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cer-lhes um ―material adequado‖, para que essas manifestações possam ocorrer<br />
plenamente, sem dissabores ou demais prejuízos.<br />
Desse modo, ―amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição<br />
que não está na Natureza‖. 41 Nossas emoções são energias que obedecem às leis<br />
naturais da vida, são previstas nos estatutos da ―Lei de destruição‖ e da ―Lei de<br />
conservação‖, e agem mecanicamente, pois são disparadas ao detectarmos nossos<br />
adversários.<br />
Não obstante, ―o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira<br />
bem diferente do de um amigo‖, 42 quer dizer, a emoção energética da raiva ativa a<br />
glândula supra-renal, que libera a adrenalina no sangue. O coração acelera, a<br />
pressão arterial sobe, a respiração se intensifica, os músculos se contraem; daí<br />
sentirmos essa sensação estranha e incômoda.<br />
Em síntese, ―amar‖ os inimigos ou adversários, na interpretação do ensino<br />
de Jesus Cristo, não é nutrir por eles ódio ou qualquer propósito de vingança, nem<br />
mesmo desejar-lhes mal algum.<br />
Acima de tudo, o Mestre queria dizer que nossas emoções inatas de raiva,<br />
em nosso atual contexto evolutivo, não querem, em verdade, destruir nada do que<br />
está ―fora de nós‖, como se fazia nos primórdios da evolução. Ao contrário, elas<br />
querem nos defender, destruindo conceitos, atitudes e pensamentos ―dentro de<br />
nós‖, os quais nos tornam suscetíveis e vulneráveis ao mundo e, conseqüen-<br />
temente, nos fazem ser atacados, machucados e ofendidos.<br />
41 O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 12º, item 3.<br />
42 O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 12º, item 3.