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Velhos hábitos<br />
Capítulo 9, item 10<br />
“... O corpo não dá cólera àquele que não a tem, como não dá os outros vícios; todas as<br />
virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito; sem isso, onde estariam o mérito e a<br />
responsabilidade?...”<br />
(Capítulo 9, item 10.)<br />
Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências<br />
vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle de outras ou<br />
de determinadas coisas.<br />
Portanto, deve ser considerado como vício não apenas o consumo de tóxicos e<br />
de outros produtos de origem natural ou sintética. O conceito é mais amplo.<br />
Analisando-o em profundidade, podemos interpretá-lo como atitude mental que<br />
nos leva compulsoriamente à subjugação a pessoas e situações.<br />
Muitos de nós aprendemos a ser dependentes desde cedo, dirigidos por adultos<br />
superprotetores que nos imprimiram ―clichês psíquicos‖ de repressão, que se<br />
refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós e que não nos<br />
deixam desenvolver o ―senso de autonomia‖ e de independência. Outros trazem<br />
enraizadas experiências em que lhes foi negada a possibilidade de exercer a<br />
capacidade de seleção de amigos e parceiros afetivos, em virtude da intervenção de<br />
adultos prepotentes. Essa nociva interferência torna-os mais tarde indivíduos de<br />
caráter oscilante, indecisos, assustados e inseguros. Outros ainda, por terem sofrido<br />
experiências conflitantes em outras encarnações, em contato com criaturas de-<br />
sequilibradas e em clima de inconstância e desarmonia, são predispostos a renascer<br />
hoje com maior identificação com a instabilidade emocional.