Sobre Cirurgia das Feridas do Coração e Pericárdio
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Bertapaglio e Lanfranco cuidaram <strong>do</strong><br />
estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sintomas e também as consideravam<br />
mortais.<br />
Foi Benevieni quem, em 1490, primeiro<br />
observou cicatrizes no pericárdio e no ventrículo<br />
esquer<strong>do</strong>. Waller conta o caso dum<br />
homem que foi durante <strong>do</strong>is anos porta<strong>do</strong>r<br />
duma ferida cicatrizada, concluin<strong>do</strong> que as<br />
feri<strong>das</strong> deste órgão não são sempre fatalmente<br />
mortais.<br />
Amb. Paré refere o caso dum individuo<br />
que, feri<strong>do</strong> no coração durante um duelo,<br />
pôde ainda perseguir o adversário durante<br />
umas centenas de metros, expiran<strong>do</strong> depois.<br />
Tulpio, em 1642, notou a importância <strong>do</strong><br />
hemopericàrdio nas feri<strong>das</strong> desta natureza<br />
e atribuiu a morte à sua formação.<br />
Em 1647, Heers, referiu a primeira ferida<br />
cardíaca por arma de fogo. Bartolino, Panaroli,<br />
Zacchia, Bonet, Musitano, etc., falam de<br />
diversos casos de feri<strong>das</strong> <strong>do</strong> coração.<br />
Morgagni atribuía a morte à hemorragia.<br />
Depois de 1648, Riolan, que, no campo<br />
experimental, tinha colhi<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s<br />
de sutura <strong>do</strong> pericárdio, preconiza-a e incita<br />
os cirurgiões a novas tentativas e bem<br />
assim à sua prática.<br />
Várias experiências e observações sobre<br />
os animais se realizaram depois, visan<strong>do</strong><br />
umas simplesmente à demonstração da