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O amor que tenho é o que dou<br />
Capítulo 11, item 8<br />
“... No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem<br />
sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor,<br />
não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior...”<br />
(Capítulo 11, item 8.)<br />
Somente se dá aquilo que se possui. Como, pois, exigir amor de alguém que<br />
ainda não sabe amar?<br />
Como requisitar respeito e consideração de criaturas que não atingiram o<br />
ponto delicado do sentimento que é o amor?<br />
Quem dá afeto recolhe a felicidade de ver multiplicado aquilo que deu, mas<br />
somente damos de conformidade com aquilo de que podemos dispor no ato da<br />
doação.<br />
Há diversidades de evolução no planeta. Homens mal saídos da primitividade<br />
campeiam na sociedade moderna, ensaiando os primeiros passos do instinto natural<br />
para a sensibilidade amorosa.<br />
Eis aqui uma breve relação de sintomas comportamentais que aparecem nas<br />
criaturas, confundindo o amor que liberta e deseja o bem da outra pessoa com a<br />
atração egoísta que toma posse e simplesmente deseja:<br />
— Há indivíduos que, para conquistar os outros e convencê-los de suas<br />
habilidades e valores, contam vantagens, persuadindo também a si mesmo, pois<br />
acreditam que para amar é preciso apresentar credenciais e louros, satisfazendo<br />
assim as expectativas daqueles que podem aceitá-lo ou recusá-lo.<br />
— Há criaturas que tentam amar comprando pessoas, omitindo e negando