitor <strong>de</strong> forma voluntária é um fenômeno<br />
recente em nossa socieda<strong>de</strong>, as crianças se tornam leitoras <strong>de</strong>vido ao estímulo dos pais,<br />
professores, curiosida<strong>de</strong> ou vocação. Desta forma, se nós professores não formos leitores<br />
vorazes como po<strong>de</strong>mos estimular a criança a buscar o prazer através da leitura?<br />
O O O que que dizem dizem os os teóricos?<br />
teóricos?<br />
Para Negamine (2001),<br />
o ato <strong>de</strong> ler é um processo abrangente e complexo; é um processo <strong>de</strong> compreensão,<br />
<strong>de</strong> intelecção <strong>de</strong> mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a<br />
sua capacida<strong>de</strong> simbólica e <strong>de</strong> interação com o outro pela mediação da palavra.<br />
Para Paulo Freire (1981),<br />
o ato <strong>de</strong> ler não se esgota na <strong>de</strong>codificação pura da palavra escrita ou da linguagem<br />
escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo prece<strong>de</strong><br />
a leitura da palavra, daí que a posterior leitura <strong>de</strong>sta não possa prescindir da continuida<strong>de</strong><br />
da leitura daquele.<br />
Para Marisa Lajolo (2001),<br />
Ninguém nasce sabendo ler: apren<strong>de</strong>-se a ler à medida que se vive. Se ler livros<br />
geralmente se apren<strong>de</strong> nos bancos da escola, outras leituras se apren<strong>de</strong>m por aí, na<br />
chamada escola da vida...<br />
Para Isabel Sole (1998),<br />
a leitura é um processo <strong>de</strong> interação entre o leitor e o texto; neste processo tenta-se<br />
satisfazer [obter uma informação pertinente para] os objetivos que guiam sua leitura.