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Aquela Força Medonha I

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V<br />

Depois de deixar o apartamento nessa manhã,<br />

Jane tinha ido também a Edgestow e comprado um<br />

chapéu. Tinha antes desse momento expressado um<br />

certo desprezo pela espécie de mulher que compra<br />

chapéus, como um homem que compra bebidas<br />

como um estimulante e uma consolação. Não lhe<br />

ocorreu que ela própria estava procedendo assim<br />

naquela ocasião. Gostava de que as suas roupas<br />

fossem algo severas e de cores que fossem realmente<br />

boas, em bases estéticas sérias — roupas que tornassem<br />

evidente para todos que ela era uma pessoa<br />

adulta, inteligente e não uma mulher da variedade<br />

caixa de chocolates — e por causa dessa preferência,<br />

não sabia sequer que se interessava por roupas. Ficou<br />

por isso um pouco aborrecida quando a Sra.<br />

Dimble a encontrou saindo do Sparrows e disse:<br />

«Olá, querida! Comprou um chapéu? Venha almoçar<br />

lá em casa e vamos ver isso. Cecil está com o carro<br />

logo ao virar a esquina.»<br />

Cecil Dimble, professor de Northumberland,<br />

fora o orientador de Jane no seu último ano como<br />

aluna e a Sra. Dimble (havia a tendência para chamá-la<br />

de Mãe Dimble) tinha sido a tia não oficial de<br />

todas as moças do seu ano. Gostar das alunas do<br />

marido não é, talvez, tão comum quanto seria dêsejável<br />

entre as mulheres dos professores; mas a Sra.<br />

Dimble parecia gostar de todos os alunos do Dr.<br />

Dimble, de ambos os sexos, e a casa dos Dimbles,<br />

afastada, do lado de lá do rio, era uma espécie de

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