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ana luiza de oliveira duarte ferreira - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

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Ora, como anunciado a princípio não foi minha intenção explorar razões para as<br />

referidas semelhanças entre o universo intelectual brasileiro e mexicano, e sim tão somente<br />

organizar essas semelhanças (caóticas, disformes, variadas) num quadro articulado.<br />

Contudo, acredito que, a título <strong>de</strong> finalização <strong>de</strong>sta apresentação, faz-se mister propor<br />

duas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caminhos a serem percorridos em futuras investigações, que se<br />

<strong>de</strong>diquem a explorar essas razões. Cabe, primeiramente, consi<strong>de</strong>rar algumas trocas que se<br />

teriam processado, <strong>de</strong> forma silenciosa ou tímida, singular ou <strong>de</strong>slocada, frágil ou<br />

fragmentada. Pois fato é que, em última instância, algumas iniciativas existiram no sentido <strong>de</strong><br />

uma maior integração entre a produção cultural brasileira e mexic<strong>ana</strong> no início dos<br />

novecentos: a atuação <strong>de</strong> José Vasconcelos como ministro mexicano que <strong>de</strong>fendia a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

uma “raça ibero-americ<strong>ana</strong>” é o exemplo mais lembrado <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> iniciativa; mas tivemos<br />

também a revista América Brasileira (1922-1924).<br />

Em segundo lugar, cabe consi<strong>de</strong>rar dialeticamente razões internas a cada um dos<br />

países consi<strong>de</strong>rados e também externas, as quais teriam mobilizado <strong>de</strong>mandas comuns a<br />

autores e artistas que em gran<strong>de</strong> parte se <strong>de</strong>sconheceram.<br />

Po<strong>de</strong>-se partir, <strong>de</strong>sta apresentação, logo, para uma comparação “entre comparáveis”,<br />

quer dizer, que consi<strong>de</strong>re marcos nacionais e pontes materiais que ligaram essas nações nos<br />

referidos recortes temporais. Porém também para uma comparação “entre incomparáveis”, <strong>de</strong><br />

forma a – tal como propôs Detienne – nos <strong>de</strong>spertar para a reflexão acerca <strong>de</strong> questões<br />

filosóficas mais amplas, tal como, por exemplo, o conceito e a “essência” da<br />

latinoamericanida<strong>de</strong>.<br />

Referências bibliográficas<br />

ANDRADE, Mario. Poesias compeltas. São Paulo: Martins Fontes, 1980.<br />

BORGES PINTO, Maria Inez Machado. Urbe Urbe industrializada: o mo<strong>de</strong>rnismo e a<br />

Paulicéia como ícone da brasilida<strong>de</strong>. In: Revista Brasileira <strong>de</strong> História. ano/vol. 21. n. 42. São<br />

Paulo, 2001.<br />

CANDIDO, Antonio. Literatura e socieda<strong>de</strong>. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2010.<br />

DETIENNE, Marcel. Comparar o incomparável. São Paulo: Idéias & Letras, 2004.<br />

GALVÃO, Walnice Nogueira. Presença da literatura na obra <strong>de</strong> Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda.<br />

In: MONTEIRO, P. M. & EUGÊNIO, J. K. Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda: perspectivas.<br />

Campinas, UNICAMP, 2008.<br />

Anais do <strong>XXI</strong> <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História –<strong>ANPUH</strong>-<strong>SP</strong> - Campinas, setembro, 2012.<br />

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