“Mulher, grande é a tua fé” - Igreja Metodista de Vila Isabel
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Betuel e <strong>de</strong> seu tio Labão, irmão <strong>de</strong>la. Em sua caminhada, dormindo<br />
num travesseiro <strong>de</strong> pedra, Jacó teve a visão da escada repleta <strong>de</strong><br />
anjos e recebeu <strong>gran<strong>de</strong></strong>s promessas do Senhor. Acordando, pegou a<br />
pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre a<br />
qual <strong>de</strong>rramou azeite. Ao lugar on<strong>de</strong> essas coisas aconteceram, que<br />
outrora se chamava Luz, ele <strong>de</strong>u o nome <strong>de</strong> Betel, que significa “casa<br />
<strong>de</strong> Deus”.<br />
Saindo dali, Jacó foi na direção <strong>de</strong> Harã, terra <strong>de</strong> Betuel e<br />
Labão. Já bem perto do seu <strong>de</strong>stino, ele se encontra com rebanhos<br />
<strong>de</strong> ovelhas e seus pastores, que lhes davam água retirada <strong>de</strong> um<br />
poço. Pediu informações e, ao saber que eram <strong>de</strong> Harã, perguntou<br />
sobre Labão e soube que sua filha mais nova Raquel vinha vindo com<br />
ovelhas <strong>de</strong> seu pai para dar-lhes <strong>de</strong> beber.<br />
Esse texto do capítulo 29 <strong>de</strong> Gênesis nos revela que Jacó<br />
beijou a Raquel e, erguendo a voz, chorou, contando-lhe que era<br />
filho <strong>de</strong> Rebeca, irmã <strong>de</strong> seu pai. Ela o levou a Labão que recebeu<br />
muito bem o viajante e o hospedou por um mês em sua casa. Nesse<br />
período, Jacó se apaixonou por Raquel, que era “formosa <strong>de</strong> porte e<br />
<strong>de</strong> semblante”. Como Labão não queria que seu sobrinho trabalhasse<br />
para ele <strong>de</strong> graça, pediu-lhe que <strong>de</strong>clarasse o salário pretendido. Jacó<br />
faz então sua proposta, que era, na verda<strong>de</strong>, um pedido da mão <strong>de</strong><br />
Raquel, como se dizia antigamente. E propôs servi-lo por sete anos<br />
para casar-se com sua filha Raquel. E assim foi feito. Apesar do<br />
longo tempo, a Bíblia nos diz que, para Jacó, os sete anos pareceram<br />
como poucos dias pelo muito que a amava.<br />
Ao fim dos sete anos, Jacó pe<strong>de</strong> então para finalmente casarse<br />
com sua amada. Dissimuladamente, Labão convidou muitas pessoas<br />
para o banquete <strong>de</strong> casamento. Finda a festa, enganosamente<br />
Labão conduziu sua filha Lia a Jacó, que coabitou com ela. Só pela<br />
manhã <strong>é</strong> que Jacó percebeu que fora enganado, possivelmente pelo<br />
costume <strong>de</strong> a noiva permanecer toda a festa coberta por um v<strong>é</strong>u.<br />
Reclamando a Labão, este alegou que não po<strong>de</strong>ria dar “a<br />
mais nova antes da primogênita”. E exigiu, para dar-lhe Raquel, que<br />
Jacó lhe servisse por mais sete anos.<br />
Uma das poesias mais bonitas da língua portuguesa <strong>é</strong>, sem<br />
dúvida, o c<strong>é</strong>lebre soneto <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> Camões, <strong>de</strong> quem gosto mais do<br />
lírico dos sonetos <strong>de</strong> amor do que do <strong>é</strong>pico <strong>de</strong> “Os Lusíadas”, que<br />
narra a história <strong>de</strong> Jacó, que reproduzo aqui:<br />
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