25.04.2013 Views

ana luiza de oliveira duarte ferreira - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

ana luiza de oliveira duarte ferreira - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

ana luiza de oliveira duarte ferreira - ANPUH-SP - XXI Encontro ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

E será que o contrário não po<strong>de</strong> ser válido? E se ante a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se comparar o<br />

incomparável nos saltam aos olhos semelhanças que não se estabelecem por vias materiais ou<br />

por vias visíveis a olho nu? Não é possível que <strong>de</strong>sse viés possamos também partir para<br />

questões filosóficas mais amplas?<br />

Minhas fontes/objetos <strong>de</strong> análise são textos/imagens produzidos por filósofos, literatos<br />

e artistas plásticos do Brasil e do México. E, sob pretensão didática mas também motivação<br />

<strong>ana</strong>lítica, os dividido em três recortes temporais: as décadas <strong>de</strong> 1910, 1920, e 1930. Ora,<br />

<strong>de</strong>sses três momentos <strong>de</strong>staco como foram importantes, respectivamente, em ambas nações:<br />

(1) a quebra <strong>de</strong> padrões na forma e no conteúdo do pensar e do criar e a temática do<br />

urbano;<br />

(2) a questão nacionalista; e<br />

(3) a crítica das mitificações acerca do nacional e do Estado como agente cultural.<br />

Embora aqui apresente esses três eixos temáticos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já (quero dizer, antes <strong>de</strong> me<br />

referir e citar fontes/objetos), o fato é que esses três eixos temporais/temáticos foram<br />

<strong>de</strong>finidos pouco a pouco; não vieram prontos. Foram <strong>de</strong>finidos após e em razão <strong>de</strong> ter eu<br />

realizado vaga e caótica leitura e observação da produção intelectual brasileira e mexic<strong>ana</strong> no<br />

princípio dos novecentos, assim como <strong>de</strong> pesquisadores, <strong>de</strong> diversas gerações, em análise<br />

<strong>de</strong>ssas conjunturas. Aqui os testo: endosso e complexifico. E admito: é preciso se investigar e<br />

criticar mais.<br />

Mas o fato é que a percepção cruzada dos universos intelectuais <strong>de</strong> Brasil e México,<br />

para minha surpresa, resultou, afinal, um tanto harmoniosa.<br />

É claro que não se po<strong>de</strong> falar em “homogeneida<strong>de</strong>” nem para o contexto <strong>de</strong> produção<br />

literária e artística brasileira, nem para o mexicano, quanto menos para ambos, colocados lado<br />

a lado. Porém, consi<strong>de</strong>ro que há sim todo um contorno relativamente harmônico quando<br />

sobrepomos ambas conjunturas.<br />

De maneira que, no inventário <strong>de</strong> exemplos que segue, embora <strong>de</strong>staque<br />

<strong>de</strong>ssemelhanças e características próprias <strong>de</strong> cada país, aponto que fundamentalmente houve<br />

algo como um movimento simétrico nos contextos brasileiro e mexicano. E <strong>de</strong>staco que, pelo<br />

fato <strong>de</strong> isso ter ocorrido em gran<strong>de</strong> medida <strong>de</strong> forma inconsciente, cabe a realização <strong>de</strong><br />

pesquisas mais radicais, sistêmicas e problematizadoras a respeito.<br />

I.<br />

Anais do <strong>XXI</strong> <strong>Encontro</strong> Estadual <strong>de</strong> História –<strong>ANPUH</strong>-<strong>SP</strong> - Campinas, setembro, 2012.<br />

2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!