Manual do Comitê Transfusional - Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Prevenção: Alguns pacientes que apresentam reações febrís terão reações similares em<br />
transfusões subseqüentes. Muitas são prevenidas com a leucorredução <strong>do</strong><br />
hemocomponente.<br />
VII-2-2- Reações Urticariformes (Alérgicas)<br />
Causa: Ocorrem em aproximadamente 1 % <strong>do</strong>s receptores e são causadas por proteínas<br />
plasmáticas. Em raras ocasiões podem estar associadas com edema de laringe e<br />
broncoespasmo.<br />
Conduta: Se a urticária ocorrer isoladamente (sem febre ou outros sinais), interromper a<br />
transfusão temporariamente. Se os sintomas forem leves, administrar um anti-histamínico<br />
(ex: difenidramina 25 a 50 mg) e reiniciar a transfusão se houver melhora, respeitan<strong>do</strong> o<br />
tempo estipula<strong>do</strong> para a infusão. Se o paciente desenvolver urticária extensa ou eritema<br />
cutâneo extenso durante a transfusão, administrar corticóide. É prudente que a transfusão<br />
seja encerrada.<br />
Investigação: No caso de reação urticariforme leve, sem outros sinais ou sintomas, não é<br />
necessário submeter os hemocomponentes à investigação pelo médico <strong>do</strong> Serviço de<br />
Hemoterapia. Geralmente é possível reiniciar a transfusão. Tal decisão deve ser tomada<br />
pelo médico responsável.<br />
Prevenção: Pacientes com freqüentes reações urticariformes podem responder bem à<br />
administração de anti-histamínicos meia hora antes da transfusão. Se as reações são<br />
recorrentes e especialmente graves, a transfusão de hemácias lavadas pode ser útil.<br />
VII-2-3-Reações Alérgicas Graves (Anafiláticas)<br />
Podem se iniciar após a infusão de poucos mililitros de sangue, com sintomas que são<br />
suaves no início, mas que podem evoluir para perda progressiva de consciência, choque e,<br />
em raros casos, morte.<br />
As reações anafiláticas (mediadas por IgE) e anafilactóides (não mediadas por IgE)<br />
têm sinais de instabilidade cardiovascular, incluin<strong>do</strong> hipotensão, taquicardia, perda de<br />
consciência, arritmia, choque e parada cardíaca. Algumas vezes, há envolvimento<br />
respiratório, com dispnéia, estri<strong>do</strong>r, tosse e broncoespasmo. Pode haver também<br />
envolvimento cutâneo, com eritema generaliza<strong>do</strong> e urticária.<br />
Causa: Pacientes com deficiência congênita de IgA, quan<strong>do</strong> possuem anticorpos anti- IgA,<br />
podem apresentar essas reações.<br />
Conduta: Parar a transfusão imediatamente. Pode ser necessário realizar cuida<strong>do</strong>s<br />
intensivos, incluin<strong>do</strong> suporte respiratório (oxigenioterapia, entubação orotraqueal). Pode ser<br />
indica<strong>do</strong> o uso de Epinefrina. Usualmente 0,3 a 0,5 ml de solução 1: 1000 s.c.ou i.m., ou<br />
i.v. lento em casos de maior gravidade. A transfusão não deve ser reiniciada sob nenhuma<br />
circunstância.<br />
Investigação: Dosar IgA e anticorpos anti-IgA no paciente<br />
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