Edição completa - Revista de Ciências Sociais
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CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UFC:<br />
MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO DE MONOGRAFIAS<br />
(1978-2008)<br />
Instalado em 1968, o curso <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong><br />
da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC) diplomou<br />
a sua primeira turma <strong>de</strong> Graduação em 1971, na<br />
modalida<strong>de</strong> licenciatura. Posteriormente, foram introduzidas<br />
no currículo do curso outras disciplinas –<br />
entre as quais, o Estágio <strong>de</strong> Pesquisa e a Monografi a –,<br />
criando-se, <strong>de</strong>sse modo, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o estudante<br />
optar pelo bacharelado. Assim, somente em 1978<br />
ocorreu a primeira <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> monografi a, exigência<br />
parcial para o diploma nesta segunda modalida<strong>de</strong> 1 .<br />
Neste ano <strong>de</strong> 2008, ocasião em que celebramos<br />
os quarenta anos <strong>de</strong> implantação do referido curso,<br />
<strong>de</strong>cidimos fazer um levantamento <strong>de</strong> todas as monografi<br />
as <strong>de</strong>fendidas nas três últimas décadas e publicar<br />
os resultados na <strong>Revista</strong> <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong> <strong>de</strong>ste<br />
Departamento 2 .<br />
Na realização <strong>de</strong>ste trabalho, enfrentei algumas<br />
difi culda<strong>de</strong>s. A primeira <strong>de</strong>las 3 diz respeito ao<br />
próprio acervo. Refi ro-me ao fato <strong>de</strong> não haver, em<br />
nenhuma instância acadêmica ou administrativa, do<br />
Curso ou do Departamento <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong>, um<br />
arquivo do conjunto das monografi as <strong>de</strong>fendidas.<br />
Ou seja, não existe um local que reúna todos os trabalhos<br />
<strong>de</strong> conclusão da Graduação, na modalida<strong>de</strong><br />
“bacharelado” 4 , <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua implantação na UFC até<br />
a presente data.<br />
Uma outra difi culda<strong>de</strong> por mim enfrentada diz<br />
respeito aos registros, nas formas <strong>de</strong>: portaria e ata.<br />
A primeira se constitui no documento que anuncia,<br />
previamente, o que “vai acontecer”, isto é, a <strong>de</strong>fesa;<br />
informando, assim, ao público: título, autoria, composição<br />
da banca examinadora, data, horário e local<br />
<strong>de</strong>sse ritual. A segunda, como se sabe, registra o que,<br />
efetivamente, ocorreu.<br />
No que concerne a estas duas fontes, também<br />
constatei <strong>de</strong>terminadas lacunas e imprecisões que<br />
* Professora da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará<br />
40<br />
ANOS<br />
Curso <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong> - UFC<br />
SULAMITA VIEIRA*<br />
tornam mais difícil a tarefa <strong>de</strong> catalogar os trabalhos<br />
produzidos. Em primeiro lugar, alguns <strong>de</strong>sses documentos<br />
não foram localizados nos arquivos institucionais.<br />
Em segundo lugar, aqui e ali, me <strong>de</strong>parei com<br />
certos <strong>de</strong>sencontros <strong>de</strong> informações, entre estas duas<br />
fontes 5 . A propósito, vale dizer que, se para alguns,<br />
portarias e atas não passam <strong>de</strong> “formalida<strong>de</strong>s burocráticas”,<br />
quem sabe até dispensáveis, na prática, tais<br />
documentos <strong>de</strong>veriam se constituir, rigorosamente,<br />
registro da memória. No caso da ata, em particular,<br />
trata-se do registro <strong>de</strong> um rito <strong>de</strong> passagem, aspecto<br />
em relação ao qual é impensável qualquer atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>satenção da parte <strong>de</strong> quem estuda ciências sociais.<br />
De fato, se tratados com zelo e responsabilida<strong>de</strong> acadêmico-administrativa,<br />
tais documentos po<strong>de</strong>riam<br />
funcionar, <strong>de</strong>ntre outros, como fontes para uma análise<br />
histórica da trajetória do Curso, que preten<strong>de</strong>sse<br />
focalizar, por exemplo, aspectos alusivos a temáticas<br />
estudadas, abordagens teóricas ou caminhos metodológicos<br />
seguidos.<br />
Concebo este tipo <strong>de</strong> comentário, da minha<br />
parte, como uma forma <strong>de</strong> esclarecimento acerca <strong>de</strong><br />
possíveis lacunas no conjunto das informações aqui<br />
apresentadas e, também, como uma espécie <strong>de</strong> crítica<br />
ou autocrítica e advertência, em relação aos muitos<br />
trabalhos que continuarão a ser produzidos neste<br />
curso ou sobre ele.<br />
No que pese a existência <strong>de</strong> tais difi culda<strong>de</strong>s,<br />
<strong>de</strong>cidi enfrentar esta espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>safi o: reunir em<br />
um documento dados sobre as monografi as <strong>de</strong> bacharelado<br />
<strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong>, na UFC, elaboradas<br />
entre 1978 e 2008, i<strong>de</strong>ntifi cando, em cada um <strong>de</strong>sses<br />
trabalhos: autoria, orientação, banca examinadora e<br />
data <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa 6 . Portanto, o conteúdo do quadro que<br />
se segue tem o propósito <strong>de</strong> contribuir para a preservação<br />
<strong>de</strong> uma memória.<br />
VIEIRA, S. Curso <strong>de</strong> <strong>Ciências</strong> <strong>Sociais</strong> da UFC... p. 81 - 105<br />
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