Sobre Cirurgia das Feridas do Coração e Pericárdio

More documents

Recommendations

Info

27 indicação de Rehn, vai atingir o pericárdio inflamado e rompe as aderências cardio- -pericárdicas que impediam o bom funcionamento do órgão central. Por outro lado, Poirier, Mauclaire e Tuffier, depois das experiências de Prus, procuram reanimar operados em síncope clorofórmica, servindo-se para isso da massagem do coração. Poirier intervém pela via diafragmática e vai massar ritmicamente o coração em sincope sem abertura prévia do pericárdio. Mauclaire, em 1899, utiliza a via torácica, seccionando primeiramente o pericárdio e fazendo a massagem do coração em síncope. Conforme se depreende de estatísticas recentes, esta intervenção tem dado bons resultados e constitui ainda um último recurso que convém saber empregar. Para os mesmos acidentes intervieram Mills e Coats, que praticaram a paracentèse directa do coração, intervenção esta que não deu resultados favoráveis. Também Giordano e outros experimentaram, pela punção das aurículas, tratar os acidentes consecutivos à entrada de ar nas veias; porém, os resultados colhidos não foram mais favoráveis. Em resumo: A cirurgia cardíaca tem feito progressos muito sensíveis nestes últimos tempos. Foi a
28 guerra que deu a maior prática aos cirurgiões, a quem a necessidade obrigava a operar, postos de parte os receios da perda de reputação, arranjando para estes um variado contingente de feridos deste órgão, de todas as modalidades, que lhes permitiu fixar melhores ideias sobre um assunto cirúrgico, até então do domínio dos mais ousados. Encontram-se em todas as revistas e jornais do tempo da guerra e do post-guerra os mais interessantes relatos de casos de feridas do órgão por projécteis e armas brancas, por compressão do tórax, etc., nas quais a intervenção deu óptimos resultados, continuando os indivíduos nos seus labores anteriores, às vezes bem pesados, com um mínimo de sintomas funcionais. São evidentes os progressos feitos em poucos anos. Para eles têem concorrido os trabalhos das maiores sumidades da cirurgia de todo o mundo, trabalhos feitos, quer no campo experimental, quer no prático, e do maior valor e interesse. Mas, seja-me permitido dizer, é aos cirurgiões italianos, sobretudo aos de Roma, que cabe a maior glória de haver contribuído com o melhor impulso para este progresso.
Page 1 and 2: K EDUARDO FERREIRA N.° 184 Sobre C
Page 3 and 4: Sobre Cirurgia das Feridas do Cora
Page 5 and 6: A Faculdade não responde pelas dou
Page 7 and 8: Á FACULDADE DE MEDICINA DO PORTO A
Page 9 and 10: ÀQUELE AMOR DUM FUTURO DIA p •
Page 11 and 12: NOTA EXPLICATIVA Como todos os que
Page 13 and 14: 19 gasto e dos conhecimentos adquir
Page 15 and 16: 22 mental, durante êle demonstrou-
Page 17 and 18: m resistência dos animais às feri
Page 19: 26 conseguiu, em 1888, reduzir com
Page 23 and 24: 80 nas afecções valvulares e orif
Page 25 and 26: 32 de ferida do coração impunha-s
Page 27 and 28: ETIO-PATOGENIA DAS FERIDAS DO CORA
Page 29 and 30: 37 para opor resistência a um aume
Page 31 and 32: 39 chamar-lhes rupturas indirectas,
Page 33 and 34: 41 O agente vulnerante (faca ou pro
Page 35 and 36: Í3 tèem a forma e dimensões do i
Page 37 and 38: 45 ção no fim do seu curso, deter
Page 39 and 40: 47 produzidos no coração pelo pro
Page 41 and 42: SINAIS DIAGNÓSTICOS PROGNÓSTICO E
Page 43 and 44: 51 em jacto forte e contínuo, que
Page 45 and 46: 53 hemopericárdio compressivo, qua
Page 47 and 48: 55 A evolução mais habitual é aq
Page 49 and 50: 57 A maior frequência das lesões
Page 51 and 52: 59 que o húmus da sua germinação
Page 53 and 54: 61 esquerda dirigindo-se obliquamen
Page 55 and 56: 63 gnóstico; a pericardite ligeira
Page 57 and 58: 65 Assim, nos casos em que a artér
Page 59 and 60: 68 desuso, ao mesmo tempo que a ide
Page 61 and 62: 70 casos; na de Fischer em 26 u /0;
Page 63 and 64: 72 Enfim, quando houver contusão s
Page 65 and 66: IA cedendo com brevidade, abrir uma
Page 67 and 68: 7(5 Para o executar traça-se uma i
Page 69 and 70: 18 Porém, se há dúvidas sobre a
Page 71 and 72:
80 e'sternal, prudentemente, afim d
Page 73 and 74:
82 mem a respiração e as contrac
Page 75 and 76:
84 A asépsia do cirurgião, dos aj
Page 77 and 78:
Como já tive ocasião de dizer, o
Page 79 and 80:
90 — Uma perfuração da parte su
Page 81 and 82:
92 no entanto, sujeita à vigilânc
Page 83 and 84:
9í se notam em toda a extensão e
Page 85 and 86:
m É para admirar a conclusão a qu
Page 87 and 88:
98 Do exame local depreendemos que
Page 89 and 90:
100 ção foi mantida tanto no prin
Page 91 and 92:
102 Autopsie. Quelques consideratio
Page 93:
104 coeur par balle de fusil inculu
show all

Sobre Cirurgia das Feridas do Coração e Pericárdio

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?