Castro Alves: o olhar do outro - Fundação Biblioteca Nacional
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Eugênia Câmara<br />
Eugênia Infante da Câmara, o grande amor de <strong>Castro</strong> <strong>Alves</strong>, nasceu em Portugal e faleceu no<br />
Rio de Janeiro a 29 de maio de 1879. Percorreu o Brasil com a Companhia Dramática de Furta<strong>do</strong><br />
Coelho, com quem teve uma filha, Emília. Em 1863, representava Dalila, de Octave Feuillet, no<br />
Teatro Santa Isabel, quan<strong>do</strong> <strong>Castro</strong> <strong>Alves</strong> a conheceu. O poeta e a atriz se uniram em 1866 e<br />
foram morar numa casa, à rua <strong>do</strong> Barro, afastada <strong>do</strong> centro de Recife. Neste mesmo ano, Eugênia<br />
parou de representar, retornan<strong>do</strong> ao palco apenas em 1867, em Salva<strong>do</strong>r, para atuar em Gonzaga,<br />
escrito por <strong>Castro</strong> <strong>Alves</strong>. O drama, apresenta<strong>do</strong> no teatro São João, alcançou um certo sucesso<br />
de público, mas resultou num fracasso financeiro. Em 1868, o casal viajou para São Paulo, lugar<br />
e m que ocorreu o rompimento de um já conturba<strong>do</strong> romance. O último encontro entre ambos<br />
s e deu no teatro Fênix Dramático, no Rio de Janeiro, onde a atriz se apresentava com a companhia<br />
de Francisco Vasques. <strong>Castro</strong> <strong>Alves</strong> dedicou inúmeros poemas à sua musa maior, entre eles, "Boa<br />
noite", "Adeus", "Os anjos da meia-noite: quarta sombra - Fabíola", "A atriz Eugênia Câmara", "À<br />
Eugênia Câmara", "O vôo <strong>do</strong> gênio", "Os três amores", "Fatalidade", "O tonei das Danaides",<br />
Canções <strong>do</strong> boêmio", "Hino <strong>do</strong> sono", "Páginas da escola realista", "Immensis orbidus anguis",<br />
E tarde" e "O gon<strong>do</strong>leiro <strong>do</strong> amor", posteriormente musica<strong>do</strong> por João Batista Julião, em 1942,<br />
e por João Portaro, em 1956. Eugênia Câmara também escrevia poemas, ten<strong>do</strong> publica<strong>do</strong>, ainda<br />
em Portugal, o livro Esboços poéticos, reedita<strong>do</strong> no Brasil, em 1864, com o título de Segre<strong>do</strong>s d'alma.<br />
Após separar-se <strong>do</strong> poeta, dedicou-lhe o poema "Adeus irmão da minha alma", cujo manuscrito<br />
encontra-se na <strong>Biblioteca</strong> <strong>Nacional</strong>.<br />
49 <strong>Castro</strong> <strong>Alves</strong>-, o <strong>olhar</strong> <strong>do</strong> <strong>outro</strong>