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(Sérgio Túlio Generoso de Mattos - DISSERTACAO) - Biblioteca ...

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mas talvez o que mais possa ser aproximado das propostas <strong>de</strong> Dewey tenha sido William H.<br />

Kilpatrick, o criador do método <strong>de</strong> projetos (LARROYO, 1974, p.727).<br />

John Dewey foi um pensador que muito produziu. Alguns textos estão ainda sendo<br />

conhecidos e outros tantos estão sendo submetidos a novas análises e estudos (BARBOSA,<br />

2001). No que diz respeito à noção <strong>de</strong> interesse, o pensamento <strong>de</strong>weyano está presente em<br />

várias <strong>de</strong> suas obras, sendo que a formulação teórica e as problematizações que <strong>de</strong>la<br />

<strong>de</strong>correram po<strong>de</strong>m ser bem compreendidas a partir da análise <strong>de</strong> três obras. A primeira <strong>de</strong>las é<br />

Vida e educação (1930). Essa é uma obra que reúne, em volume único, duas monografias <strong>de</strong><br />

John Dewey: Interesse e esforço (1895) A criança e o programa escolar (1898), ambas com<br />

tradução <strong>de</strong> Anísio Teixeira.<br />

A segunda obra, Democracia e educação, <strong>de</strong> 1916, foi consi<strong>de</strong>rada por muitos intérpretes<br />

como obra central do pensamento <strong>de</strong>weyano sobre filosofia e educação. E, finalmente,<br />

Experiência e educação (1938), tida como a última obra <strong>de</strong> Dewey sobre a educação. É<br />

importante salientar que essas três obras foram traduzidas por Anísio Teixeira, sendo que<br />

Democracia e educação contou com a participação <strong>de</strong> Godofredo Rangel.<br />

A partir <strong>de</strong> uma ampla análise das obras <strong>de</strong>weyanas, Charles Mills consi<strong>de</strong>ra que várias <strong>de</strong>las<br />

caracterizam-se pelo que chama <strong>de</strong> obras “X e Y”, como as citadas acima. Segundo Mills,<br />

esse é um “estilo genérico <strong>de</strong> enfoque” que Dewey adota para colocar no mesmo plano<br />

“posições polarizadas”, não limitado a uma estratégia conveniente <strong>de</strong> relacionamento ou <strong>de</strong><br />

convivência, mas como uma tendência que revela “combinação e vinculação conceitual <strong>de</strong><br />

diferentes campos”. Mills apresenta como exemplo exatamente o texto Interesse e o esforço,<br />

que, no seu entendimento, “consiste na ‘criação’ <strong>de</strong> uma continuida<strong>de</strong> entre conceitos opostos<br />

ou hipóteses antagônicas”, a qual funcionaria como um “termo mediador” (MILLS, 1968,<br />

p.326).<br />

Assim, Dewey procura <strong>de</strong>monstrar em Interesse e esforço que as teorias tradicionais da<br />

educação adotavam distintamente ou a teoria do interesse ou a teoria do esforço, nos dois<br />

casos com muitos problemas. Segundo Dewey, a teoria do interesse é aquela que prima em<br />

querer provocar no aluno o interesse (ou a atenção) com algo externo a ele, como fatos, idéias,<br />

objetos e tudo mais. Nas palavras <strong>de</strong> Dewey, estas seriam iniciativas que “buscam tornar uma<br />

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