18.04.2013 Views

a leitura do texto literário ea busca da identidade: leitores na ... - UEM

a leitura do texto literário ea busca da identidade: leitores na ... - UEM

a leitura do texto literário ea busca da identidade: leitores na ... - UEM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ain<strong>da</strong>:<br />

To<strong>do</strong>s tratam <strong>do</strong> sentimento, de uma forma diferente, é ver<strong>da</strong>de, mas<br />

não foge <strong>do</strong> enfoque, o amor, sau<strong>da</strong>de, solidão, tristeza e alegria.<br />

(P.A.H.J)<br />

Os <strong>texto</strong>s de Vinícius de Moraes, são sem dúvi<strong>da</strong> alguma, umas<br />

ver<strong>da</strong>deiras obras de arte. (...)<br />

Levan<strong>do</strong> em consideração minha ignorância no assunto, eu a<strong>do</strong>rei<br />

to<strong>do</strong>s os <strong>texto</strong>s (...) me identifiquei com um só <strong>texto</strong>; “Eu”, de<br />

Florbela Espanca, o motivo é simples e único, retrata minha situação<br />

desde que recluso encontro-me. (P.A.H.J)<br />

Apesar de ter percebi<strong>do</strong> essas nuances entre os poemas, o leitor não cita<br />

exemplos retira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> próprio <strong>texto</strong> e, ao fi<strong>na</strong>lizar, confirmamos que o autor <strong>do</strong> excerto<br />

anterior ape<strong>na</strong>s deslocou o <strong>texto</strong>; o cenário ficcio<strong>na</strong>l foi ofusca<strong>do</strong> por ter si<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong><br />

pela presença única <strong>do</strong> leitor que, dessa forma, não condensa suas idéias, ou seja, não<br />

r<strong>ea</strong>liza a transposição <strong>da</strong> exposição à reflexão, reconheci<strong>da</strong> através <strong>do</strong> significa<strong>do</strong><br />

articula<strong>do</strong>.<br />

Nessa ofici<strong>na</strong>, foram trabalha<strong>do</strong>s <strong>texto</strong>s <strong>do</strong>s gêneros <strong>na</strong>rrativo, poético e <strong>texto</strong>s<br />

não-verbais, to<strong>do</strong>s com grau de dificul<strong>da</strong>de diferentes: ora tínhamos poemas ou<br />

<strong>na</strong>rrativas complexas ora outros mais simples. Isso gerou uma certa dificul<strong>da</strong>de quanto<br />

ao trabalho, pois exigia muito conhecimento prévio e a maioria <strong>do</strong>s participantes não<br />

teve a oportuni<strong>da</strong>de de estu<strong>da</strong>r por muito tempo em escola regular. Disto deriva, muitas<br />

vezes, a própria dificul<strong>da</strong>de de escrever de maneira clara, interferin<strong>do</strong> <strong>na</strong> exposição <strong>da</strong><br />

<strong>leitura</strong> deles.<br />

Apesar <strong>do</strong> fato de que quase to<strong>do</strong>s os detentos não chegaram à constituição<br />

coletiva <strong>do</strong> significa<strong>do</strong>, encontramos um aluno que o fez, r<strong>ea</strong>lizan<strong>do</strong> o processo de<br />

condensação e mo<strong>do</strong>s secundários de ler:<br />

Len<strong>do</strong> pude ver como é bom ter disconfiança com quem se<br />

relacio<strong>na</strong>mos, porque aqui Ricar<strong>do</strong>, fes de tu<strong>do</strong> para conquistar,<br />

Raqueu . Ela por ser uma mulher aparentimente romantica de boa<br />

família. Apesar que ela não fala sobre a sua família, ela deu pista de<br />

que tem uma vi<strong>da</strong> razoavelmente bem, pela sua veste delicadeza que<br />

demonstrou (...) (N.P.R)<br />

Mas ao se entraga no tau paceio por um cemitério aban<strong>do</strong><strong>na</strong><strong>do</strong>,<br />

assusta<strong>do</strong>r, foi depositan<strong>do</strong> to<strong>da</strong> sua confiança em Ricar<strong>do</strong>, que fes se<br />

passar por bom moço até conquistar a confiança <strong>da</strong> ingênua Raqueu<br />

que seguin<strong>do</strong> pelo romance que estava para ser r<strong>ea</strong>liza<strong>do</strong>, cem saber o<br />

que r<strong>ea</strong>lmente seria aquele por <strong>do</strong> sol (...) (N.P.R)<br />

O detento além de construir um comentário (“len<strong>do</strong> pude ver como é bom ter<br />

disconfiança”) o comprova com elementos <strong>do</strong> <strong>texto</strong> que mostram, de certa forma, a<br />

posição social de Raquel e as intenções de Ricar<strong>do</strong>, ou seja, foi capaz de seguir as pistas<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelo <strong>texto</strong>. No fi<strong>na</strong>l de seu comentário de <strong>leitura</strong>, acrescenta:<br />

(...) no começo <strong>da</strong> <strong>leitura</strong> , estava emtuziasma<strong>do</strong> com aquela história<br />

romântica que por fim foi se transforman<strong>do</strong> en uma cruel<strong>da</strong>de<br />

210

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!