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“Mulher, grande é a tua fé” - Igreja Metodista de Vila Isabel

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presas em que trabalhavam. Sobre isto fiz, num encontro nacional <strong>de</strong><br />

secretárias, uma palestra para quase 5.000 <strong>de</strong>las, reunidas no<br />

Anhembi, em São Paulo. Sou testemunha <strong>de</strong> muitas discriminações<br />

feitas às mulheres, mesmo em organizadíssimas empresas<br />

multinacionais. Tamb<strong>é</strong>m tenho escrito em revistas t<strong>é</strong>cnicas <strong>de</strong> administração<br />

e marketing artigos a respeito.<br />

Num <strong>de</strong>les, eu falava da “Síndrome <strong>de</strong> Yentl”, expressão criada<br />

por uma m<strong>é</strong>dica americana ao comentar a discriminação das mulheres.<br />

“Yentl” <strong>é</strong> o título <strong>de</strong> um filme estrelado por Barbra Streisand. Na história,<br />

Yentl era uma moça do s<strong>é</strong>culo XIX que se faz passar por homem para<br />

po<strong>de</strong>r estudar o Talmu<strong>de</strong> numa escola <strong>de</strong> rabinos, coisa que era proibida<br />

às mulheres. Para conseguir o que <strong>de</strong>sejava, Yentl teve que pagar um<br />

preço bem alto, o mesmo que tem sido pago por mulheres <strong>de</strong> todo o<br />

mundo para obter a plena igualda<strong>de</strong> em relação aos homens.<br />

Muitas críticas eu recebi, do lado dos homens, <strong>é</strong> claro, porque<br />

coloquei abaixo do título do artigo, em <strong>de</strong>staque, uma frase <strong>de</strong> Charlotte<br />

Whitton: “das mulheres, exige-se que façam o dobro dos homens, na<br />

meta<strong>de</strong> do tempo e sem reconhecimento. Felizmente, não <strong>é</strong> difícil”.<br />

Em outro artigo, cujo título era “A Supremacia das Mulheres”, recebi<br />

igualmente algumas críticas bem fortes por parte dos homens.<br />

É claro que a categoria <strong>é</strong> gente, não homens e mulheres,<br />

sendo um absurdo classificar gente pelo sexo já que o mais importante<br />

são as diferenças individuais. No “Pigmaleão”, <strong>de</strong> George Bernard<br />

Shaw, que foi filmado como “My Fair LadY”, o professor Higgins lamenta<br />

por que as mulheres não po<strong>de</strong>m ser como os homens. Na<br />

realida<strong>de</strong>, a <strong>gran<strong>de</strong></strong> força das mulheres baseia-se justamente em não<br />

ser como um homem.<br />

Da mesma forma, tenho tentado ajudar a diminuir o problema<br />

que tamb<strong>é</strong>m ocorre em nossa <strong>Igreja</strong>. Fui um dos votos favoráveis<br />

e entusiásticos, no Concílio Geral <strong>de</strong> 1971, à admissão, com todos os<br />

direitos, das mulheres no minist<strong>é</strong>rio pastoral. E, <strong>é</strong> claro, por via <strong>de</strong><br />

conseqüência, no próprio episcopado.<br />

Essa discriminação, que vemos em muitas páginas da Bíblia,<br />

tem merecido rancores veementes <strong>de</strong> muitas mulheres, sem muita<br />

razão, ao apóstolo Paulo. Sua frase em Gálatas 3:26, “Não po<strong>de</strong> haver<br />

ju<strong>de</strong>u nem grego, nem escravo nem liberto, nem homem nem<br />

mulher; pois todos vós sois um em Cristo Jesus” mostra, ao lado <strong>de</strong><br />

outras atitu<strong>de</strong>s suas, a injustiça daqueles rancores. Apesar <strong>de</strong> tudo,<br />

houve uma <strong>é</strong>poca em que era <strong>gran<strong>de</strong></strong> o preconceito, com afirmativas,<br />

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