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Aquela Força Medonha I

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e, contudo, pouco freqüentes, quando o medo ou a<br />

desgraça induziam uma rendição voluntária e a<br />

rendição trazia conforto. Não detestar ser acariciada<br />

ou apalpada era contrário a toda a sua teoria de vida;<br />

todavia, antes de descerem, dissera à Sra. Dimble<br />

que não estava esperando bebê, mas que estava um<br />

pouco deprimida por estar muito sozinha e devido a<br />

um pesadelo.<br />

Durante o almoço, o Dr. Dimble falou sobre<br />

a lenda do rei Artur.<br />

— É realmente maravilhoso — disse ele —,<br />

como toda a história se mantém ligada, mesmo<br />

numa versão recente, como a de Malory. Já notaram<br />

como há dois conjuntos de personagens? Há Guinevere<br />

e Lancelote e toda aquela gente no centro:<br />

todos muito palacianos e nada de particularmente<br />

britânico a respeito deles. Mas depois, em pano de<br />

fundo, do outro lado de Artur, por assim dizer, há<br />

todas aquelas pessoas enigmáticas como Morgan e<br />

Morgawse, que são na verdade muito britânicos e<br />

usualmente mais ou menos hostis embora sejam<br />

seus próprios parentes. Tudo misturado com magia.<br />

Lembram-se daquela frase maravilhosa, como a<br />

rainha Morgan «pôs todo o país em fogo com damas<br />

que eram feiticeiras». Merlin também, é claro, é<br />

britânico, embora não hostil. Não parece mesmo<br />

um retrato da Grã-Bretanha como ela deve ter sido<br />

na véspera da invasão?<br />

— Que quer dizer, Dr. Dimble? — perguntou<br />

Jane.<br />

— Bem, não houve uma parte da sociedade<br />

que era quase puramente romana? Pessoas vestindo

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