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A força publicitária das mascotes junto ao público-alvo criança

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consumo, declaravam beber Coca-Cola. O produto custava a emplacar, a despeito dos<br />

altos investimentos em promoção e publicidade, então, implementados. Provavelmente o<br />

problema estava no conteúdo da propaganda, o problema era agravado, por causa de<br />

boatos (não se sabe se disseminada pela concorrência) em torno dos malefícios que o<br />

produto poderia causar <strong>ao</strong> organismo. Essa situação provocou uma reação a partir de<br />

1954, com o slogan "Isto faz um bem", mantido durante 12 anos como carro-chefe <strong>das</strong><br />

campanhas. Nos caminhões distribuidores podia-se ler a frase "Pura e saudável", e na<br />

mídia impressa, a questão da qualidade da água utilizada no processo de fabricação<br />

passou a ser ressaltado. O lançamento da Coca-Cola família em embalagem de 760ml<br />

(1959), o fenômeno do rock'n'roll e da rebeldia da juventude nos anos 60, tornou o<br />

refrigerante quase um símbolo. Superada a questão dos possíveis malefícios à saúde, a<br />

TV induzia a considerar que "tudo vai melhor com Coca Cola" (1966) e que "Coca-Cola<br />

dá mais vida" (1972).<br />

Percebe-se que há uma vinculação do produto <strong>ao</strong>s padrões comportamentais e<br />

uma indução para um estilo de vida. Quanto <strong>ao</strong> conteúdo, o discurso lança mão de uma<br />

série de artifícios de persuasão, quase todos psicológicos, tais como, afagar o ego do seu<br />

<strong>público</strong>, envolvê-lo emocionalmente, buscar a sua simpatia, fazê-lo identificar-se com o<br />

apelo, fazê-lo crer que sua adesão <strong>ao</strong> apelo o torna superior em status, qualificação, etc.<br />

A evolução do mercado, Brasil - 100 Anos de Propaganda (Revista Virtual, 2001),<br />

desenterra informações da maior importância para se compreender a história do negócio<br />

publicitário no Brasil. Durante a Primeira Guerra Mundial, diz o artigo, o Brasil expandiu<br />

a sua até então tímida indústria nacional, de modo que <strong>ao</strong> fim do conflito o País já<br />

registrava mais de 13.300 empresas. “Os brasileiros fumavam cigarros e charutos<br />

fabricados no Brasil, bebiam as cervejas nacionais, calçavam sapatos produzidos pela<br />

Alpargatas, usavam chapéus e roupas com etiqueta brasileira. A propaganda se<br />

beneficiava do surto nacionalista” (Revista Virtual, 2002). Ainda nessa época surgem as<br />

lojas departamento e a Casa Sloper, que durante muito tempo manteve uma filial no<br />

Recife, inova <strong>ao</strong> divulgar o preço <strong>das</strong> mercadorias nos seus anúncios.<br />

Nos anos 40, a Coca-Cola chegou <strong>ao</strong> Brasil através de um decreto de Getúlio<br />

Vargas, feito na medida, para acolher o então denominado ‘líquido negro’. É o auge <strong>das</strong><br />

multinacionais, agências e anunciantes e a definitiva afirmação da propaganda<br />

americana como modelo.<br />

A década seguinte seria marcada pelo automobilístico, incentivos fiscais e, como<br />

conseqüência, surgimento de agências de publicidade regionais e primeiras empresas<br />

especializa<strong>das</strong> em promoção de ven<strong>das</strong>.<br />

A propaganda brasileira começou a exibir uma certa maturidade por volta da<br />

década de 60, quando o País já figura entre as dez maiores economias do mundo. A<br />

televisão potencializa os investimentos em publicidade e o custo-benefício passa a ser a<br />

palavra de ordem para os investidores.<br />

Nos anos 70, o Brasil já exibia um dos mercados mais vigorosos do mundo. Era a<br />

era do ‘milagre’, que precedia a ‘década perdida’ dos anos 80.<br />

Nos anos 90, houve um reposicionamento do mercado. A indústria tabagista é<br />

praticamente banida da propaganda por lei <strong>ao</strong> passo em que novas tecnologias<br />

transformam-se em grandes anunciantes, a exemplo dos serviços de telefonia. A<br />

globalização é a palavra por excelência e com ela há profun<strong>das</strong> transformações no<br />

mercado publicitário, com o alinhamento de contas, também no Brasil, pelas agências<br />

multinacionais.<br />

Segundo Nicolau (2001, p. 100), propaganda comercial no Brasil é uma adaptação<br />

do que se fazia em outros países, a exemplo do advento do jornalismo, que a partir de<br />

1808, assimilou aquilo que se fazia na Europa, em termos de propaganda impressa.<br />

Com relação à linguagem, no inicio do século XX, a propaganda firma-se pela<br />

criatividade e pelo linguajar mais apurado e persuasivo, imitando o modelo americano<br />

trazido pelas primeiras agências que chegavam <strong>ao</strong> país e muito contribuíam para o<br />

aperfeiçoamento de nosso sistema de propaganda. (NICOLAU, 2001, p.102)<br />

Na maioria <strong>das</strong> vezes, para vender era necessário implantar na mente <strong>das</strong> pessoas<br />

uma idéia sobre o produto, o veículo que invalidou esse conceito de ven<strong>das</strong> foi o rádio<br />

dando origem a novos conceitos sobre publicidade.

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